quinta-feira, 28 de abril de 2011

Série: As melhores campanhas produzidas pela Take Five.

Mulher morre com suspeita de meningite

Médicos ja colheram material para fazer análise; resultado será divulgado no final da semana

Uma mulher de 27 anos morreu com suspeita de meningite na última sexta-feira (22) em um hospital de Santa Rita de Sapucaí. A vítima morreu poucas horas após dar entrada no hospital. De acordo com a Secretária de Saúde de Santa Rita do Sapucaí, os médicos coletaram o licor, um material líquido da coluna. O líquido está sendo analisado. O resultado deve sair na próxima sexta-feira. A família da vítima foi medicada no sábado para evitar o contágio.

Santarritense já está se preparando para a Segundona Mineira 2011

 Campeonato Mineiro da Segunda Divisão desta temporada - o elenco do Santarritense Futebol Clube, de Santa Rita do Sapucaí, já está se preparando desde o início do mês de abril para a competição, mesmo sem saber quando irá iniciar a disputa.
Fundado em 1966, a equipe do Sul de Minas começou a disputar a Segundona Mineira em 2003. Disputou a competição, também, em 2004, 2005, 2006, 2007 e 2008. Nos anos de 2009 e 2010 não disputou. A equipe vem forte esta temporada e com um único pensamento: o acesso.

A equipe santa-ritense foi responsável pela formação do zagueiro Roque Júnior, campeão da Copa do Mundo de 2002 com a Seleção Brasileira. Fazendo boas apresentações nas categorias de base do Santarritense, em 1993 e 1994, quando tinha apenas 17 e 18 anos, respectivamente, o zagueiro chamou a atenção do São José, tradicional clube de São Paulo. Depois o jogador foi para o Palmeiras, onde ganhou prestígio a nível nacional e internacional.

A Segundona Mineira desta temporada está programada para começar em meados do mês de agosto, porém o Santarritense corre contra o tempo para deixar a equipe afinada para a disputa da competição. A média de idade da equipe é de apenas 22 anos e a maioria dos jogadores do atual vieram de São Paulo.

A comissão técnica é formada pelo técnico Ivan Luís, que já trabalhou com Geninho, no Corinthians, em 2003, pelo preparador físico Ronan Lemos e pelo auxiliar de preparação física Diogo Vilela Vitor. A diretoria ainda não acertou com o restante da comissão técnica.
FUTNET - Texto de Vitor Lima

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Martiniano Ribeiro - Uma existência a serviço da caridade

Quando, no dia 7 de abril de 1893, nascia no bairro Pouso do Campo o filho de José Ribeiro do Vale e Rita de Cássia, mal sabiam eles que aquela criança se tornaria um referencial de caridade e amor em Santa Rita do Sapucaí. Através das obras de Martiniano Ribeiro – centenas - milhares de pessoas, foram consoladas e encontraram amparo material e espiritual nas horas mais difíceis. A cada pequeno gesto, aquele bom homem fazia de sua existência um sinônimo de humildade e amor ao próximo. Em cada palavra, oferecia o consolo que acalentava o coração dos irmãos mais necessitados.
Martiniano (ao centro) atende os necessitados à porta da sede dos Vicentinos.
A busca pelo conhecimento

Na juventude, Martiniano estudou em uma Escola Rural do bairro, mas adquiriu um imenso conhecimento por conta própria, no decorrer da vida. Por sua grande habilidade com números e seu caráter incontestável, logo passou a trabalhar em uma das mais afamadas casas comerciais de Santa Rita, a “A. de Cássia e Cia”, como guarda-livros. Naquele tempo era esse o nome do profissional responsável pelas contas de um estabelecimento.

A homeopatia

Sem perder o interesse pelo aprendizado, entre um documento e outro, Martiniano passou a se interessar pela homeopatia - uma técnica baseada na cura através de elementos que provocam os mesmos sintomas da enfermidade, mas em pequenas doses. Desde então, através desta ciência difundida 100 anos antes do seu nascimento, Martiniano tornou-se o primeiro homeopata da cidade e passou a fornecer remédios a muitos santarritenses que apostavam na medicina alternativa como forma de reduzir suas dores. Sempre que o procuravam, os pacientes eram cuidadosamente examinados. Ao avaliar os sintomas com a ajuda de um “Tratado de Homeopatia”, Martiniano lhes entregava os frascos com conta-gotas, utilizados para dosar a medicação.
A prática da caridade

À medida em que tomava conhecimento das necessidades dos despossuídos, aumentava também sua vontade de interceder por eles. O caminho natural foi a participação em um dos mais belos projetos humanitários do país: a Sociedade São Vicente de Paulo. Dentro dela, Martiniano fundou e se tornou o primeiro presidente de um grupo conhecido como “Conferência de São José”, no dia 25 de dezembro de 1934. Através dessa iniciativa, inúmeras famílias recebiam alimentação, remédios e amparo espiritual. Como a quantidade de atendidos era imensa, o guarda-livros colocava mesa e cadeira para fora da sede dos Vicentinos e atendia os necessitados “um a um”. Ninguém saía de lá sem uma bela palavra. Em momento algum, Martiniano perdia a oportunidade de ser útil.

Uma lição ao filho

Adirson Ribeiro, filho de Martiniano, conta que, certa vez, ao passar em frente ao necrotério, foi chamado pelo pai para ajudar em uma das tantas obras de caridade que empreendeu. Naquele dia, uma de suas assistidas havia falecido e não havia ninguém para levá-la ao cemitério.
Martiniano leva Cyro, Rubens e Hélio de Luna para o Colégio em Lorena.
Adirson, então com 15 anos, ainda lembra do esforço do pai para encontrar ajudantes e carregar o corpo. Como naquele tempo os caixões eram de lata, reutilizáveis, ao chegar ao jazigo a mulher foi retirada, envolta por um lençol. Juntos, pai e filho desceram a falecida ao sepulcro - lição para Adirson, rotina para Martiniano.

O grande escritor “Cyro de Luna Dias”, em sua obra “Crônica das Casas Demolidas”, conta como era Martiniano:

“Martiniano Ribeiro, Juiz de Paz da Comarca, nunca foi um homem de posses, mas nada foi feito em Santa Rita a favor dos pobres que ele não tivesse ajudado. A conferência de São Vicente, mão amorosa da sociedade, aplacando o sofrimento dos desventurados, teve nele um criador discreto e incansável. Santa Casa, Hospital e Asilo dos velhos também encontraram fartos doadores entre os ricos da cidade, mas coube a Martiniano o trabalho humilde e essencial de ligação entre o dinheiro e a parede da obra, a legalização com as autoridades públicas e o recolhimento de doações populares. Tudo gratuitamente, sem outra recompensa se não o carinho do povo santarritense. Poucas pessoas conheci que tivessem se entregado tanto à obra evangélica da caridade quanto ele.”
(Carlos Romero Carneiro)

Baseado nos depoimentos do Dr. Eduardo Adami Ribeiro e de Adirson Ribeiro a quem agradecemos muito.

terça-feira, 26 de abril de 2011

Série: As melhores campanhas produzidas pela Take Five.

Divulgados documentos de Defesa do Prefeito Paulo Cândido

Às vésperas do encontro entre a denunciante Estela Simões e o Prefeito Municipal Paulo Cândido, em Sessão da Câmara Municipal de Santa Rita do Sapucaí, documentos de defesa do acusado são postados na internet e enviados através do email aramacsrs@hotmail.com. Para ter acesso à defesa do atual prefeito de Santa Rita do Sapucaí, acesse o link abaixo:

Defesa do Prefeito:

http://www.sendspace.com/file/qkd3qj

Despacho da Doutora Elba Rondino:

http://www.sendspace.com/file/h75mn2

O Jornal Empório de Notícias acredita que é importante a população de Santa Rita do Sapucaí ter acesso a todos os documentos oficiais referentes a este processo, uma vez que os destinos de um prefeito e de um vereador e - consequentemente - de nossos mais de 37 mil habitantes dependerá da decisão dos vereadores, seja ela qual for.

sexta-feira, 22 de abril de 2011

Dica do dia: Lanchonete Ops! Burguers

 
A Lanchonete “Ops! Burguers” acaba de inovar o segmento de lanchonetes em Santa Rita do Sapucaí ao criar um ambiente único e muito moderno para recepções de seus clientes e amigos. Com uma estrutura diferenciada, a lanchonete tem servido deliciosos lanches, através de promoções que agradam a todos os tipos de público.

“Na terça-feira, na compra de qualquer lanche - mais R$ 1,90 - você bebe o quanto de refri aguentar. Pode até apostar com os amigos para ver quem ganha essa parada!” – afirmou Wilson, proprietário do estabelecimento. Neste dia de grandes promoções, a “Ops! Burguers” ainda lança um desafio para quem é apaixonado por sorvete: o cliente experimenta e - se não gostar – o dinheiro é devolvido na hora.
Para aqueles que preferem desfrutar do conforto de receber os lanches em casa, a “Ops! Burguers” conta com uma equipe especializada em entregas. “Contamos com a atuação de quatro motoboys e de uma cozinha super preparada para que o lanche chegue sempre quentinho e saboroso. Também temos aquelas maioneses que todos conhecem e que alguns até tentam copiar, mas a nossa tem um sabor único e irresistível. Somos a primeira lanchonete a disponibilizar o sistema ‘GPRS’ para a comodidade de nossos clientes. Nós não estipulamos valores para entrega e levamos os lanches a qualquer bairro de Santa Rita, sem exceção.” – contou o proprietário.
Outro diferencial da “Ops! Burguers” é a qualidade dos produtos. “Trabalhamos com produtos Perdigão e nosso hamburguer, di-ferente de todos os outros estabelecimentos da cidade, é de 100 gramas, produzido exclusivamente para nossos clientes”. Todos esses diferenciais ainda são complementados pelos padrões e níveis industriais da cozinha para garantir alta qualidade e produtividade.
Segundo nos contou um dos colaboradores desta lanchonete com cara de grande franquia é que muitas pessoas vivem perguntando se a “Lanchonete Ponto G” acabou. Sempre querem saber o porquê do “Ops! Burguers”. A resposta é que, para novas propostas, sempre é preciso um novo nome. Como a lanchonete chegou de cara nova, através de um ambiente climatizado e com acomodação para até 68 pessoas em mesas e poltronas de padrão americano, a direção da casa resolveu criar também um novo conceito de marca. “Criamos um estabelecimento do jeito que o santarritense merece e a proposta tem sido um verdadeiro sucesso.” – conta Wilson.
Delivery: (35) 3471 3641

Série: As melhores campanhas produzidas pela Take Five.

O Professor João de Camargo (Por Floriano de Lemos)

Formando do IMEE em 1916. Clique na imagem para ampliar.
Em Teresópolis mora um estranho homem. Eremita? Encarnação de algum asceta antigo? Não. Chama-se João de Camargo. Foi um grande professor. Agora, dá aos discípulos a maior das lições: apesar de cego, segue amando perdidamente a vida.

Eu o conheci há 40 anos, em Alfenas. Era o diretor de um Grupo Escolar. E como esse educandário do interior do Brasil, era diferente dos demais! Em um tempo em que as crianças iam para a escola descalças, todas elas prestavam homenagem sincera à Bandeira Nacional, antes de entrar na classe. Os pais, quase todos lavradores, muitos analfabetos, não gostavam do Grupo; mas os filhos fugiam de casa e do trabalho doméstico para conquistar, com tal desobediência, os seus direitos de redenção do espírito.

Tudo isso era obra do Mestre, que sabia prender a criançada com uma palavra sonora e bela. Ainda ele, com a benemérita mulher que escolheu para companheira na ingente tarefa, conseguiu montar um ateliê de costura na sua escola, para que todos os alunos tivessem um uniforme. Dinheiro para isso? Nada mais fácil: Madame Camargo e o marido andavam de fazenda em fazenda e de loja em loja, angariando donativos.

Pouco tempo depois, Santa Rita do Sapucaí chamava João de Camargo para fundar o Instituto Moderno de Educação, que deu origem ao Ensino Agrícola e à Escola Normal. A cidade se transformou como num conto de fadas e trouxe prosperidade e riqueza ao Comércio, à industria e às diversas modalidades de trabalho. A lavoura e a pecuária foram também muito beneficiadas. Nossas terras tiveram centuplicado o seu valor.

Depois dessa vitória, João de Camargo foi para o Rio de Janeiro. Fundou a “Escola Brasileira”, a princípio no bairro de São Cristóvão e a seguir em Paquetá. O mesmo mestre de sempre. O mesmo poeta. O mesmo patriota. O pai de cada aluno. O protetor de cada estudante.

Da “Escola Brasileira” de João de Camargo, saíram, como já havia acontecido em Minas, inúmeros espíritos brilhantes que hoje ocupam posição destacada na sociedade, em todas as classes e profissões: médicos, engenheiros, advogados, militares, políticos ilustres, jornalistas e professores. A “Escola Brasileira” criou as primeiras colônias de férias bem organizadas que existiram no Brasil. Dali surgiu a ideia das Escolas de Revezamento e de Saúde e Educação Integral da Infância.

Hoje, quando os turistas de Teresópolis o veem, pensam que é apenas um pobre cego. Mal sabem que ali está um grande Construtor, integrando com o seu espírito luminoso as mentes mais promissoras de nosso país.

(Correio do Sul - 15/04/1951)

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Navantino, fala sobre sua trajetória e sobre as lendas que marcaram o Inatel

Professor Navatino recebe autoridades em visita ao Inatel.
O senhor poderia nos contar sobre a lenda que envolveu a vinda do Presidente ao Inatel?

Tem um fato que contam, mas que não sei até que ponto é verdade. Dizem que, certa vez, um presidente da república veio ser paraninfo aqui do Inatel, na época do regime militar. Por esse motivo, havia um esquema de segurança ainda mais intenso do que o normal. Uma semana antes, chegaram à cidade muitos seguranças que vasculharam a faculdade inteira. Eles olharam até no forro. No auditório da Escola Técnica de Eletrônica, onde seria realizada a colação, a partir do momento em que eles vasculhavam tudo, ficava um guarda de plantão, para que só entrassem e saíssem pessoas autorizadas. O interessante foi que, quando a comitiva estava chegando ao Inatel com o presidente, faltou água na faculdade e pediram para que o responsável fosse averiguar porque as caixas d’água estavam vazias. Naquela época, nós tínhamos uma certa dificuldade com a questão da água, devido à localização, e utilizávamos um poço. O fato foi que coincidiu da comitiva estar entrando na faculdade e um funcionário gritar para o encanador: “Liga a bomba!” Dizem que foi uma correria! Os militares querendo saber que bomba era aquela e isso teria causado um grande tumulto.
Inatel festeja ao receber certificação do Curso de Engenharia Elétrica.
O senhor assistiu a um vídeo que fizeram em sua homenagem e que está hoje no site Youtube?

Eu sou muito irriquieto. Eu tenho muita dificuldade, por exemplo, de participar de uma reunião porque eu não consigo ficar parado ali. Eu preciso andar, me movimentar e tal. Durante as minhas aulas eu me movimento muito.  O que aconteceu foi que, há mais ou menos um ano e meio atrás, apareceu no Youtube um vídeo chamado “Psy Navantino”. Um aluno me filmou dando aula, com um celular, fazendo gestos e movimentos, e depois achou uma música mais acelerada e também acelerou o vídeo com os meus movimentos, rigorosamente no ritmo da música. Ficou, do ponto de vista do trabalho dele, uma coisa extremamente bem feita. Quando eu fiquei sabendo, eu fui até lá e vi que já tinha tido mais de dois mil acessos. Eu não considerei aquilo como uma afronta, embora eu tenha conseguido identificar em que turma foi feita a gravação. Eu até comentei com a turma: “Eu vi o vídeo, achei muito bem feito, não estou preocupado em saber quem foi, não achei uma falta de respeito, mas tomem cuidado em pedir autorização às pessoas antes de colocarem na internet, porque pode trazer complicações com a questão dos direitos de imagem.”


As suas notas foram as maiores do Inatel, em todos os tempos?

Não, não... Eu fui um aluno que sempre teve um bom rendimento escolar, mas nós sempre tivemos grandes alunos no Inatel. Eu não saberia dizer, caso fossem calculadas todas as médias, em qual posição eu estaria, mas eu conheço suficientemente bem outros alunos que passaram por aqui - antes e depois de mim – que possivelmente tenham tido notas muito maiores do que as minhas.

Como o senhor foi escolhido para dar aula na instituição?

Eu fui contratado para trabalhar na área com maior mercado de trabalho na época, que era a “telefonia”. Eu sempre gostei dessa área e tive a felicidade de, logo no começo do curso, ter identificado uma área das telecomunicações em que eu gostaria de trabalhar. Esse perfil meu, fez com que o professor Carlos Prata me indicasse ao diretor do Inatel para atuar nessa área. O fato de eu ter sido monitor dele e também pelo meu interesse nessa área, foram até mais importantes do que o meu rendimento escolar para que fosse convidado. As notas do aluno tem uma certa importância, mas não  são tudo. Eu conheço ex-alunos que foram brilhantes sob o ponto de vista acadêmico e que tiveram um teto de progressão relativamente baixo em relação ao que a gente poderia projetar, olhando as notas dele. Acontece também o contrário. Eu conheço alunos que não tiveram um rendimento acadêmico brilhante e que chegaram a ser presidentes de grandes empresas. Na realidade, o exercício profissional é uma somatória de valores. O rendimento escolar é importante, mas apenas a primeira chave que irá abrir a primeira porta.
Era assim o Inatel no início do seu funcionamento.
Como foi sua chegada ao Inatel?

No início, chegamos a pensar que o Inatel fosse fechar. A despesa era maior do que o rendimento. Alguns professores chegavam a dar 6 meses de aula sem salário.

Quando eu cheguei, ainda jovem, aqui era uma fazenda. Era um dia chuvoso e havia verdadeiras crateras de erosão nos morros que contornavam a instituição. Eu vim para cá acreditando que aqui funcionava uma escola de engenharia, porque eu estava na chamada “Idade heróica”. É uma época da sua vida em que você se alista como voluntário para ir pra guerra, você casa, ou vem estudar no Inatel que eu vi naquela época. Eu vim por conta de um idealismo, ou de uma falta de percepção de que aquilo que eu estava vendo ali não poderia ser uma escola de engenharia. E podia... Mas houve uma dificuldade muito grande. Hoje, quando vemos o reconhecimento que o Inatel atingiu e a estrutura que poucas escolas têm, devemos nos lembrar de que tudo isso foi conseguido graças ao empenho desses pioneiros.

Os alunos de hoje ainda têm esse idealismo?

Os alunos e ex-alunos ainda contribuem muito para isso. A postura deles é a melhor contribuição que eles podem dar. Aqui você não vê pichação nas paredes, você não vê cartaz colado... tudo isso é importante. É uma somatória de pequenos detalhes.

No Inatel, existe uma preocupação especial com o bem-estar?

A gente cuida disso. Nós acreditamos que o ambiente de produção intelectual tem que ter alguns requisitos necessários para um bom funcionamento. Tem que ser um ambiente limpo, tem que oferecer prazer. Por isso, nós temos um campus muito arborizado, tem muita grama, você vê que tem muitos quadros pelos corredores, para tornar o ambiente agradável. A gente fala que, na idade desses jovens, tem muita coisa mais gostosa para fazer do que estudar. Nem por isso eu ouvi, até hoje, um aluno dizer que é um sacrifício para ele vir para o ambiente do Inatel. Aqui ele pode ficar debaixo de uma árvore, ou pode sentar sobre a grama. Apesar de nós não o proibirmos de caminhar sobre a grama, isso não acontece, porque eles nos ajudam na preservação do patrimônio.
Navantino torna-se diretor do Inatel.
Por que eles têm uma postura tão saudável em relação ao ambiente deles?

Por iniciativa dos próprios alunos. Nós nunca dissemos que eles não podiam pisar no gramado mas, ainda assim, você não vê trilhas nele. Quando eu fui diretor do Inatel, existia um depósito que nós resolvemos demolir e colocar um gramado porque não estava agradável. Quando terminamos de gramar, o pessoal da conservação sugeriu que fizéssemos uma calçada para as pessoas caminharem ao almoxarifado. Eu falei: “Planta a grama e deixa o pessoal pisar.” Seis meses depois, estava definido exatamente por onde o pessoal passava. Então eu falei: “Agora podemos construir a calçada sobre a trilha”.

Eu sempre gostei de cuidar para que o ambiente fosse o mais agradável possível. Em minha casa, por exemplo, eu sempre gostei de plantar rosas no jardim. Em um belo dia, depois do dia dos namorados - eu estava dando aula – quando um aluno me falou: “Nesse ano o senhor decepcionou a gente, professor! Nem no seu jardim tinha rosas pra gente roubar para dar às nossas namoradas!”

terça-feira, 19 de abril de 2011

Série: As melhores campanhas produzidas pela Take Five.

Dica do Dia: Trailler do Zé Daniel

O Trailler de lanche do Zé Daniel, localizado na Rua da Pedra, há 20 anos, comandada por Alexsander Ribeiro Seda, inovou nesse carnaval com a distribuição de abadás para os clientes.

A lanchonete possui mais de 50 opções entre sanduíches e porções. O lanche mais pedido é o X-Tudo e a porção de filé de frango é bem famosa. “Quem compra lanche tem a batata frita como opção adicional”, explicou ele

O Trailler do Zé Daniel fica aberto de terça a sexta das 17h30 às 1h e nos fins de semana até as 3h da manhã. “Temos uma maionese temperada diferenciada que todo mundo gosta muito”, disse Alex. O serviço de entrega é gratuito nas terças e quartas e tem a taxa fixa de R$1,00 nos outros dias da semana. “Temos GPS e passamos cartão na entrega”, contou ele.

A seguir, veja uma reportagem sobre o Trailler Santa Rita, feita pelo site Hamburguer Perfeito: Link

Série: As melhores campanhas produzidas pela Take Five.

Testemunha presta depoimento em apuração de denúncia contra o Prefeito de Santa Rita do Sapucaí

Veja os momentos mais importantes da reunião pública da Câmara Municipal de Santa Rita do Sapucaí, em que a denunciante - Estela Simões - acusa o prefeito Paulo Cândido de tê-la obrigado a praticar relações sexuais, enquanto ela ainda era menor de idade.


segunda-feira, 18 de abril de 2011

TAKE FIVE PROPAGANDA E EMPÓRIO DE NOTÍCIAS, EM NOVO ENDEREÇO

A Agência de Publicidade Take Five e o Jornal Empório de Notícias estão em novo endereço. A partir do dia 18 de abril a Agência com  mais de 4 anos de experiência em desenvolvimento de Estratégias e Campanhas, passa a atender à rua Cel. Antônio Moreira da Costa, 333 (Rua da Cemig) - Centro. O Telefone continua o mesmo: (35) 3471 3798. 
Nos próximos dias, você verá alguns trabalhos da Take Five e terá a  oportunidade  de conhecer um pouco da trajetória da Agência de Publicidade que criou o Empório de Notícias como forma de veicular as campanhas de seus clientes em um veículo isento, cultural e com alta credibilidade.

Dica do Dia: Lanchonete Ki-Sabor

A Sorveteria e Lanchonete Ki-Sabor, localizada na Praça Santa Rita está sob nova direção, desde fevereiro. Carmem Lúcia Abreu de Toledo, uma das novas proprietárias, contou que estão cheios de novidades.

Segundo Carmem Lúcia, os sabores dos sorvetes foram reformulados e estão ainda melhores. “Temos uma grande variedade de lanches e eles acompanham deliciosas fritas”, disse  ela. A lanchonete também está servindo mini-pizza e sanduíches naturais, além da famosa bomboniere. “A taça verão que é morango natural com leite condensado e chantilly é o sucesso da estação”, disse ela. No inverno, a novidade serão as opções de caldos e pratos quentes. A lanchonete possui serviço de entrega das 19h às 2h da manhã.

Um caso sobrenatural em Santa Rita do Sapucaí?

 Há alguns meses, recebemos um vídeo muito curioso gravado em Santa Rita do Sapucaí. Tratava-se da captação de uma câmera de circuito interno da Loja Skema Informática que monitorava a sala de assistência técnica. As cenas, reproduzidas em alta velocidade, até pareciam corriqueiras. No início, dois funcionários trabalhavam em suas bancadas e realizavam suas tarefas, como sempre acontecia. No entanto, assim que os funcionários começam a arrumar as coisas para o horário de almoço, um fato muito estranho acontece: uma das bancadas começa a levitar sem que nenhum deles perceba. Um fato interessante é que a levitação acontece em apenas um das extremidades, de forma bem lenta e gradual. Apesar do vídeo estar acelerado, é quase imperceptível ver aquele efeito sobrenatural. Ainda assim, bastaram alguns minutos para que sua altura já alcançasse cerca de 15 centímetros. Nesse momento, os funcionários da Skema retornam ao ambiente de trabalho. Displicentes, passam pela bancada suspensa e nem se dão conta de que algo não estava no local onde haviam deixado. Depois de algum tempo, um dos funcionários percebe que algo não está certo. Ele olha a bancada inclinada e consegue derrubá-la com um simples toque. Sem saber o que havia acontecido, ele começa a perguntar o que havia feito em sua mesa e procurar vestígios de uma brincadeira dos amigos. Não encontra nada. Ao contar o acontecido aos colegas de trabalho, o rapaz faz uma reconstituição da cena e tenta deixar a mesa como a havia encontrado. Impossível. Nesse momento eles se lembram do sistema de monitoramento interno e decidem ver o que havia realmente acontecido. Até hoje, ninguém conseguiu explicar aquele incrível mistério. “Estávamos no serviço, quando meu amigo, Fernando, chega e pergunta: “Quem levantou a mesa? Foi quando resolvemos ver o vídeo para ver quem a tinha levantado. O que surpreendeu foi que a mesa se inclinou sozinha!”, conta Diego Brandão na descrição do vídeo que postou no Youtube.
Quer ver o vídeo da mesa que levita sozinha? Acesse o vídeo no youtube e tire suas próprias conclusões sobre esse acontecimento surpreendente.

No meio do caminho tinha um portão...

Acidente acontecido na madrugada do dia 18 de abril (domingo). Após a polícia ter levado o condutor, não habilitado, o carro permaneceu no mesmo local até as 10 horas da manhã. Vejam o estrago:
 (Para aumentar, clique sobre a imagem)

Empresa santarritense recebe recursos do BDMG

O Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG) começou a liberar recursos do Fundese Solidário V, uma das ações do Governo de Minas para minimizar os estragos causados pelas chuvas do último verão. Esta linha de financiamento, além de socorrer micro e pequenas empresas e cooperativas que sofreram prejuízos com as enchentes, garante a manutenção e geração de empregos nas regiões mais prejudicadas. Só nesta semana serão liberados R$ 412 mil para sete empresas e outros 161 pedidos estão em análise, um total de R$ 11,2 milhões em carteira.

Uma das empresas que recebeu o financiamento foi a Minas Brasil Móveis, de Santa Rita do Sapucaí, no Sul de Minas. O estabelecimento, que sofreu prejuízos com as chuvas de verão, obteve recursos de R$ 100.000,00 junto ao BDMG. Vanusa Costa, sócia-proprietária da empresa, conta que a enchente atingiu a cidade no período de mais lucros para o comércio, o início do mês, e fez com que sua loja fechasse as portas por duas semanas. Os recursos que recebeu vão ajudar bastante. “Vamos manter os nossos 15 funcionários, reformar a loja e comprar mercadorias” disse.

Foxconn é alvo de denúncias de trabalho escravo

Maior fabricante de equipamentos eletrônicos do mundo, a Foxconn, que anunciou investimentos de 12 bilhões de dólares no Brasil, é acusada de maus tratos aos funcionários.

A Foxconn deve passar de 1 milhão de funcionários neste ano. A empresa é acusada de maus tratos aos funcionários na China.

Um dos melhores exemplos do vigor econômico chinês, a Foxconn é o maior fabricante de produtos eletrônicos do mundo e cresce em rito acelerado. Por suas fábricas, passam produtos de marcas como Dell, Nintendo, Microsoft, Apple, HP, Nokia, Samsung e Sony. Mas a empesa também é alvo de acusações de maus tratos aos funcionários. No ano passado, 18 deles tentaram suicídio e, desses, 14 morreram.

No Brasil, a Foxconn tem instalações em Jundiaí, Indaiatuba e Sorocaba, no estado de São Paulo, e também em Manaus e em Santa Rita do Sapucaí (MG). Entre seus clientes no país, estão Sony, HP e Dell. Até novembro, segundo o ministro Mercadante, a empresa deverá fabricar também produtos da Apple, como o iPad 2. A produção do tablet deve ser feita em Jundiaí, a 50 km de São Paulo. 

Suicídios e maus tratos

A Foxconn vem sendo alvo constante de denúncias de maus tratos aos funcionários. O que se sabe é que, como acontece em outras indústrias chinesas, as jornadas de trabalho em Foxconn City são longas e os salários são baixos.

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Nossas viagens a Santa Rita do Sapucaí

Nasci em Santa Rita do Sapucaí, cidade no sul de Minas, terceira filha do casal Quinzote e Glorinha. Pelo que ouço dos mais velhos, minha mãe teve um problema sério no ouvido quando estava grávida de mim. Na época, não existiam antibióticos e parece que minha mãe padecia com muitas dores. Meu pai, médico, achava que ela só deveria ser operada depois do parto.

Assim que nasci, fui com meus irmãos para a casa da minha avó materna. Meus pais seguiram para o Rio de Janeiro, cidade com mais recursos médicos e por lá permaneceram 8 meses. Durante esse tempo, fui amamentada por uma moça, Rita, que tinha tido um filho, menino, e amamentava a nós dois. Com toda certeza, não me lembro da estada na casa da minha avó, mas, pela importância que elas tiveram por toda a nossa infância, imagino como devo ter sido bem tratada por ela e pelas irmãs da minha mãe, na época ainda solteiras.

No Rio, apareceu para o meu pai a oportunidade de um emprego. Daí a nossa mudança para lá, logo que minha mãe se recuperou das operações a que se submeteu.

Guardo lembranças vívidas e carinhosas da minha avó, mãe da minha mãe, por todos chamada “Dona Maricotinha”, em cuja casa, em Santa Rita, passávamos as nossas férias. Ela sempre atuante, alegre, cheia de projetos.

Todos os anos, para viajar do Rio de Janeiro a Santa Rita, íamos de bonde até a estação da Central, tomávamos o trem que nos levaria a Cruzeiro e fazíamos a baldeação. A viagem era longa e cansativa, os bancos estreitos, sem conforto algum, mas era para nós uma grande alegria, não só pela novidade, como pela perspectiva feliz de férias na casa da avó.

Mamãe nos preparava e dava a cada criança a incumbência de vigiar uma das malas. A chegada a Cruzeiro era outra aventura. Tínhamos que descer de um trem e entrar rapidamente no outro, da RMV (Rede Mineira de Viação). Recordo-me de que, algumas vezes, fui colocada pela janela para guardar os lugares nos bancos. Depois de todos sentados, lugares garantidos, tínhamos por prêmio pastéis que os vendedores apregoavam na plataforma. Acho que minha paixão por pastéis data dessa época. Esse gosto me segue até os dias de hoje, assim como o carinho que tenho por trens, de cujos apitos lamentosos me recordo com ternura.

Minha avó sempre foi muito vaidosa e não poupava dinheiro para que as filhas se apresentassem bem. Era, para mim, um prazer abrir o armário de minhas tias, as “meninas”, como eram chamadas. Vestidos luxuosos, muitos vindos do Rio e até do exterior.

Soube, mais tarde, por tia Mariquinha, irmã da minha avó que, quando minha mãe era solteira e foi eleita rainha dos estudantes, minha avó encomendou um vestido no Rio para a festa de coroação. O vestido não podia amassar e viria de trem. Minha avó comprou dois bilhetes, um para o portador e outro para o vestido, que ocupou todo o banco.

Meu avô morreu com trinta e seis anos, deixando Dona Maricotinha com cinco crianças. A mais velha, minha mãe, com 9 anos e a caçula com apenas alguns meses. Pelo que sei, meu avô foi uma pessoa dinâmica. Era seu o primeiro carro a chegar em Santa Rita e foi ele quem trouxe o primeiro cinema para a cidade. Pedro era o seu nome e mamãe sempre se referiu a ele com orgulho e muito amor. Penso que ela era a única filha a se lembrar dele, por ser a mais velha.

A renda do cinema aliviava o orçamento apertado da minha avó. Dizia-se na cidade que quando se aproximavam as festas em que as filhas tinham que se apresentar com vestidos novos, minha avó mandava vir filmes de Tarzan para que as noites tivessem lotação esgotada.

Embora fôssemos felizes em nossa vida no Rio de Janeiro, era em Santa Rita que desfrutávamos de liberdade, de passeios e do carinho dos familiares. No Rio, nossa vida era voltada para o colégio e nosso lazer maior era, uma vez por semana, aos domingos, ir ao cinema “O Americano”, que acabou se transformando no “Copacabana”, atualmente academia de ginástica.

Não era nada explicito mas, subliminarmente, recebíamos a mensagem de que não devíamos conviver muito com os “cariocas”. Eles eram diferentes de nós, os “mineiros”. No colégio, frequentemente, recebíamos convites para os aniversários das coleguinhas. Como nunca éramos levadas para tais festas, eu nem mais entregava os convites para a minha mãe.              
( Por Marly Barbosa Fontes)

A vida e as conquistas do estimado Manezão

Astolpho, mas pode me chamar de Manezão

“Quem é Astolpho?”, perguntou-se a jovem Iracema Vidal ao observar um convite entregue pelo seu namorado. Iracema não sabia, mas esse era o verdadeiro nome de seu companheiro. De fato, ele quase foi registrado como Manoel. Na pia batismal, porém, o padre discordou: era melhor evitar qualquer semelhança com Manoelina – nome da “Santa dos Coqueiros” - que havia ganhado fama de milagreira naquele distante ano de 1931. Os pais do menino se entreolharam constrangidos e preferiram homenagear um sacerdote estimado por ambos. Mudaram o nome, mas o apelido ficou.
Os primeiros anos

Nascido no bairro Capelinha do Embirizal, em Heliodora, Astolpho cresceu sendo chamado de Manoel ou simplesmente de Mané. Foi assim que se apresentou a Iracema num baile em Lambari. O rapaz esguio chamou a atenção da moça não apenas pela elegância, mas por uma característica que o marcaria por toda a vida: a laboriosidade. Órfão de pai aos 14 anos, ele descobriu ainda na infância a necessidade de trabalhar duro. Em Lambari, labutou num armazém, foi secretário da Câmara Municipal e fez o curso noturno de Contabilidade. O diploma só foi conquistado quando Mané e Iracema já estavam casados. Antes disso, trabalho e estudo pareciam inconciliáveis.

A vinda para Santa Rita

Mané sempre esteve fadado a empreender grandes desafios. Um deles foi transferir-se para Santa Rita do Sapucaí, a convite do cunhado José Gonçalves Mendes (Zezico). Chegou em 1959, ao lado da esposa e dos filhos, Marco Antônio e Luiz Henrique. Zezico havia aberto um armazém na avenida Dr. Delfim Moreira e precisava de alguém de sua confiança para gerenciar o estabelecimento. Entre um “Pois não” e outro, o desconhecido Astolpho se transformou no popular Manezão. O carinho dos santarritenses acabou confirmado em 1964, com a eleição de “Mané do Zezico” (como também era chamado) para a Câmara Municipal.

Um grande negociante

O mandato não-remunerado de vereador lhe foi gratificante, mas a política não era sua atividade predileta. Era no comércio que se sentia realizado e via seu esforço produzir resultados. Hábil nos negócios, não teve dúvida em aceitar uma proposta de Zezico: adquirir o armazém com prazo de 12 meses para o pagamento. “No começo foi dureza. Não tinha horário para almoço nem para jantar. O armazém fechava às nove ou dez horas da noite”, relembra dona Iracema, acrescentando que o valor acordado foi quitado menos de um ano depois.
A família de Manezão trabalhava incansavelmente no Armazém Avenida. Com o crescimento da clientela, foi preciso contratar funcionários e lançar mão de novos instrumentos. A entrega de compras em domicílios começou de forma tímida, com uma carroça puxada pelo cavalo “Branco” e conduzida por Tião Guarda. Outro empregado dos primeiros tempos foi Jefferson Gonçalves Mendes, sobrinho de Manezão, que atuou como balconista e auxiliar administrativo.
Nos primeiros anos do armazém, os sacos de açúcar chegavam à cidade num vagão de trem. Arroz e feijão eram adquiridos entre produtores da região. O gado bovino que abastecia o açougue era criado num pasto arrendado por Manezão. Já os porcos eram abatidos pelo açougueiro Celsão Borsato. As mercadorias mais pesadas eram transportadas por caminhões da empresa Rápido Seda.

O supermercado

O Armazém Avenida parecia pequeno para abrigar os sonhos e o arrojo de Manezão. Assim surgiu o primeiro supermercado santarritense, em 1972. A avenida Sinhá Moreira, ainda sem o Terminal Rodoviário, foi o endereço dos novos planos do comerciante. Um colega de profissão o alertou sobre os riscos da empreitada, mas Manezão sentenciou, sereno: “Futuramente, a cidade vai crescer para lá”. O tempo demonstrou que ele tinha razão e o Supermercado Avenida beneficiou-se do fluxo crescente de passageiros, operários e estudantes.

Além de trabalhar muito, Manezão atingiu o sucesso profissional por possuir uma aguda visão empreendedora. Ao criar seu supermercado, introduziu várias inovações no comércio santarritense, como as compras à vista com preço reduzido (até então, imperava o sistema de cadernetas). O funcionamento de um açougue dentro do supermercado também fez sucesso entre a clientela.
Quando as entregas passaram a ser feitas por automóveis, o próprio empresário dirigia a camionete. Numa dessas ocasiões, ele comia um pé-de-moleque ao volante, levando na carroceria o funcionário Lindolfo. Ao perceber que o pisca-alerta estava quebrado, o comerciante esticou o braço numa esquina e viu o doce sendo puxado por Lindolfo, que ainda agradeceu pelo presente. Foi neste mesmo veículo que o comerciante exercitou outra grande vocação: ajudar os menos favorecidos. Todos os meses, Manezão carregava o automóvel com mantimentos e os distribuía entre as instituições de caridade da cidade. Tudo era feito sem alarde. Nem mesmo a família tinha conhecimento de suas obras.

As mercadorias do supermercado eram compradas quinzenalmente por Manezão na rua Mendes Caldeira, na capital paulista. Para aproveitar os menores preços, realizava uma cotação pela manhã e deixava as compras para a tarde. Manezão anotava os valores em forma de código para que os fornecedores não tentassem engambelá-lo. Para conseguir descontos, só pagava com dinheiro em espécie, sempre levado pelo filho, Marco Antônio, numa pasta marrom. À tardinha, a Kombi motor 1200 do supermercado deixava São Paulo com aproximadamente uma tonelada de produtos. O veículo era descarregado em Santa Rita entre 23h e meia-noite, após uma cansativa viagem de cinco ou seis horas.

Quando o Avenida chegou aos 20 anos, no início da década de 90, Manezão era um empresário consagrado. O talentoso comerciante decidiu, então, investir em outro ramo. Certo dia, convidou a esposa para uma visita ao prédio do antigo Grande Hotel Melo, no início da rua Silvestre Ferraz: “Estou com vontade de comprar aquele prédio”. A velha construção estava abandonada, cercada de mato e repleta de infiltrações. Apreensiva, dona Iracema fez um apelo ao marido: “Pelo amor de Deus, não compre isso não. Não tem conserto...” Mais uma vez, a teimosia de Manezão o fez tomar a decisão mais acertada: adquirir o prédio.
A reforma do velho hotel logo começou. Faltava um nome para o estabelecimento a ser reinaugurado em outubro de 1994. Numa conversa despretensiosa, Marco Antônio ouviu uma sugestão do amigo Douglas Batista: incluir a palavra “Real” na futura denominação, em alusão à nova unidade monetária brasileira. A empresa acabou batizada de Real Palace Hotel, unindo o conceito de estabilidade econômica à ideia de grandiosidade que o empreendimento atingiria anos depois. Isso porque, em 1996, iniciou-se a construção de um novo prédio atrás do antigo, com 87 apartamentos em nove pavimentos.

Pouco antes da conclusão da maior obra de sua vida, Manezão deixou definitivamente seus familiares e amigos. Partiu com a certeza do dever cumprido, 13 dias após seu 70º aniversário. Tão grande quanto seu apelido foi a saudade dos conterrâneos e a vida de trabalho e honestidade que hoje são contadas como exemplo às futuras gerações. Seus filhos, que hoje tocam seus empreendimentos, seguem os passos do pai e, ao que tudo indica, são tão queridos quanto o comerciante conseguiu ser.
(Jonas Costa)

Dica do Dia: Hora da Gula (Por Sara Capelo)

Apesar de há apenas 3 meses atendendo em Santa Rita do Sapucaí, a lanchonete Hora da Gula, dos proprietários Josy e Alex já tem grande fama pelo delicioso pão com linguiça.

Com um cardápio recheado de coisas gostosas que variam de lanches, porções e frango desossado e  assado, a Hora da Gula atende apenas por telefone, todos os dias, das 19h às 0h. “Quem experimenta uma vez volta a pedir sempre”, disse Josy. Os frangos desossados e assados precisam ser pedidos com antecedência. Os pedidos podem ser feitos por msn (horadagula01@hotmail.com)

Ipad da Apple pode ser produzido em Santa Rita do Sapucaí

 
O Pad da Apple – objeto de desejo dos amantes de tecnologia e que disseminou o conceito de tablet – será produzido no Brasil de forma terceirizada por um grupo de capital taiwanês: Foxconn, do grupo HonHai. A empresa investirá US$ 12 bilhões no país para a criação de uma fábrica de displays, componente usado em tablets, celulares, televisores e laptops. O ministro da Ciência e Tecnologia, Aloízio Mercadante, anunciou ontem, na China, que o empreendimento deve gerar a contratação de 100 mil funcionários, dos quais 20 mil serão engenheiros. A fábrica deve ficar pronta em cinco anos, mas o local ainda não foi definido. 
 
A nova fábrica se soma a outras cinco unidades do grupo no país, que empregam 5,7 mil pessoas e já investiram US$ 700 milhões, tornando possível a fabricação local da maioria dos componentes do tablet. Uma das unidades, com o nome da subsidiária Fênix Indústria de Eletrônicos, fica em Santa Rita do Sapucaí, no Sul de Minas, na região nomeada Vale da Eletrônica. A fábrica emprega 500 funcionários e produz desde o final do ano passado tendo recebido investimento de R$ 37 milhões. 

De acordo com o secretário de Ciência, Tecnologia, Indústria e Comércio de Santa Rita do Sapucaí, Pedro Sérgio Monti, os componentes feitos na cidade são enviados para o acabamento final para a planta de Jundiaí (SP) – localidade mais cotada para a montagem final do iPad. “Não haverá uma fábrica única de iPad. A Foxconn produz os componentes para diversas empresas como HP, Sony e depois monta em uma unidade”, explica Monti.

segunda-feira, 11 de abril de 2011

O encontro de um santarritense com Padre Pio

Ouvimos falar pela primeira vez em Padre Pio em 1959. O primeiro contato que tivemos foi em setembro de 1966. Estávamos morando em Florença. Fui sozinho a San Giovanni Rotondo, sentindo o amargor de uma derrota: meus filhos, Gustavo e João, foram considerados incuráveis e teriam que passar o resto da vida em cadeiras de rodas.
O estigma nas mãos de Padre Pio.
Fui atrás da graça material e é fácil escrever isso hoje, quando temos a certeza de que nossos filhos estão com Padre Pio.

Para o encontro que teríamos com o Padre, depois de todos os protocolos e de alguma espera, estava finalmente com minha senha na mão: era a de número 55. Naquele dia, a chamada começava do número 50 e fui encaminhado à velha igrejinha, com mais 10 companheiros que seriam os “confessáveis” daquela manhã, se ele aguentasse. Dali a pouco, estaria ao lado de Padre Pio, o estigmatizado.

Tive a maior emoção da minha vida. Chorei... Na minha frente, confessava-se o homem portador da senha 54. O próximo seria eu. De pé, enquanto aguardava ansiosamente pela minha vez, via Padre Pio a uns 5 metros, sentado em uma cadeira, com um genuflexório à sua frente, onde os homens se ajoelhavam para a confissão. Eram momentos angustiantes, já que aquele confessor tinha o dom de ler a nossa alma. Chegou a minha vez. Ajoelhei-me.

- Há quanto tempo não se confessa? – perguntou-me Padre Pio.
- Há dois anos. – respondi.
- Sai, filho do demônio!

Fiquei desesperado. Tinha vindo fazer um pedido e não pude falar coisa alguma, nem pude me confessar. Naquele momento, alguém se aproximou e me disse: “O remédio do Padre é forte. Vai, se confessa, e volta outra vez.”
O encontro de Manoel Vitorino com Padre Pio.
Sete meses depois, voltei a San Giovanni com toda a família e com o Padre Rudezindo, com quem tinha me confessado e me preparado para o segundo encontro com o Padre Pio. Desta vez, confessei-me no dia seguinte à minha chegada. A mesma igrejinha, o mesmo genuflexório, mas uma grande alegria me dominava. Aproximei-me. Ajoelhei-me.

- Há quanto tempo não se confessa?
- Há uma semana.
- Que é que você fez?
- Me distraí na oração.
- E então?
- Recomecei a oração.
- E o que mais?
- Nada.
- Está bem.
- Queria ser seu “filho espiritual”.
- Sim, mas seja bom.
Senti-me como uma nuvem branca num céu tremendamente azul.

Em abril, depois de retornarmos a Florença, começou a se fortalecer em nós a ideia de morarmos algum tempo em San Giovanni Rotondo. Para isso, fomos agraciados com uma nova amizade, a de Giuliana Monni. Parecia ter sido enviada pela Providência Divina para nos dar assistência.

Profunda conhecedora de tudo que se relacionasse com Padre Pio, Giuliana passou a fazer parte de nossa família que, nessa época, era constituída por minha esposa, Maria Lúcia, e meus filhos, Gustavo, Maria do Rosário e João. Tivemos mais duas filhas, nascidas posteriormente, a quem demos o nome de Maria Pia, em homenagem a Padre Pio e Giuliana Maria, em homenagem à nossa nova amiga. Por sua indicação, alugamos o andar térreo de uma casa vizinha ao convento dos Capuchinhos. Em setembro de 1967, entramos na terra de nosso santo. Nunca poderíamos imaginar as graças espirituais que estávamos prestes a receber...

A Missa

A partir das duas horas da manhã, diariamente, os devotos de Padre Pio ser reuniam à porta da Igreja e ficavam rezando, enquanto esparavam pela Santa Missa do Padre, que começava às 5 horas da manhã.
Quando as portas da Igreja se abriam, o povo corria, na esperança de ficar o mais próximo possível do Padre querido. Era um vozerio geral mas, de repente, ao soar da sineta, imediatamente o silêncio era completo.

Padre Pio então aparecia na porta da Sacristia, velhinho, amparado por dois confrades. Sua missa era um privilégio: sempre dedicada à Imaculada Conceição.

Naquela época, o Padre Estigmatizado já não fazia homilias, não ministrava mais a Comunhão, não cantava mais. Puxava o lenço e, frequentemente, chorava, mas era o próprio Cristo que se imolava no calvário. Tudo isso diante de nossos olhos, a poucos passos de nós.
Oito anos após sua morte, o corpo permanece incorrupto.
Nosso Padre, por humildade, usava meias luvas, ou mitenes, que lhe escondiam as chagas das mãos. Em determinados momentos da missa, era obrigado a dispensá-las. Um destes momentos era a hora do lavabo.
Certo dia, fui convidado para ajudar na missa de Padre Pio e aceitei. No entanto, na hora de lavar suas mãos, fiquei paralisado. Não conseguia virar a ânfora, a água não escorria e o Padre começou a dizer: “Svelto!” (Rápido!). Eu estava adorando as chagas de Jesus.

Buona Sera, Padre Pio!

Após a missa, o Padre Pio confessava os homens e depois as mulheres, demonstrando seu ilimitado amor pelo próximo, e sua incansável dedicação às almas. Às quatro horas da tarde, do “mezzanino” da igreja, rezava o terço com os presentes, retirando-se, em seguida, para a sua cela. Às seis horas da tarde, Padre Pio aparecia  na janela, abanava seu lenço aos visitantes, que permaneciam do outro lado do muro, aguardando sua aparição. Os fiéis retribuíam o “boa noite”, acenando com seus lenços e recomendando-lhe, baixinho, que orasse aos seus familiares e doentes. Tive então a ideia de gritar: “Padre, guarisce i miei bambini!” (Padre, cura meus meninos!). Certo dia, ao pedir ajuda para levar meus filhos até a clausura, Petruccio, o amigo cego de Padre Pio, ouvindo minha voz, disse: “Esse é aquele senhor que grita!” A partir daquele momento, na hora do “boa noite”, a gritaria era geral.

Cidade Abençoada

Certo dia, com a ajuda de Giuliana Monni, Maria Lúcia fez uns pedidos em intenção dos santarritenses que foram entregues ao frade que lia as cartas para Padre Pio. Entre eles, uma bênção foi pedida ao Monsenhor José Carneiro Pinto, então Pároco da cidade; para Dom Vaz, diretor da ETE, na ocasião; para o Jesuítas e para a cidade de Santa Rita do Sapucaí. No outro dia, veio até nós a feliz resposta: “Sì! Sì! Sì!”

A Primeira Eucaristia de Gustavo

Gustavo era tão pequeno, tão frágil... Os meus dois filhos Gustavo e João, cabiam sentados, juntos, dentro de um carrinho de neném. Gustavo tinha muitos pontos em comum com Padre Pio: a reza diária do terço, a contemplação constante do menino Jesus de Praga, além do sofrimento físico permanente, devido ao seu estado de saúde. Por tudo isso, achamos que deveríamos promover o encontro dos dois, no dia 13 de outubro de 1967, em sua primeira comunhão.
A primeira Eucaristia de Gustavo.
Ficamos em frente ao altar. Quando tocou a sineta, surgiu Padre Pio, trôpego, andando com dificuldade sobre as chagas que trazia nos pés, sempre amparado pelos dois frades. De repente, os olhares dele e de Gustavo se cruzaram. Hoje, relembrando a cena, penso que poderia ter havido um diálogo espiritual entre eles.

“Padre Pio, vim receber Jesus pela primeira vez de suas mãos!”
“Filho, já te esperava há muito tempo. E hoje, no dia de Nossa Senhora de Fátima, selarás teu coração para Jesus!”

No momento de receber a Divina Hóstia, uma fotografia foi batida, imprimindo, com rara felicidade, os dois olhares. Padre Pio e Gustavo foram imortalizados, fixando os olhares num mesmo ponto: Jesus.

Após a missa, fomos com o Padre para a sacristia. Era mais um carinho divino. Padre Pio disse ao Gustavo:

“Ama Jesus, ama Padre Pio, ama seus pais, ama  seus parentes e faz com que sua última comunhão seja tão pura e santa quanto a primeira.” E foi...

Um Sinal

Na volta ao Brasil, em dezembro de 1967, trouxemos uma bela imagem de São Miguel, feita de pedra da famosa gruta do Arcanjo, abençoada por Padre Pio. No dia 22 de setembro do ano seguinte, quando nos aproximamos da imagem para beijá-la, Maria Lúcia exclamou: “Que perfume de flor de laranjeira! A primavera está chegando!” No dia seguinte, soubemos, com grande dor, que Padre Pio tinha falecido. Quinze dias depois, ao recebermos a Revista dos Capuchinhos, lemos que, no momento de sua morte, o Santo exalara perfume de flor de laranjeira! Dez e meia da noite no Brasil, duas e meia da manhã de 23 de setembro de 1967 na Itália. Padre Pio entrava no céu!

(Trecho do livro “Quem é Padre Pio”. Texto de Manoel Victorino)

Manobras Militares

De Três Corações a Santa Rita do Sapucaí, o Regimento percorreu, ida e volta, 240 quilômetros. Fomos a cavalo, debaixo de uma chuvarada de dezembro. O ano era 1943. De Careaçu à localidade do Vintém, chovia sem parar. Penamos doze horas atolados no barro para atravessar um braço da Serra da Mantiqueira. Puxávamos os cavalos a pé, por ordem do 1º Tenente que estava sofrendo crise de hemorróidas e não queria montar.
Capitão Augusto, comandante do esquadrão, era legal com a turma de aspirantes. Ao referir-se ao major, no comando do regimento, dizia pejorativamente:

- Este bundinha aí, quando entrou na Academia, eu já cursava o último ano. Hoje ele é o major e eu continuo capitão... não passa de um puxa-saco que inventou essa guerrinha pelos cotovelos!

Na terceira etapa, depois que o Regimento deslocou-se de Três Corações, o Capitão passou o comando do esquadrão ao primeiro tenente e foi se entregar prisioneiro ao inimigo do 8º RAM de Pouso Alegre, para se livrar daquelas manobras.

Quando o Regimento chegou a Santa Rita, ponto final das manobras, capitão Augusto reapareceu e reassumiu o comando do esquadrão. Daí passou a dar ordem:

- Hoje, subtenente, nós queremos peru com farofa! - mas o tenente objetou:
- Meu capitão!!! Onde é que eu vou arranjar peru?...
- Não sei, se vire! Lá no 8º RAM tinha boião todos os dias para os oficiais! Peru não faltava! Hoje eu quero peru para todos os oficiais do esquadrão! Isso é uma ordem! Ou será que o subtenente não gosta de cumprir ordens?
Meio assustado, o subtenente respondeu:
- Não me ufano disso, capitão!
E o capitão:
- Esse “ufano” você tirou de onde? Do Hino Nacional?

A verdade é que o subtenente levava a sério, mas o capitão mangava...
 
Trecho do Livro “Vida de Estudante”. Autor: Ângelo d’Ávila

Dica do Dia: Lanchonete do Modesto

A Lanchonete do Modesto é popular e tradicional na cidade, famosa pelos lanches, sorvetes e vitaminas naturais. Existe há 40 anos e é comandada há cinco por José Benedito do Nascimento, antigo funcionário, que trabalha há 26 anos no local.

De acordo com Benedito, lá eles seguem sempre o mesmo padrão de lanche. “O misto na forma que tem desde o início da lanchonete é o mais pedido aqui”, disse ele que acrescentou que o frapê é muito famoso. “Chamam agora de milk Shake”, contou.

O Sr. Modesto faleceu faz 2 anos. “Tem gente que acha que eu sou o Modesto”, brinca. A lanchonete fica aberta das 11h às 22h, durante a semana. Nos domingos, funciona a partir das 18h.

Empório de Notícias - 11 de abril - Nas Bancas!

Empório de Notícias, edição 42. Neste mês fizemos uma homenagem ao futebol santarritense e contamos a história dos primeiros times. Confira neste número:
- O primeiros times de Futebol
- Os grandes craques do Passado
- Fizemos uma homenagem ao inesquecível goleiro Bimbo (Reinaldo Adami)
- Luiz Carlos - Muralha Santarritense
- O craque Feitor, por ele mesmo.
- A vida de Manoel Barata Antunes
- A trágica história do garoto judeu-russo.
- Inatel Comemora 46 anos
- Alunos da ETe se destacam na maior feira de ciências do Brasil.
- Bugalu fala sobre a história recente e sobre o futuro do Santarritense FC
- Saiba tudo sobre o evento de empreendedorismo internacional que acontecerá na cidade.
- Santa Rita poderá ser beneficiada com compra de caças pelo governo.
- Saiba como surgiu o "Monumento ao Mestre", em frente à ETE.
- Padre Ramon homenageia Sinhá Moreira.
- Nídia Telles fala sobre o dia em que coroou Nossa Senhora.
- Ivon conta sobre as origens do sobrenome Pinto.
- Saiba as novidades da lanchonete OPS em Santa Rita.

Tudo isso e muito mais... hoje, nas bancas!

terça-feira, 5 de abril de 2011

Saiba tudo sobre a minissérie rodada em Santa Rita

"Brilhante F.C." narra a história de cinco meninas no interior de Minas Gerais que lutam contra o preconceito ao formar um time feminino de futebol. Produzida pela Mixer e dirigida por Kiko Ribeiro e Zaracla, a série tem o futebol como pano de fundo para abordar os dramas e turbulências de jovens em busca de sua identidade.
A minissérie juvenil criada e produzida pela Mixer, Brilhante F.C., teve seu pré-lançamento na quarta-feira (30) à noite durante evento do FICTV/Mais Cultura. A cerimônia acontece na sala BNDES da Cinemateca Brasileira, onde será apresentada a grade de exibição das minisséries vencedoras do edital FICTV/Mais cultura. Além de Brilhante F.C., outras duas minisséries – Natália e Vida de Estagiário – também foram contempladas pelo programa e serão exibidas na TV Brasil, com a data a ser definida.

Brilhante F.C. conta a história de cinco adolescentes que decidem formar o primeiro time de futebol feminino de Santa Rita do Sapucaí, uma cidade do interior de Minas Gerais. Lideradas por Rita, elas vão enfrentar dificuldades, brigas e ciúmes na jornada até o grande objetivo: conquistar o caneco do Campeonato Regional de Futebol Feminino.


Antes do lançamento oficial, a equipe realizou uma projeção especial do primeiro episódio na cidade que serviu de locação para as gravações. Equipe, elenco e habitantes da pacata cidade do interior festejaram o fim das gravações com pipoca e refrigerante. Vejam no vídeo abaixo um making-of do que rolou por lá.

Iniciativa do Ministério da Cultura (MinC), por meio do Programa Mais Cultura, em parceria com a Sociedade Amigos da Cinemateca (SAC) e a Empresa Brasil de Comunicação (EBC), o FICTV/Mais Cultura busca retratar a realidade de jovens, especialmente da periferia, na televisão.


O edital público de seleção FICTV/Mais Cultura foi realizado em duas etapas.Na primeira, que recebeu 225 projetos de minisséries de todo o Brasil, oito projetos foram premiados, cada um, com R$ 250 mil, para produção dos episódios piloto e desenvolvimento do projeto técnico de produção da minissérie. Os vencedores passaram para a fase de desenvolvimento de projetos e produção de oito pilotos, num total de 1.200 horas de oficinas. Na segunda etapa, os três projetos de minissérie vencedores receberam, cada um, R$ 2,6 milhões, para produzir os 13 episódios de 26 minutos de duração.

http://ffnews.com.br/

Representante de distribuidora de gás denuncia uso indevido da marca em Santa Rita

Segundo o representante de vendas da distribuidora de gás, Copagaz, o nome da empresa foi utilizado indevidamente em Santa Rita do Sapucaí. De acordo com Rogério Santana, botijões de gás de cozinha da empresa foram adquiridos em outra cidade da região e colocados à venda a preço de custo em Santa Rita do Sapucaí.

O representante conta que “o mercado de gás é muito aberto e revendedores de todos os municípios se conversam. Um desses revendedores disse que a companhia não tinha abastecido e estava sem produto para atender os consumidores. Ele pediu, como forma de favor, que um revendedor da Copagaz, de outro município, estivesse cedendo uma pequena quantidade para que ele atendesse os consumidores, mas já na intenção de trazer esse produto para Santa Rita e pressionar o senhor José Luis.

José Luis Leite é revendedor da marca Copagaz em Santa Rita. “Ele conta que a pressão começou desde que não aceitou fazer parte de uma suposta venda irregular de gás de cozinha. “Eles querem que eu compartilhe com um aumento abusivo de preço para que eles voltem a abastecer lugares clandestinos. O gás que eu vendo custa R$ 35,99 e eles querem que passe a vender por R$ 40 ou mais. Eu vou citar os nomes que são Águas Claras, o depósito Almeida e o Luis Paulo, revela.


De acordo com Leite, com o preço menor, os revendedores colocariam botijões em locais não autorizados para a venda e assim iriam garantir margem de lucro. Segundo o representante da Copagaz, a prática de venda irregular mobilizou a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) a criar um programa de combate a essa prática.

“Foi adotado o nome de Gás Legal que combate a clandestinidade dessa venda no país inteiro. O nosso representante é participante desse programa e ele não abastece mais locais clandestinos apenas consumidores finais. Para isso obedece às normas de segurança e tem certificado. Nós acreditamos que dentro de alguns dias vai haver fiscalização aqui em Santa Rita”, comenta.


De acordo com a lei 8.176/91 é crime contra a ordem econômica adquirir, distribuir e revender derivados de petróleo, e gás natural sem autorização. “Se ficar caracterizado que essas pessoas estão tentando denegrir a imagem da Copagaz, nós temos um departamento jurídico que vai tomar as devidas providências”, conclui.

A reportagem entrou em contato com os revendedores de gás citados por José Luis na reportagem. No depósito Águas Claras fomos informados que o proprietário está em viagem e não há condições de conversar com ele. No depósito do Luis Paulo, no primeiro contato, ele concordou em gravar entrevista, mas logo depois desistiu. No depósito Almeida, o proprietário também não quis gravar entrevista.

Da Redação, Daniele Peixoto

Fonte: http://www.difusora1550.com.br/noticias/noticias-do-dia-/?id=2485

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Visionários da eletrônica

Entre os pioneiros da pesquisa tecnológica no Brasil, destacam-se um padre e uma normalista

A eletrônica tem sido um dos ramos científicos e tecnológicos de vasta aplicação desde as primeiras décadas do século XX, sobretudo após a Segunda Guerra Mundial. Fruto da revolução científico-tecnológica do final do século XIX, essa área constituiu-se numa das mais importantes conquistas contemporâneas. Provocou mudanças significativas na sociedade e tornou correntes os termos “revolução eletrônica”, “revolução microeletrônica” ou “terceira revolução industrial”. 

 À normalista Luzia Rennó Moreira (1907-1963), senhora da elite agrária de uma pequena cidade do sul de Minas Gerais, Santa Rita do Sapucaí, caberia uma grande iniciativa no campo da educação, da pesquisa e da indústria na área da eletrônica.

 Ela pertenceu a uma influente família de políticos. Mais conhecida como “Sinhá Moreira” ou apenas “Sinhá”– curiosa forma como os escravos ainda tratavam as suas senhoras –, seu pai, Francisco Moreira da Costa, proprietário de fazendas em Minas, São Paulo e Paraná, foi vereador, presidente da Câmara e prefeito municipal por mais de vinte anos; era também sobrinha do ex-presidente da República Delfim Moreira e cunhada do deputado federal Olavo Bilac Pinto.

 Na época, foi pelas mãos desse deputado que Luzia conseguiu estabelecer contatos pessoais com o presidente Juscelino Kubitschek e o ministro da Educação e Cultura Clóvis Salgado buscando obter amparo legal para instituir a primeira Escola Técnica de Eletrônica da América Latina e a sexta no mundo. Em 1959, a escola foi implantada com sucesso e passou a ter importante papel na qualificação profissional de pessoas oriundas da própria cidade, de vários estados do país e do exterior.

 Por não possuir tradição na área técnica, a cidade vivia fundamentalmente da agropecuária (leite e café), estando dois terços da população na zona rural. São muitas as versões e motivações que impulsionaram a normalista na concretização de seu projeto. Era seu desejo constituir uma classe média local entre o reduzido grupo de fazendeiros e a maioria pobre da população, conforme teria dito a um de seus conterrâneos e amigo. Além da escola de eletrônica, a construção de uma fábrica de tecidos ou de uma escola de química, em função do desenvolvimento da indústria automobilística, da petroquímica e dos plásticos, também era comentada. Tratava-se de criar oportunidades de educação e emprego para a fixação dos jovens ali e – bordão recorrente – “dar perspectivas para as moças solteiras da cidade”.

Francisco Assis de Queiroz é professor de História da Ciência da Universidade de São Paulo e autor de A Revolução Microeletrônica: Pioneirismos Brasileiros e Utopias Tecnotrônicas (Annablume/Fapesp, 2007).

 A respeito de Luzia Moreira, não fosse sua visão de amplo alcance e tenacidade, seria possível concordar com o que disse, algum tempo depois, um empresário paulista ao ex-aluno da Escola Técnica de Eletrônica quando trabalhava em São Paulo – mais tarde, ele se tornaria empresário de eletrônica em Santa Rita e presidente da Associação Industrial – sobre a maluquice de se construir uma escola de eletrônica no meio do mato. Com a implantação da escola, que leva o nome do pai de Luzia, do Instituto Nacional de Telecomunicações (1965), da Faculdade de Administração e Informática (1971), bem como a instalação de indústrias a partir do final dos anos 1970 por egressos dessas escolas, a cidade de Santa Rita do Sapucaí passou a ser conhecida como Vale da Eletrônica, em referência ao Vale do Silício, na Califórnia, EUA.