quarta-feira, 31 de outubro de 2012

NÃO IMPORTA A ENFERMIDADE: AO ENTRAR NO PRONTO ATENDIMENTO A GENTE SEMPRE SAI COM DOR DE CABEÇA

No último final de semana, estive no Pronto Atendimento Municipal para que meu filho fosse atendido. Aos sábados, mesmo se a pessoa quiser evitar passar o dia todo esperando por uma consulta, dificilmente encontrará um médico particular de plantão. Há 15 dias, por exemplo, tive que contar com a ajuda de um amigo que já nem está mais clinicando para diagnosticar uma dor debaixo do braço que, felizmente, não era nada grave. 

O fato é que chegamos ao Pronto Atendimento, exatamente, meio dia e cinquenta e quatro e havia umas 4 pessoas para serem atendidas. Quando passamos pela triagem, diagnosticaram o caso do meu filho como "pouco grave", segundo o Protocolo de Manchester, e isso queria dizer que poderíamos ficar até duas horas esperando pelo atendimento. Por conta desse método adotado para atender vítimas mais graves, depois de duas horas, todas as pessoas já haviam sido atendidas, o pronto atendimento encheu e os pacientes que chegavam continuavam - sem exceção - a passar na nossa frente. 

Duas horas e quinze depois, quatro e tanto da tarde, quando percebi que havia uma certa desorganização no procedimento de triagem, resolvi reclamar e ameacei chamar a polícia e - aí sim - chegou a nossa vez. Ao adentrar o local para atendimento, perguntei a uma funcionária - que parecia ser enfermeira - quantos médicos estavam atendendo e ela me respondeu com desdém: "Por que você quer saber?"  Eu, então, expliquei que todo mês uma fatia gorda do meu salário era subtraída para pagamento daquele local e ela, por fim, resolveu dar uma resposta que não me convenceu: "O outro médico está almoçando." Eu até acreditaria nisso, se já não tivesse perguntando para a recepcionista a mesma coisa, uma da tarde, e ela não tivesse dito que só havia um. 

Ontem, comentei com um dos diretores da Fundação sobre o acontecido e ele me disse que deveria ter dois médicos naquele horário. O fato é que, toda vez que você pergunta onde está o segundo médico, eles dizem que está no horário de almoço ou jantar. O membro da diretoria do HAMC também contou que o Pronto Atendimento é terceirizado. Os custos para manutenção, repassados pela prefeitura, não são suficientes para arcar com as despesas. Isso quer dizer que, mensalmente, o hospital precisa tirar verba não sei de onde (a entidade não tem fins lucrativos) para cobrir o déficit. Para piorar, toda vez que acontecer um descaso como o que aconteceu comigo, eu devo me reportar ao Marcos Paulo - Diretor do Hospital - para que ele ligue para a empresa contratada (se não me engano de Maria da Fé) e faça uma reclamação ao escritório deles para que alguma coisa aconteça - ou não. 

Agora me digam... Em uma cidade em que você NÃO tem opção alguma de saúde, a não ser buscar o pronto-atendimento, já que é difícil encontrar um médico de plantão, a prefeitura não deveria manter o local em perfeitas condições para que as pessoas não passem por um perrengue desgraçado toda vez que ousarem ficar doentes? 

Essa situação é vergonhosa. Ninguém fica doente porque quer e não é possível que a prefeitura não tenha condições de manter dois ou três médicos de plantão enquanto paga uma fortuna para seus secretários e diretores... A esperança é que, na próxima "gestação", essa situação seja revertida e a população possa se dar ao luxo de ver os pesados tributos serem revertidos em algo tão "fútil" quanto a saúde pública. Enquanto isso, evitem ficar doentes para não correrem o risco de entrar no Pronto Atendimento com catapora e saírem com enxaqueca. Ou, quem sabe, uma virose...

Protocolo de Manchester:
Sobre um dos comentários feitos abaixo:

Eu entendo o Comentário feito sobre as verbas, agradeço por ele, e fiz até algumas correções no texto por conta das informações prestadas. No entanto, acredito que se o Hospital precisa de mais verba para funcionar, é dever da prefeitura prover isso. O Hospital não tem fins lucrativos e é administrado por pessoas honestíssimas e que estão trabalhando como voluntárias e com a maior boa vontade possível. A prefeitura não faz favor nenhum à população quando oferece gasolina e motoristas porque somos obrigados a pagar nossos impostos e eles vão justamente para os gestores promoverem - no mínimo - o básico. Se o Hospital está ruim das pernas, a prefeitura tem que fornecer o que for preciso, sim, porque não temos outra alternativa. Abs, Carlos Romero.

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Descaso da prefeitura deixa santa-ritense indignado


Leia, a seguir, desabafo divulgado por um jovem santa-ritense, nas redes sociais:

"Eu fico até espantado com as coisas que acontecem em Santa Rita. Há mais de 5 anos a pista de skate permaneceu sem iluminação. Corremos e lutamos para religação até que em 2010 elaboramos um meio de religar a energia. A prefeitura, como se não bastasse o fato de não FAZER SUA OBRIGAÇÃO, quando viu que estávamos utilizando a energia do local, foi e cortou os fios e ficamos outra vez no escuro. Passaram-se 2 anos! Quando fomos realizar o 2º Rolê Punk! Na pista, tentamos outra vez ir atrás da prefeitura para que religassem a energia para que pudéssemos colocar um som durante o evento. NENHUMA RESPOSTA nem ao menos SATISFAÇÃO nos deram. Por fim, graças à boa vontade de dois senhores, pais de frequentadores do local, um que trabalha na secretaria de obras e outro na Cemig, tiveram a boa vontade
 de parar suas tarefas diárias e ir na pista religar a luz pra gente. OU SEJA, FAZER A OBRIGAÇÃO DA PREFEITURA!

Mas pra quem achou que tudo ia bem, se enganou (nós skatista como sempre).

Essa semana, esses senhores ficaram sabendo que ALGUÉM passou pela pista e "deduraram" o fato de UMA PRAÇA PÚBLICA estar iluminada, como se fosse um crime ter o básico em um local público!!! E foi outra vez desligada a energia elétrica do local, sem ao menos uma satisfação, nem ao menos uma previsão de religação!
Ou seja, A PREFEITURA NÃO FAZ A SUA OBRIGAÇÃO BÁSICA E AINDA NÃO DEIXA OUTRAS PESSOAS TOMAREM PROVIDÊNCIAS!

O mais engraçado é que depois, o local vira ponto de uso de drogas, vadiagem e coisas do tipo, durante a noite, alguns ainda querem reclamar!

EXIGIMOS A RELIGAÇÃO! UM DIREITO BÁSICO E NECESSÁRIO para prática do esporte. E como diz o velho ditado: SE NÃO AJUDA, NÃO ATRAPALHA!

Obrigado pela atenção e quem puder compartilhar e ajudar nessa nossa batalha, sejam bem-vindos!"

Por Diego Das

Jornada de Filosofia, em Pouso Alegre, tem apoio do Inatel

Santa-ritense é destaque em reportagem sobre moradores de rua

É comum em todas as cidades brasileiras nos depararmos com os andarilhos deitados em praças públicas, andando pelas ruas, mendigando pelas casas, sujos, maltrapilhos ou andando pelas rodovias, como alguém que não tem para onde ir, ou até mesmo sem destino de chegada. Mas como será o início desse caminho e quais as razões que os levaram para esse fim? Será que é escolha? Por que tantos mendigos lamentam a situação que vive, mas ao mesmo tempo não conseguem retomar a vida, integrados na sociedade? Apesar de muitos andarilhos de ruas se assemelharem com os personagens narrados em textos literários, há uma semelhança nos depoimentos de inúmeras pessoas que vivem nesta situação. 

É o caso de Matozão como é conhecido e chamado pelos moradores de Santa Rita do Sapucaí, Sul de Minas. Filho de pais milionários, ele se envolveu com drogas e não quis mais morar com a família. Atualmente, seus familiares morreram e deixaram todas as posses em seu nome. Contudo, ele não considera que sua residência seja o melhor lugar para estar. Matozão não quis se identificar pelo nome. “O meu mundo é a rua, o meu nome é Matozão. Então não possuo nada, a não ser a vida que tenho e levo”, ressalta. 

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Visita a instituições de ensino no Sul de Minas

Durante a viagem, o presidente da ZOOM ainda se reuniu com os diretores das escolas municipais de Santa Rita do Sapucaí


Em sua primeira viagem ao Sul de Minas para conhecer a Franquia Premium da ZOOM, o presidente da empresa, Marcos Wesley aproveitou para fazer um verdadeiro tour pelas instituições de ensino da região. As visitas aconteceram no dia 27 de março e seu roteiro incluiu visitas à Associação Comercial e Industrial de Cachoeira de Minas, à Escola Estadual Dr. Luiz Pinto de Almeida (Santa Rita do Sapucaí), à Escola Curso G9 (Itajubá) e ao Colégio Integral (Pouso Alegre). Em Santa Rita do Sapucaí, Marcos Wesley aproveitou ainda para se reunir com os diretores de todas as escolas municipais da cidade. 
Presidente da empresa Zoom visita E.E. Luiz Pinto de Almeida.
De Cachoeira de Minas, Marcos Wesley seguiu para Santa Rita do Sapucaí, onde se reuniu com os diretores das escolas municipais da cidade. “Foi uma reunião bem informal e descontraída. A prefeitura de Santa Rita adota o Programa Curricular em todas as escolas municipais e foi muito bom promover esse encontro com o presidente da empresa. Ele falou da ZOOM, da LEGO® Education e do comprometimento com a educação e com o bom atendimento às escolas”, afirma o franqueado Premium Nilton Sérgio Joaquim, que acompanhou o presidente nas visitas.

A próxima parada foi na Escola Estadual Dr. Luiz Pinto de Almeida, onde estudam os integrantes da equipe X-Factor, quarta colocada na Etapa Nacional do FLL deste ano. Ansiosos para representar o Brasil no FLL® Aberto da Flórida – que acontece agora em maio –, os jovens mostraram como estão se preparando para a competição internacional.

Rentabilidade da cafeicultura desaba com a baixa de preços

Com a queda dos preços do café este ano depois dos recordes de 2011, quando superaram US$ 3 a libra-peso na bolsa de Nova York, a rentabilidade média da cafeicultura brasileira está até 40% menor, dependendo do modelo de produção.

Segundo cafeicultores, a remuneração atual se aproxima dos patamares de 1994 a 2009, quando as cotações ficaram estagnadas e os custos cresceram expressivamente. Como "ativo financeiro", o café também não tem sido um bom negócio este ano, na avaliação de Gil Barabach, analista da Safras & Mercado. O preço médio da saca de 60 quilos no Sul de Minas, tradicional região produtora de café de qualidade, caiu 24% até o fim de setembro em relação ao mesmo período de 2011. Descontada a inflação, a perda foi de 29,4%. No ano passado, o valor médio da saca variou entre R$ 502 e R$ 503, enquanto em 2012 está em R$ 403. Mas, ainda assim, supera a cotação média de 2010 (R$ 314).

Em Santa Rita do Sapucaí, no Sul de Minas, o custo foi de R$ 352, com rendimento de 30 sacas por hectare. Em Guaxupé, na mesma região, foi de R$ 370,61 para a produção de uma saca de café com produtividade apurada de 25 sacas o hectare.

Difusora: Artistas de Santa Rita do Sapucaí fazem exposição no museu municipal

O museu Delfim Moreira está com a exposição artistas Santa-ritenses até as 16h desta sexta-feira (26). No total quatro artesãos e artistas plásticos apresentam as obra ao público de forma gratuita.


O artista plástico Tadeu Vilela da Costa, traz quadros “acadêmicos que retratam as coisas como elas são. Os quadros de grafite se assemelham ao trabalho do Salvador Dali, ele é deformado como você estivesse usando uma lente de olho de peixe”, exemplifica ao descrever os quadros.

terça-feira, 23 de outubro de 2012

DIIFUSORA: Secretaria de Obras de Santa Rita libera alvará provisório à Sociedade Protetora dos Animais


A Sociedade Protetora dos Animais deve ter o alvará liberado durante esta semana. A vistoria no terreno da ONG, que fica na rua Deodato Seda, 655, no bairro Maristela, em Santa Rita do Sapucaí, foi feita na tarde da última sexta-feira (19). De acordo com o funcionário público, Maurílio Rezende, que acompanhou a inspeção, o alvará deve ser liberado provisoriamente devido a ajustes que precisam ser feitos.

“O alvará será provisório por 60 dias para que o local seja adequado as condições necessárias para a liberação definitiva. O alvará solicitado é para sede e escritório da associação e para realização de eventos. Da forma que o local se encontra não oferece condições para o funcionamento dessas atividades. Portanto, o alvará provisório será para que a associação possa iniciar seus trabalhos até a adequação do local”, explicou o funcionário.

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Receba ótimos livros grátis em sua casa (Nova Coleção)

O Banco Itaú está presenteando os internautas como mais uma coleçào de excelentes livros infantis. Para recebê-los em casa, clique no link abaixo:

Vida Alves: uma celebridade na cozinha de Maria Bonita


Cuidando de meninos simples, Maria Bonita conheceu celebridades. A atriz Vida Alves é o melhor exemplo disso. Seu filho mais velho, Heitor Ernesto Gasparinetti, parecia apenas mais um garoto de origem humilde, pois se comportava como tal entre seus colegas da ETE, onde estudou de 1968 a 1970. Aguardava pacientemente sua vez de se servir na cozinha de Maria, ao passo que outros estudantes famintos se acotovelavam para comer primeiro. Balbino dos Santos Cabral (Bino), sobrinho-neto da cozinheira, jura que Heitor chegou a dormir mais de uma vez no quarto masculino da casa de sua tia-avó. Em uma dessas ocasiões, diz Bino, Maria e o garoto educado travaram o seguinte diálogo:

– Meu filho, você não deve dormir aqui. Você é rico, filho de atriz...

– Não, eu quero ficar aqui junto com os netos da senhora, vó.

Certa vez, em 1968, Heitor contou aos amigos que receberia a visita de sua mãe, dali a poucos dias. “A rua lotou”, sintetiza uma das netas de Maria Bonita, Nelma Benedita Marcolino Donoso, ao rememorar aquele acontecimento inacreditável. Vida Alves – famosa por protagonizar com Walter Forster o primeiro beijo da teledramaturgia brasileira, na novela Sua vida me pertence (1951) – foi recebida com um efusivo abraço por Maria, emocionada por conhecer a ilustre visitante. Revelando uma simplicidade surpreendente, a atriz almoçou naquela modesta residência, atraindo centenas de fãs à Rua Coronel Erasmo Cabral. “Cheguei a almoçar na casa de Maria Bonita, mas o que me lembro mais é de seus biscoitos de polvilho. Eles eram os meus preferidos”, revela a atriz, aos 82 anos.

Vida Alves faria outras viagens a Santa Rita para matar a saudade do filho. Essas visitas sossegaram seu coração de mãe, pois Heitor foi bem tratado em todos os locais em que morou (alojamento da ETE, duas repúblicas e Grande Hotel Santa Rita). De Maria Bonita, a atriz só guarda boas recordações: “Uma coisa que me marcou muito foi a bondade e o jeito carinhoso com que Maria Bonita recebia meu filho, na ocasião, um jovenzinho. Ela e sua família eram cheios de mimos, de carinho. A gente se sentia em casa. Ela o tratava quase como fazia com os próprios filhos, fazia para ele os seus famosos quitutes e até mandava um embornal para mim”.

(Trecho do livro “A Rainha O-perária e sua Colmeia Negra”, de Jonas Costa)

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Portal G1: Problema de saúde adia show de Almir Sater em Santa Rita

Cantor teve uma infecção na garganta e adiou o show para se recuperar. 

A Apresentação foi remarcada para o dia 28 de Outubro no Teatro Inatel.

O show que o violeiro Almir Sater faria nesta sexta-feira (19) no Teatro Inatel, em Santa Rita do Sapucaí (MG), foi adiado para o dia 28 de outubro, no mesmo local. A informação da produção do evento é de que o artista teria passado mal.
De acordo com a empresária do cantor, Claudete Faria, Almir Sater teve uma infecção na garganta e por isso achou melhor adiar a data até se recuperar totalmente.

Portal G1: Invenções internacionais são destaques na feira do Inatel deste ano

Objeto que mede sinais elétricos do cérebro é uma das novidades. Campainha sustentável e que não utiliza rede elétrica está na Fetin.

Invenções tecnológicas estão expostas, até sábado (20) na 31ª edição da Feira Tecnológica do Inatel em Santa Rita do Sapucaí (MG) e a novidade deste ano são as criações de estudantes de outros países da América Latina.
A Fetin traz, alem de workshops sobre engenharia, tecnologia e estratégias empresariais, cerca de 50 novidades nas áreas de eletrônica, telecomunicações, computação, engenharia, biomédica e redes estão à mostra. Entre os projetos inovadores estão objetos que medem sinais elétricos do cérebro, sensores que medem a pressão arterial e campainhas que se abastecem com a energia solar.
Um exemplo é um sensor que registra as informações sobre a pressão arterial e as coloca à disposição do médico na internet. Este é apenas um dos dispositivos apresentados na feira e que já tem a aprovação do médico cardiologista Lucas Murad.“O objeto pode antecipar consultas e visitas ao paciente e ajudar a otimizar o nosso trabalho”, diz.
O jornalista Giácomo Costanti teve um infarto há pouco tempo, mas com um aparelho como este, ele afirma que se sentiria muito mais tranquilo. “Vou querer o meu, porque com isso eu posso usar de casa, do trabalho e estabelecer uma conexão contínua com o médico”, informa.
Outra inovação é uma campainha prática e ecologicamente correta. Primeiro é feita a instalação de um transmissor próximo ao portão, depois, é colocado um receptor dentro de casa e está pronta a criação, idealizada por Carlos de Souza. “A campainha funciona com a energia solar, e não precisa quebrar as paredes para que ela seja instalada. Em apenas cinco minutos ela está funcionando. É um produto sustentável também, porque funciona até mesmo em dias chuvosos e não usa a energia elética”, informa.A aluna de engenharia biomédica, Isabel Francine Mendes, comenta que está muito feliz em ver como o projeto funciona. “É a oportunidade que temos que de colar em prática o que aprendemos na sala de aula”, destaca.
Outro aparelho permite, por exemplo, que a luz seja apagada ou acesa apenas com a força do pensamento. Esta é uma criação dos estudantes da Argentina. Segundo Eduardo Neiva, criador do projeto, as pessoas com problemas motores podem utilizar o aparelho para ligar e desligar ventiladores, subir ou descer cortinas e também apagar e ascender as luzes. Isso acontece com a leitura dos sinais elétricos do cérebro. “É um aparelho que permite que as pessoas com dificuldades motoras tenham mais independência dentro de casa”, explica.

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Quando tentaram roubar a Santa (Por Ivon Luiz Pinto)

As duas cidades estão ligadas historicamente. Uma nasceu da outra e, portanto, são: mãe, Delfim Moreira e, filha, Itajubá. A filha cresceu, prosperou e ficou rica, mas a mãe está acanhada lá no alto da serra. Houve época em que elas se estranharam, tudo por causa da Santa. Foi assim..
Em 1703 Miguel Garcia Velho descobriu ouro nas proximidades da cachoeira de Itagiba dando origem ao povoado de Descoberto de Itagiba que, depois, quando foi entronizada  a imagem de Nossa Senhora da Soledade como sua padroeira, tornou-se Soledade de Itajubá. Em 1752, foi-lhe concedida a prerrogativa do altar portátil e celebrada a primeira missa, sendo seu cura o Pe. Antonio da Silveira Cardoso e Silva. Em 1762, foi elevada a Freguesia sendo seu cura o Pe. Floriano da Silva Toledo.

Quando, em 1818, chegou o Pe. Lourenço da Costa Moreira, a situação se modificou e surgiu uma crise entre os fiéis. Não gostando da Paróquia e atribuindo-lhe muitos defeitos, o novo  sacerdote instigou o povo a abandonar o local e descer para o Sapucaí. Guido Gilberto do Nascimento relatou que cerca de oitenta homens aquiesceram à convocação do senhor vigário e, na manhã de 18 de março de 1819, após missa com orações e súplicas ao céu pelo bom êxito da jornada, eles partiram para as bandas do Sapucaí. O Padre vigário, que era coxo, foi a cavalo e no dia seguinte, 19 de março, celebraram a chegada ao novo lar. Era o início de uma povoação que se transformaria na atual cidade de Itajubá. Pe. Lourenço deixou a freguesia ou Capela Velha de Soledade de Itajubá, sem assistência e ainda lhe fazia inú-meras críticas dizendo que não tinha mais recursos, deplorando sua topografia, clima e isolamento. O Padre gozava de prestígio nos meios políticos e, graças a essa influência, conseguiu pelo Decreto de 8 de novembro de 1831 suprimir a freguesia de Soledade de Itajubá, rebaixando-a a simples curato. O Decreto foi assinado pelo Padre Diogo Antonio Feijó, Ministro e Secretário d´Estado do Interior e Justiça da Regência Trina. Em princípio de agosto desse ano Padre Lourenço, acompanhado de muitos fiéis da  Boa Vista do Sapucaí, rumou serra acima para a velha localidade com a finalidade de buscar o livro do Tombo, as alfaias, a Fazenda e os santos pertencentes à Paróquia. Na época, chamava-se de Fazenda a parte administrativa eclesiástica responsável  pela área econômica e financeira da igreja.  Tal qual temos, em semelhança, o Ministério da Fazenda. Ela era também o cofre e o caixa da Paróquia.

Os delfinenses souberam da expedição e se prepararam para receber “o Aleijado”, como o apelidaram, e sua turma. Nas proximidades da Velha Capela, o Pe. Lourenço, todo paramentado, organizou uma procissão com  os homens vestindo opas e tochas e as mulheres de véus e velas acesas. Rezando e cantando loas eles caminharam pela velha estrada. Quando a procissão chegou ao pontilhão do rio Taboão, no início da povoação, foram surpreendidos por homens  armados de foices, facões, espingardas e dispostos a não permitir a entrada. Ninguém, mas ninguém mesmo, iria levar a santinha, custasse o que custasse. De um lado da ponte estavam os defensores da Santa e, no lado oposto, estavam os invasores com o padre e comitiva. De repente, no auge da discussão, um tiro espocou, para o alto. Alguém, depois, asseverou que não foi tiro, foi um foguete.  Foi o suficiente para debandar a procissão e pôr o pessoal todo a correr desorientado para suas montarias e voltar para o Sapucaí. Em pânico, nem se lembraram das alfaias, do Livro de Tombo, santos, castiçais, Fazenda e sinos. Humilhado o Padre Lourenço jurou que iria fazer a completa extinção da Velha Freguesia. Coisa que nunca ocorreu.

Em  30 de novembro de 1842, a Lei Provincial nº 239,pelo seu Art. 2, devolveu a condição de Freguesia para Soledade de Itajubá.

Oferecimento:

Ciência Hoje destaca o uso da tecnologia para o bem em Santa Rita do Sapucaí

Os óculos-mouse que permitem mover o curso do computador com movimentos da cabeça e dos olhos é um dos exemplos de tecnologia assistiva criada por estudantes de ensino médio e expostas na Projete. (foto: Sofia Moutinho),
Feira tecnológica de escola mineira aposta em projetos para ajudar portadores de necessidades especiais. Além de inclusão social, a iniciativa promove o pensamento empreendedor em sala de aula.
Por: Sofia Moutinho
Criar tecnologias que ajudem as pessoas a viver melhor. Este é o lema dos estudantesdo ensino médio da Escola Técnica de Eletrônica Francisco Moreira da Costa, em SantaRita do Sapucaí, Minas Gerais. Todos os anos eles participam da Projete, uma feira de tecnologia organizada no pátio da escola com projetos que têm ganhadoreconhecimento.
Ano passado, um invento apresentado na Projete – um equipamento para ajudar na locomoção de deficientes visuais – conquistou o primeiro lugar em uma das feiras de ciências mais famosas do país, a Feira Brasileira de Ciências e Engenharia da Universidade de São Paulo (Febrace).
Este ano, por três dias, 192 equipes de alunos do primeiro ao terceiro ano técnico e convencional expuseram seus inventos para um entusiasmado público de 3 mil visitantes diários composto de parentes, professores, amigos e curiosos da pequena cidade de 40 mil habitantes.
A maioria dos inventos tinha por objetivo facilitar o cotidiano de pessoas portadoras de necessidades especiais ou baratear tecnologias já existentes. Essas duas metas estavam por trás do projeto da equipe de Walef Carvalho, do 2º ano. O adolescente e seus colegas criaram uma espécie de cadeira de rodas, mais barata que as opções no mercado, que possibilita a tetraplégicos e paraplégicos se locomover de pé.
Para desenvolver a ideia, Carvalho teve o apoio de uma fisioterapeuta da região, Claudia Garcez, do Instituto Nacional de Telecomunicações (Inatel). A profissional trabalha com pessoas que sofreram lesões na medula e não podem andar e explicou ao estudante a importância da posição em pé para esses pacientes. “Quando você coloca o paciente em pé ele ganha em vários aspectos”, conta Garcez. “Um deles é que sentado na cadeira de rodas os seus órgãos ficam comprimidos.”A motivação para o projeto surgiu da história familiar do aluno. “Meu pai sofreu um acidente na coluna há seis anos ao pular na piscina e ficou tetraplégico”, conta. “A fase de recuperação foi difícil. Hoje, ele já anda com andador e dirige carro adaptado, mas eu quis fazer isso por ele e pelos colegas dele com o mesmo problema.”
Também nessa linha é o projeto de Guilherme Ribeiro Barbosa e José Vitor Santos Resende, do 2º ano. Quando buscavam uma ideia para a feira, conheceram Antonio, um senhor de 59 anos que sofre de mal de Parkinson e por isso tem dificuldades para andar.
Os dois amigos assistiram às sessões de fisioterapia de Antonio e viram que ele tinha mais facilidade para caminhar com o uso de pegadas coladas no chão que lhe serviam como guia.
Com essa informação, criaram um dispositivo simples, de apenas R$ 90, composto de um cinto com dois lasers apontados para o chão que se intercalam à medida que o usuário caminha. A luz dolasers serve de orientação para o paciente saber onde deve pisar. “Não podíamos espalhar pegadas pela cidade inteira, então criamos esse equipamento que permite que o seu Antonio possa andar com mais autonomia”, diz Barbosa. 

Além da escola
Todos os alunos recebem um certificado da escola e os projetos eleitos pelo público e pelos professores ganham troféus de criatividade e inovação. A cada ano, quatro projetos são escolhidos para concorrer na Febrace.
Além de criar os protótipos, os alunos precisam registrar todo o processo de criação em ‘diários de bordo’ que, ao final da feira, são avaliados pelos professores. Essedocumento faz parte de uma iniciativa do colégio para instigar o empreendedorismo nos alunos.
“É uma oportunidade de os alunos aprenderem metodologia científica e também desenvolverem um plano de negócios”, conta o diretor geral da escola Alexandre Barbosa. “A feira já completa 32 anos e a gente observa que muitos protótipos viraram produtos nas mãos dos nossos alunos e empresários.”

TV ALTEROSA: Obra traz prejuízos para comerciantes em Santa Rita do Sapucaí

Clique na imagem para assistir reportagem.

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Mineiros são campeões em migração no Brasil

Falta de valorização profissional é principal motivação para quem deixa MG

Os mineiros podem ser considerados o povo recordista em migração no País. De acordo com o estudo do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística),  Censo Demográfico 2010- Nupcialidade, Fecundidade e Migraçãodivulgado nesta quarta-feira (17), os nascidos em Minas Gerais figuram no topo da lista de nômades, com 3,6 milhões das pessoas morando em outros Estados, número que representa aproximadamente 13% de sua população total. Os baianos aparecem em segundo lugar quando o assunto é deixar a terra natal, seguidos pelos paulistas e paranaenses.  São Paulo se destaca como um dos destinos mais escolhidos pelos mineiros: a cidade já abriga 1,6 milhão deles.
O engenheiro biomédico André Dias, nascido em Santa Rita do Sapucaí, no sul de Minas, reforça o argumento de que faltam avanços no mercado de trabalho do Estado. Há sete anos, ele deixou a cidade para fazer faculdade, e, desde então, não voltou mais. Ele afirma que "não há espaço" na área em que atua e, por isso, já passou por São Paulo e agora vive em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul.
—Embora seja horrível ficar longe de casa, não tem nada na minha área no Estado. Sinto falta da família, dos amigos, da comida, mas para a minha carreira, não tinha jeito.

Oferecimento: Breno Henrique Rezende - Nutricionista

Empresas do polo do Sul de MG terão laboratório

Em busca de maior competitividade, as empresas do Vale da Eletrônica, em Santa Rita do Sapucaí (Sul de Minas), contarão ainda neste ano com um laboratório de prototipagem edesign para o desenvolvimento de novos produtos. O empreendimento será viabilizado pelo Programa de Apoio à Competitividade dos Arranjos Produtivos Locais (APLs), que repassou R$ 5 milhões ao município.

O programa é financiado pelo governo do Estado, Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Serviço Brasileiro de Apoio às Micros e Pequenas Empresas (Sebrae) e Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg). E é coordenado, no polo do Sul de Minas, pelo Sindicato das Indústrias de Aparelhos Elétricos, Eletrônicos e Similares do Vale da Eletrônica (Sindvel).

De acordo com o Sindvel, do total disponibilizado, R$ 3 milhões serão utilizados na implantação do laboratório, que funcionará no prédio do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) de Santa Rita do Sapucaí. Somente nos primeiros 18 meses de operação, a meta é desenvolver 100 projetos envolvendo novos produtos.

O objetivo do laboratório, que contará com equipamentos de última geração, é alavancar o desenvolvimento das empresas da região, permitindo que elas tenham acesso facilitado, com uso diário e contínuo, à tecnologia de ponta, eliminando problemas de prazo e reduzindo os custos no desenvolvimento de produtos do Vale da Eletrônica.

"O laboratório vai eliminar um dos maiores gargalos de nossa produção, pois vai acelerar a inovação tecnológica no Vale da Eletrônica, colocando à disposição do empresário os mais modernos recursos para o desenvolvimento do seu protótipo", afirma, por meio de nota, o presidente da entidade, Roberto de Souza Pinto.

Difusora: Secretário de obras de Santa Rita comenta sobre a situação do calçamento dos bairros Pedro Sancho Vilela e Arco Íris

A infraestrutura de ruas e avenidas de Santa Rita do Sapucaí foi o assunto mais discutido na reunião da Câmara de vereadores da última terça-feira (16). Todos os ofícios lidos foram respostas do secretário da pasta, Marcos Moreira, para questionamentos dos vereadores, entre eles o de perguntas sobre o calçamento dos bairros Pedro Sancho Vilela e Arco Íris.

O secretário informou que o custo da obra é de R$ 854 mil. Desse valor, R$ 493 mil são provenientes do Ministério das Cidades e R$ 358 mil são contrapartida do município no convênio. 

A Secretaria de Obras também informou os valores já investidos. No total, foram R$ 58 mil do Ministério das Cidades e quase R$ 116 mil do município. O secretário acrescentou aos vereadores que tem feito o relatório físico-financeiro da obra que é uma exigência da Caixa Econômica Federal para a autorização do pagamento da pavimentação já terminada.

Ele concluiu o ofício dizendo que não há risco de perda da verba federal e que o atraso na liberação do recurso do Ministério das Cidades também ocorre em outros municípios.

Da Redação - Daniele Peixoto

Tonico Moreira e a chegada da energia elétrica a Santa Rita e região

Até 1910, a iluminação pública em Santa Rita do Sapucaí era feita através do uso de lampiões a querosene. Ao anoitecer, um funcionário da prefeitura era encarregado de acendê-los e depois voltava, entre nove e dez horas da noite, para apagá-los novamente. Naquele ano, através da iniciativa da Câmara Municipal, o 1º artigo do Projeto 123 determinava a contratação de uma empresa para trazer a energia elétrica à cidade: “Fica o agente do executivo autorizado a contratar com quem mais vantagens oferecer, a instalação de uma indústria de eletricidade nesta cidade e município. E o fornecimento de luz elétrica, com privilégio, pelo prazo de vinte e cinco anos.”
Ao tomar conhecimento de que aquele empreendimento era de grande importância para o desenvolvimento local, Tonico Moreira decidiu assumir a empreitada e viajar à Alemanha para trazer uma usina que produziria energia para toda a região. Temerosos dos desafios a que o produtor rural seria submetido, familiares e amigos falavam sobre as barreiras impostas pela língua. Quando era alertado sobre os riscos que corria, o homem enérgico e exigente, sempre batia a mão no bolso e dizia com segurança: “Esse aqui fala qualquer língua.” 

Segundo constatamos através de relatos publicados em antigos jornais, o filho de Antônio Moreira da Costa embarcou em um navio com destino à Europa e passou por grandes dificuldades quando os oficiais da alfândega descobriram que ele carregava uma espingarda. Dizem que foi preciso bater a mão no bolso muitas vezes até que os fiscais “entendessem” que o empreendedor santa-ritense visitava o “Velho Mundo” em uma missão de paz.

Ao chegar à Alemanha, Tonico visitou as instalações da Siemens, onde discutiu a compra de uma usina hidrelétrica com o proprietário da recém-criada firma. Encerradas as negociações, o empreendedor foi orientado a contratar os serviços de 2 engenheiros, Henrique Betex e Ettore Bertacin, da Casa Siemens de São Paulo, e retornou a Santa Rita com a missão de criar uma sociedade anônima que ficaria conhecida como “Companhia Força e Luz Minas Sul”. Após a aprovação do orçamento, o projeto ficou sob a Tutela de João Euzébio de Almeida, que se tornou o primeiro presidente da Companhia. Outro desafio, seria encontrar um local próximo, dotado com as especificações corretas para sediar o empreendimento. Pelas características necessárias para gerar pressão no momento de girar as turbinas, foi escolhida a cachoeira São Miguel localizada no município de Natércia. Não havia na região, nenhuma outra queda d’água com tamanho volume de água e altura (mais ou menos 80 metros). A transferência da escritura, entretanto, só seria lavrada em janeiro de 1913, um ano após o início das atividades.

Após o pagamento da primeira parcela, desembarcava na Estação Afonso Pena, o maquinário todo desmontado. Como a ponte de madeira sobre o Rio Sapucaí era ainda muito precária, foi necessário enviar um telegrama com pedido de autorização ao governador de Minas Gerais para que pudessem atravessá-la com toneladas de equipamentos.

O transporte, de Santa Rita a Natércia, demorou dois meses e foi necessário adaptar todo o trajeto. Pontes foram reconstruídas, estradas alargadas e terrenos alagadiços tiveram que ser aterrados. Para se ter uma ideia das intempéries enfrentadas durante a viagem, a avenida Delfim Moreira afundou quando passou a primeira peça da turbina e o transporte de apenas um mancal levou 40 dias, para o que foram necessárias 8 juntas de boi. Receoso de que algo poderia dar errado, Tonico questionava o responsável pelo transporte sobre a forma como estava sendo realizado e ouvia sempre a frase: “Eu sei o que estou fazendo.”

Quando as peças chegaram a Natércia, o equipamento foi construído com muitos erros e não funcionou ao término da montagem. Por este motivo, o engenheiro responsável foi dispensado dos serviços e foram necessários muitos ajustes até que o sistema funcionasse e uma rede de fios levasse a energia até Santa Rita, seguindo pela estrada do Vintém. No último dia de 1912, a população promoveu uma grande festa em comemoração àquele feito tão extraordinário.

Assim que entrou em atividade, a Minas Sul passou a fornecer energia elétrica para diversas cidades da região. O escritório central ficava localizado à Rua Cel. Antônio Moreira da Costa, mas cada cidade atendida pela companhia possuía uma unidade onde ficavam os responsáveis pela assistência e administração. Sempre que ocorria algum problema de natureza técnica, um grupo partia da usina e outro do local da falha para detectar o ponto onde a linha havia caído. Outro fato pitoresco envolvendo a manutenção da energia elétrica refere-se ao constante roubo de lâmpadas por crianças que nunca tinham visto algo parecido na vida. Dizem que, certa vez, Tonico flagrou um menino trepado num poste e, com espingarda apontada para ele, gritou: “Se descer daí, leva chumbo!” Foi preciso muita conversa dos habitantes da cidade para que o empreendedor deixasse o rapazinho descer.
Com a chegada da energia elétrica, Santa Rita passou por um grande impulso de desenvolvimento, quando indústrias e escolas passaram a ser criadas em função da nova facilidade. Em 1929, quando a cidade decidiu implementar um sistema de desmonte do Morro do Esguicho para aterrar os pântanos existentes na cidade, Tonico voltaria para a Europa para negociar as máquinas e aproveitaria o embalo para adquirir uma segunda usina para expandir, ainda mais, a sua atuação. Em uma carta, enviada pelo empreendedor, do Hotel St. Raphael, em Paris, no dia 4 de novembro de 1929, ele fala sobre a compra do maquinário para a usina e também dos equipamentos para a obra do aterro (imagem na capa):

“Caro filho, Joaquim. É com grande saudade que escrevo estas linhas. Nós vamos bem, graças a Deus. Hoje vamos para Marselha esperar o navio Flórida, o mesmo que nós viemos. Não comprei os fios que desejava por ser caro. Vou comprar em São Paulo. Nós fomos a Berlim e lá encontramos o engenheiro Lechthaler. Queria me vender o pequeno grupo e respondi que precisava ver o orçamento que demorava a remeter antes da minha partida.”

No dia 13 de outubro de 1935, a Minas Sul foi encampada pela Cia Sul Mineira de Eletricidade, com sede no Rio de Janeiro, e que passou a atender 39 cidades da região. Com esta negociação, uma série de melhorias passaram a ser implementadas até que, dois anos depois, os velhos postes de madeira foram trocados, instalações particulares melhoradas e os fios foram adaptados às exigências do município.

Em 1976, a usina foi desativada e todos os maquinários, ferragens e canos, vendidos como sucata. O que sobrou foram barragem, comporta e ferragens. Através de algumas fotografias do local, é possível ter uma ideia de como era a tão famosa usina (acima).

(Carlos Romero Carneiro)

Oferecimento: Colégio Tecnológico Delfim Moreira

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Equipe da FAI é campeã da Etapa Estadual do Desafio Sebrae

Estrelas da FAI brilham no Desafio Sebrae, mostram excelência e seguem para a semi-final Nacional
(Da esq. p/ dir.): Anderson Minoru Sasaki, Rodrigo Alves Oliveira do Nascimento, Felipe Pereira de Souza, Paulo Henrique Martins e Renan Rodrigues Ramos 
A equipe “Xeque-Mate” formada por alunos do curso de Sistemas de Informação da FAI – Centro de Ensino Superior em Gestão, Tecnologia e Educação, é campeã da etapa estadual no jogo virtual ‘Desafio Sebrae’. Em novembro os integrantes, Rodrigo Alves Oliveira do Nascimento, Paulo Henrique Martins, Anderson Minoru Sasaki, Felipe Pereira de Souza e Renan Rodrigues Ramos embarcam rumo à Salvador-Bahia onde disputarão a Semifinal Nacional com mais 32 equipes de todo País.

O jogo iniciou com 153.027 participantes e a equipe da FAI concorreu com mais de 12 mil estudantes do Estado de Minas Gerais organizados em 3.554 equipes. A meta dos acadêmicos da FAI é ficar entre as três melhores colocadas da etapa nacional. “Começamos a participar do Desafio Sebrae na edição de 2011, que nos rendeu experiência com a participação da final estadual e motivação com a obtenção do terceiro lugar. Este ano fomos mais além, aumentamos nossas metas e passamos a acreditar mais”, revela Rodrigo.

Durante o jogo, Rodrigo conta que a equipe utiliza os conhecimentos adquiridos por meio da disciplina de Empreendedorismo do Curso de Sistemas de Informação da FAI. “A FAI é uma instituição focada no empreendedorismo, que busca formar profissionais que se diferenciem no mercado, a grade curricular faz diferença, e a FAI está provando para o Brasil que ensino de qualidade faz toda a diferença”, orgulha-se.

Ao se inscreveram para o Desafio Sebrae os alunos nomearam o professor da FAI, Vinícius Montgomery, como o orientador da equipe que tem o papel de auxiliá-los e motivá-los em cada etapa. Vinícius, orgulhoso do avanço da equipe disseminou a informações e demonstrou contentamento com a classificação. “É com grande alegria e orgulho desses meninos de ouro que comuniquei a todos que a Equipe Xeque-Mate confirmou o favoritismo e estão na final brasileira do Desafio Sebrae”.

A coordenadora do curso de Sistema de Informação, professora Eunice Gomes de Siqueira, parabeniza e agradece a todos que acreditaram no sucesso dos alunos. “As boas conquistas promovem um estado de espírito coletivo saudável, muito importante para se manter firme na busca de um futuro profissional melhor. Parabéns aos integrantes da equipe Xeque-Mate e também para todos os colegas que estiveram ao lado deles".

FAITEC 2012

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Do leito da Santa Casa, o desabafo de um professor - Por Ivan Kallás


Na verdade, não sei sobre o que vai ser este artigo. Nem se vou terminá-lo. Se for publicado, você saberá. Até porque, já recebi dúzias de telefonemas de amigos preocupados, já que fui colhido por uma suspeita genética de TEP: palavrinha boba que disfarça um potencial de morte súbita. 
Chamo meu TEP (Tromboembolia Pulmonar) de “coice de burro velho”. Explico: O véio tava em plena Confraria tomando umas e outras, quando faltou lenha no fogão. Rapidamente apanhou umas taquaras, partiu no meio com coices. Em seguida, reativou o fogo onde o maitre internacional, Serbinenko, produzia panelada de primeira. Daí, para a dor de joelho, no dia seguinte, foi um passo. Depois desceu para a panturrilha, subiu para a coxa. Generalizou para toda a perna, atacando a velha ciática e acabou na injeção de cortisona para dirigir de volta a BH no feriadão.

Interrompo o texto para submeter minhas juntas a duas outras juntas. A primeira, das enfermeiras que dão banho coletivo nos véios, já que nem ir ao banheiro e fazer xixi, estou autorizado. No meu tempo de moço, isso tinha outro nome: suruba. A segunda junta, com lindas médicas e outros caras feios, dizendo que o TEP pode não ser o que era, mas que a Angio TC ia dizer, a não ser que fosse outra coisa. Nesse caso, só seria confirmado com o dopler, cintilografia e meia dúzia de exames. De qualquer forma, já tinham certeza de um ano de medicação, com suspensão da cerveja, cachaça, tira-gosto e todas as alegrias desta vida quase monótona. 

Intervalo escrevendo, levando agulhada e outras cositas mais. Pelo menos já posso ir ao banheiro, arrastando. É preciso chacoalhar devagarinho, sob pena de pitiripaco súbito. Nesse caso, seria levado às homenagens derradeiras ao velho professor, colina acima. Daquela rua que, na minha terra, ninguém quer subir antes da hora. Nem depois. Aliás, nesta questão, todos dão preferência que a homenagem seja aos outros.

Mas, afinal, faremos homenagens ou o velório de um professor? Este velho dinossauro que, muitos dizem, encontra-se em extinção. Pior que, para o mestre, não existe morte súbita. É lenta, decadente e deprimente, com raras exceções. Já assisti a várias. Desde o Diretor do Mestrado que dizia: “Somos partes desta massa cadavérica que se chama UFMG”. Ou a amiga Eunice que, aposentada, me entregou pilha de apostilas, casos e textos, dizendo: “Esta é toda a minha vida. Não tenho coragem de jogar fora. Você pode descartar, escondido, ou digitalizar e ser minha única esperança de ser lembrada.” 

Muitas primas voltaram às salas de aulas. Nem sempre pelo prazer, mas em busca da segunda aposentadoria que melhorasse as finanças. De fato, o salário do professor sempre foi um escândalo e vai continuar sendo. Mesmo com alguns raros profissionais ganhando fortunas. Antes de me mudar para Santa Rita, ganhava US$400,00 dólares a hora/aula no Rio, SP e em BH. Eram poucas, mas bem pagas. Sobrevivia assim e investia, do próprio bolso, na pesquisa de um projeto que chamamos de “Interactor Cyber RV” e que muitos insistem em querer entender. 

A uma professorinha anônima

Gênios ou bobos, considero os professores os maiores heróis deste país. Para simbolizá-los, escolho, não por acaso, aquela que me confessou pretender escrever uma autobiografia. Seria a história de uma professorinha do interior. Ela mostrou-me alguns rascunhos, lindos como seus eventuais artigos em jornais da cidade. Sem prêmios. Raras homenagens fora da sala de aula e alguns textos publicados e que refletiam sua rotina repleta de Amor. A esta professorinha anônima, faço uma homenagem em nome de todos os seus alunos. Não digo o seu nome, mas tomara que não desista. Quem a conhece sabe quem é. Senão, já conheceram alguém parecido. Por seu exemplo, 90% dos professores do país veriam suas vidas espelhadas em uma história que nunca foi escrita. A história de alguém que fez da vida um ato de amor.

Mas, afinal, todos estes prós e contras do país não são fruto de nosso trabalho como professores - não só os da cátedra, famosos, como os da sala de pau-a -pique? Não seria também responsabilidade dos pais, tios e servidores - todos aqueles que ensinam pela demonstração ou pelo exemplo de vida? Não estaríamos vivendo o país que os ensinamos a viver? Não é este o fruto de nosso próprio magistério?

O amigo editor que me perdoe: era para eu escrever minha história de professor, com 40 anos formais de pesquisa e aprendizado. Mas confesso que nunca ensinei nada a meus alunos. Eles aprenderam sozinhos. Aprenderam o que quiseram. Não o que ensinei. Apenas estimulei seus próprios sonhos. Dei aula a vida inteira e não ensinei nada. Mas, talvez, tenha tirado de dentro de alguns ou muitos, o talento que tinham guardado.

Como sempre, imitando nossos políticos, contei, contei e não contei nada. E para deixar todos curiosos, não falo do Mentor Autômato, “O Cyber RV”, premiado protótipo construído, pela primeira vez, na FAI, por nossos alunos. Não foi criado no Carnegie Mellon, nas Universidades de Barcelona ou de Hamburgo. Nem em Harvard ou MIT que, agora, vinte anos depois, se associam para aplicar os primeiros 20 milhões de dólares em parte de uma pesquisa desta natureza. O nosso custaria 2 milhões.

Em suma, se o colapso que me pregou a bunda nesta cama de emergência e que me deixou sem licença para c* e m* sozinho, e nem deixa tirar radiografia sentado, não me levar, ainda vou encher mais a paciência de vocês. Fica para o próximo causo, real ou surreal. Ou mentiroso, como querem meus inimigos.

Como aprendi a estar atento, pois não sabemos nem o dia nem a hora, não se preocupem. O Mentor Autômato que chamo “Interactor-Cyber RV”, já anda por aí, no subconsciente coletivo da Era do Conhecimento e nas planilhas de pesquisa de todas as universidades avançadas.

Se não for pelas bobagens que escrevi e vão pouco a pouco se disseminando na internet, algum professor mais capacitado vai, enfim, compreender melhor e explicar o que ele significa.

Sobre o projeto (Mentor Autômato) referido pelo professor Ivan Kallás:

Ao deixar Santa Rita, como cientista do ano, pela SUCESU, Ivan recebeu promessas de fomentos mi-lionários e apresentou, desde um pedido de ajuda com 1 estagiário ao SEBRAE, até 5 milhões à FINEP. Como resultado deste projeto avaliado em 10 milhões de dólares a cada venda, veja qual foi o resultado:

Foi considerado o 1º projeto eletrônico de entretenimento educativo para carentes no Brasil. Foi considerado o 1º ebook do país para treinamento em massa de executivos tecnológicos (Fiat 1976). foi eleita a melhor ideia em informática e telecomunicações do país (SUCESU 97). Considerada a melhor metodologia mundial de implementação de projetos complexos (Tacom 1999). Foi considerado o melhor gestor de sistemas do mercado (Diretor de Tecnologia, Fiat-IBM). Foi Considerado um sistema pioneiro e competitivo, a nível mundial (Microsoft 2009). 
Vejam, a seguir, a avaliação burocrática que fizeram de seu invento: Disseram que o projeto não se enquadrava nos propósitos do edital de inovação. Afirmaram que faltaram documentos, em duas vias. Disseram que a verba estava 20% acima do limite da lei e que estava classificada em item errado. Ou seja...

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Eleições municipais em Santa Rita tem saldo positivo


As eleições municipais tiveram desfecho com uma vitória histórica de Jefferson Gonçalves Mendes sobre o representante do Partido Comunista do Brasil, Donizete Andrade. Com 87% dos votos válidos, o candidato eleito confirmou seu favoritismo em Santa Rita do Sapucaí ao vencer sua quarta eleição para prefeito. Ao finalizar este mandato, Jeffinho terá somado nada menos do que 28 anos de vida pública. Um feito que o coloca como um dos políticos mais bem sucedidos da história local.

Quanto à eleição para vereador, houve uma renovação quase total das cadeiras do legislativo: apenas dois vereadores (João Paulo Sampaio e Wagner Gamarra) conseguiram se reeleger. Acredita-se que esta tendência tenha sido ocasionada pelo clima conturbado da última gestão que teve como clímax a reprovação do Plano Diretor. A imagem dos vereadores ficou muito desgastada quando, após o término do prazo para análise do PDP, a maioria não propôs emendas e rejeitou o projeto sem quaisquer considerações. Tal comportamento suscitou um clima de instabilidade, o que pode ter provocado a rejeição em massa dos candidatos. Apenas Wagner Gamarra, que votou contra o PDP, foi reeleito.

Dos vereadores eleitos, todos são novos na política e, uma boa parte, desempenha trabalhos sociais na cidade, como é o caso de Miguel Caputo (Amoge) e José Márcio (Asilo). As três principais Instituições de Ensino, por sua vez, elegeram três professores para ocupar uma cadeira na Câmara: Aldo (FAI), Rinaldo (Inatel) e João Paulo (ETE).

Segundo alguns habitantes de Santa Rita, os eleitores souberam votar, mas é sempre bom estar atento a eventuais deslizes: “É comum acontecer de um ou outro vereador se preocupar apenas com a renda que irá obter no decorrer de seu mandato. Cabe aos bons vereadores, não entrarem na conversa mole deles, fiscalizarem as ações de seus colegas e garantirem que os nossos direitos sejam defendidos.” – afirmou um cidadão que preferiu não se identificar.

Uma vez terminada as eleições, espera-se que prefeito, Paulo Cândido, não abandone a cidade no final de seu mandato e que forneça um mínimo de infraestrutura esperada pela população, como limpar as vias públicas, recolher o lixo, consertar os inúmeros problemas de calçamento e retirar os cães das ruas. Aos vereadores em fim de mandato, esperamos que aprovem corretamente o Plano Diretor Participativo, com a certeza de que estão sendo fiscalizados de perto pela população e de que serão responsabilizados mediante algum tipo de omissão. Em suma, queremos que a nova Câmara de Vereadores desempenhe uma excelente gestão e que o prefeito assuma o Paço Municipal em condições de nos fornecer a qualidade de vida que merecemos. 

(Carlos Magno Romero Carneiro)

domingo, 7 de outubro de 2012

Jefferson Gonçalves Mendes é eleito prefeito em Santa Rita


Veja o resultado final das eleições 2012
JEFFERSON GONÇALVES MENDES
Partido da República - PR - (22) 
Coligação: Aliança Popular Santarritense
Votos: 17.897
ANTONIO DONIZETTI MOREIRA DE ANDRADE
Partido Comunista do Brasil - PC do B - (65)
Coligação: Santa Rita para Todos 

Votos: 2.713