quinta-feira, 30 de outubro de 2014

Vencedores da feira de invenções da ETE participarão da Febrace 2015

Entre os 160 projetos, três foram selecionados para concorrer na maior feira de ciências e engenharia do Brasil, na USP
Santa Rita do Sapucaí, 27 de outubro de 2014 – Este ano, cerca de 700 alunos da Escola Técnica de Eletrônica Francisco Moreira da Costa -- ETE FMC, localizada em Santa Rita do Sapucaí (conhecido como o Vale da Eletrônica), no sul de Minas Gerais, se esforçaram, pesquisaram e desenvolveram 160 projetos. Três deles foram selecionados por um comitê avaliador e serão expostos na 13ª Febrace - Feira Brasileira de Ciências e Engenharia da Universidade de São Paulo, maior feira do setor para pré-universitários do Brasil.  

As invenções, apresentadas na 34ª edição da Feira de Projetos Futuristas – ProjETE, que ocorreu entre os dias 8 a 10 de outubro, englobaram as áreas de automação, eletrônica, biomédica e telecomunicações. Desenvolvidos por alunos os trabalhos vencedores reúnem criatividade e utilidade: uma manta térmica que funciona automaticamente de acordo com a temperatura do corpo, aquecendo a pessoa conforme a sua necessidade e procurando manter os 36ºC, ideal para o corpo humano; um robô de telepresença, que auxilia na comunicação a longa distância através de um meio físico (móvel), e um sistema que gera energia por meio da circulação da água em residências.

Pelo 12º ano consecutivo, os melhores projetos da ProjETE foram selecionados para participar da Febrace. Em edições anteriores, os alunos conquistaram 66 prêmios, nacionais e internacionais, por suas inovações. “A Feira de Projetos Futuristas da ETE coloca os nossos alunos nessa grande oportunidade que é participar da Febrace. Lá eles terão uma visão do mercado nacional e concorrerão, de igual para igual, com outras escolas do País”, afirma o coordenador da ProjETE, professor Fábio Carli Rodrigues Teixeira. “Vale ressaltar também que a Febrace permite que os alunos apresentem seus projetos para grandes empresas do Brasil, o que cultiva o lado empreendedor dos estudantes”, concluí.

Todos os anos mais de 150 ideias são apresentadas na ProjETE e varias empresas, como Inatel, Algar, Pixel, Clear TV, Prefeitura Municipal e Ericsson, apoiam as criações, incentivando os alunos com premiações. A próxima Febrace será realizada em março de 2015 (dias 17, 18 e 19), reunindo projetos de estudantes de escolas públicas e particulares de todo o Brasil. Os participantes concorrerão a diversos prêmios, sendo alguns  internacionais.

PROJETOS PREMIADOS:

Manta Térmica Automática - O objetivo do projeto é manter uma pessoa aquecida, controlando a temperatura do corpo através de uma manta térmica. Um sensor identifica a temperatura da pessoa por meio de contato com um fio de níquel e a regula de acordo com a necessidade, procurando manter os 36ºC, que é o ideal para o corpo humano em estado saudável. Grupo: (Autores) João Gabriel da Silva, Jonatas Joabe de Oliveira e Pedro Henrique Santos Luzia; (Colaboradora) Yara Letícia de Almeida.

Recurso Cibernético numa Proposta de Telepresença com mobilidade -  
Desenvolvido para auxiliar na comunicação a longa distância. Através de um meio físico (móvel), utiliza videoconferência e substitui a presença de uma pessoa em determinado local, em situação de urgência, por um robô, que será controlado a quilômetros de distância. Grupo: (Autores) Otávio E. Rodrigues, Eugênio dos Santos Silva e Millena Carolina Costa; (Colaboradora) Bruna Gabriella Baldoni de Almeida.

- Sistema Residencial de Geração de Energia Através do Fluxo de água com Hidrômetro Digital - Gera energia elétrica por meio do fluxo de água residencial, juntamente com um hidrômetro digital. A água vinda da caixa circula sobre uma turbina geradora de energia elétrica. A energia é armazenada em baterias e pode ser utilizada para alimentar cargas externas. Grupo: (Autores) Guilherme Costa de Oliveira, Luis Gabriel Carvalho e Fernando Iemini; (Colaboradores) Costa Renan Tavares Santos e Isabella Bianchetti Sirça.

ETE FMC – Desde a fundação em 1959, a ETE FMC (www.etefmc.com.br) passou a ser referência em educação, por abrigar a primeira escola de eletrônica de nível médio da América Latina e a sétima no mundo, que atrai estudantes de todo o País. Atualmente, com cerca de 750 alunos, nos períodos diurno e noturno, oferece os cursos de Automação Industrial, Telecomunicações e Equipamentos Biomédicos, além de Ensino Médio Regular. A região é conhecida como o “Vale da Eletrônica” - referência ao Vale do Silício na Califórnia (EUA) - de onde muitos produtos e sistemas tecnológicos inovadores são lançados para o mercado nacional e internacional. Boa parte deles nasce dentro da escola.

quarta-feira, 29 de outubro de 2014

Empresa de tecnologia proporciona experiência em uma nova área por um dia

Entre os próximos dias 30 de outubro e 6 de novembro, a Leucotron dá início ao #MktExperience, ação voltada a universitários de diversas áreas que desejam  passar um dia conhecendo a área de Marketing da empresa. A iniciativa tem como objetivo ajudar nas decisões de carreira destes jovens, já que com a exigência atual de multidisciplinariedade em áreas como a do marketing, surgem opções que fogem da lógica do tipo de curso escolhido. 
Trabalhar com tecnologia, na atualidade, pede uma visão multidisciplinar. Atenta a essa realidade, a Leucotron está sempre conectada com profissionais de diversas áreas do conhecimento. Foi assim que surgiu a ideia da iniciativa. “Nossa área de Marketing não é um departamento convencional. Em uma empresa de tecnologia temos realidades específicas em termos de inovação, design e qualidade. E não estamos lidando apenas com comunicação e branding, mas também com a co-criação de produtos, serviços e processos de negócios”, esclarece o head de Marketing da Leucotron Telecom, Carlos Henrique Vilela.

Segundo o executivo, a proposta do #MktExperience é abrir as portas da Leucotron a um convidado e ajudá-lo na sua decisão de vida, proporcionando novos olhares, novas perspectivas e, até mesmo, alinhamentos de rotas ou reflexões. “Viver outra vida profissional por um dia. Essa é a ideia. Se o jovem é de Engenharia, Direito, ou qualquer outra profissão, poderá se conectar ao mundo do Marketing de nossa companhia, uma empresa de tecnologia, inovadora”.

Para ter a oportunidade, o candidato tem que atentar para as regras do concurso. A empresa premiará o participante autor da melhor frase de até 140 caracteres que contemple a resposta mais criativa à pergunta: Por que participar do #mktexperience Leucotron será importante para sua vida?

Para concorrer, basta entrar no site www.leucotron.com.br/mktexperience e enviar a frase dentro das especificações do regulamento.

segunda-feira, 27 de outubro de 2014

Semana Nacional de Ciências e Tecnologia 2014

“Tecnologia e Desenvolvimento Social” foi o tema desse ano da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia 2014, evento que acontece durante o mês de Outubro em todo em território nacional. A UAITEC de Santa Rita do Sapucaí, gerida pela ETE FMC preparou atividades voltadas para o tema e públicos variados, tais como:
Palestras para especialistas da educação e professores

“Fazendo Ciência na Escola”, por representantes da Associação Brasileira de Incentivo à cultura (ABRIC).

“Adolescentes e Relações Sociais – Como orientá-los nas escolas”, Sônia Bellardi, psicopedagoga da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social de Santa Rita do Sapucaí.

Para alunos do Ensino Médio: palestra:

“Responsabilidade Criminal na Internet”, João Taero, professor de Arte e Teatro da ETE

Para alunos do Ensino Fundamental:

* Filme infantil Robôs - aborda a robótica, relações sociais entre familiares e a busca de sonhos e ideais.

sexta-feira, 24 de outubro de 2014

Escola de Santa Rita do Sapucaí consolida método educacional em “três dimensões”

Um levantamento realizado pela ETE FMC para avaliar o grau de satisfação dos alunos detectou três fatores decisivos para o alto rendimento da instituição: a formação humana, a tecnologia e a aprovação no vestibular. 
Formação integral

O primeiro fator, a formação humana, tem sido citado pelos alunos com frequência e deve-se ao fato da escola utilizar a pedagogia adotada pelos Padres Jesuítas em 19 escolas, espalhadas pelo país. Através desse método, são exaltados valores como ética, cordialidade, respeito e solidariedade. Outros valores constantemente reforçados são recomendações para que o profissional não busque o sucesso a qualquer custo, saiba valorizar os colegas, olhe para a comunidade com respeito e devolva a ela um pouco do que recebeu. O mesmo pode ser percebido nas invenções dos alunos para a Projete, promovida recentemente, em que boa parte dos trabalhos foi destinada a promover a sociedade de alguma maneira. 
Tecnologia

Se, até pouco tempo, o contato com a tecnologia era uma exclusividade dos cursos técnicos, hoje ela está em tudo e é aplicada na ETE FMC, não somente por quem se matriculou nos cursos técnicos, como também pelos alunos do ensino médio. Com 13 laboratórios, lousas eletrônicas e uma grande variedade de recursos audiovisuais, a instituição busca otimizar o aprendizado e tornar as aulas mais motivadoras. Com o passar dos anos, o que era empregado apenas em aulas técnicas acabou se tornando corriqueiro nas demais disciplinas, o que elevou, significativamente, o nível o educacional.
Aprovação e empregabilidade 

No início do ano, a ETE realizou uma pesquisa entre os alunos que haviam acabado de se formar nos cursos técnicos e no Ensino Médio e constatou um excelente desempenho, assim que deixaram a instituição. A grande maioria, ou já tinha sido aprovada em grandes faculdades (no caso do Ensino Médio) ou já estava empregada em empresas de renome, através de processos seletivos e envio de currículos. Se a formatura aconteceu em dezembro, em março a maioria dos alunos já estava aprovada em faculdades públicas e privadas. Enquanto isso, técnicos recém-formados eram absorvidos rapidamente pelo mercado de trabalho, seja em empresas locais ou em grandes marcas do setor. Anualmente, muitas corporações voltadas ao setor de telecomunicações, automação, biomedicina ou do ramo petrolífero, por exemplo, vêm à escola selecionar os alunos, antes mesmo de se formarem. Tal característica acabou delineando uma aura de “super-profissionais”, muito apreciada por empresas que zelam pela qualidade. 
Como estudar na ETE FMC?


Através da convergência desses três elementos, a instituição consolidou um modelo de educação em “três dimensões” e prepara-se para receber novos alunos. As inscrições para o processo seletivo, que acontece no dia 6 de dezembro, já estão abertas e podem ser feitas através do site (www.etefmc.com.br) ou na secretaria da instituição. Para o ETE Ensino Médio não é preciso realizar exames e as inscrições também podem ser feitas da mesma maneira. Os interessados em obter maiores informações podem ligar para o número (35) 3473 3600.

segunda-feira, 20 de outubro de 2014

Prefeitura de Santa Rita abre 182 vagas de emprego

A Prefeitura de Santa Rita do Sapucaí (MG) fará concurso para 182 vagas em cargos de níveis fundamental, médio e superior. As remunerações chegam a R$ 2.675. O concurso terá validade de 2 anos e poderá ser prorrogado pelo mesmo período. As provas acontecerão no dia 14 de dezembro. Para mais informações, clique no link abaixo.

sexta-feira, 10 de outubro de 2014

Atletas santa-ritenses conquistam grandes resultados em competições pelo país

Campeã de Triatlhon
Desidério conquistou, no último mês, o Campeonato Brasileiro de Triathlon. Ao percorrer dois quilômetros nadando, 90 pedalando e mais 21 quilômetros de corrida, a atleta santa-ritense venceu suas adversárias em 6 horas e 53 minutos e conquistou uma vaga no Mundial de Longa Distância que acontecerá em junho do ano que vem, na Suécia. Com apenas 19 anos, recebeu apoio do Conselho Municipal de Esportes para comprar sua passagem a João Pessoa (PB), local do evento. Dentre os 400 competidores, de ambos os gêneros, Tainá fez o terceiro melhor tempo em ciclismo e conta que a boa forma física poderá ajudá-la em um torneio de Iroman 70.3, de que participará, no próximo mês, em Miami. Para participar do evento nos Estados Unidos, a santa-ritense irá arcar com as próprias despesas, uma vez que não tem patrocínio. “Meus pais estão desfalcados. Foram ele que bancaram minha ida.” - diz a única atleta da região na modalidade e a mais nova competidora do Estado. 

Como o treinador de Tainá encontra-se na Itália, a atleta treina no Insel, através de planilhas, e improvisa para dar conta do recado. Para isso, dá 300 voltas em uma piscina de 12 metros e meio para nadar cerca de 6 Km por dia, corre no Centro de Eventos da Prefeitura e pedala na rodovia.

No dia 21 de setembro, completaram-se 4 anos que a atleta foi atropelada por um caminhão, na rodovia, e permaneceu 6 meses em uma cadeira de rodas, até que reaprendesse a andar. Por ironia do destino, uma queda em pista molhada a tirou de uma competição em que participava na cidade de Santos, o que lhe rendeu alguns hematomas e escoriações. 

Tainá está confiante nas competições de que participará neste ano e acredita que seu bom desempenho poderá atrair a atenção de patrocinadores. “Espero que os resultados positivos me ajudem a encontrar um bom patrocínio.” – finaliza. 

Campeão de Muay Thai
Breender Gonçalves treina Muay Thai há um ano e meio e acaba de retornar do “Campeonato Nacional Aberto de Muay Thai” com o cinturão de primeiro colocado na cate-goria “Amador até 81Kg”. O evento, que contou com mais de 300 lutas num só dia, reuniu competidores do país inteiro. O santa-ritense, treinado por Rafael e Rondinele do Vale, na Academia HardBones (Unidade 2), estuda de manhã, treina depois do almoço e trabalha de noite. Além dele, outros santa-ritenses também retornaram com títulos de Bragança Paulista: João Paulo Bueno foi o primeiro colocado na categoria até 78kg e Rodolfo Mendes ficou em segundo na categoria até 85kg. 

Faixa “Kruang Vermelha Ponta Amarela”, Breender conta que pretende evoluir no Muay Thai e que irá continuar participando de competições. Ele também afirma que está à procura de apoiadores e que espera receber suporte da prefeitura: “O Muay Thai está crescendo muito em Santa Rita. Acreditamos que merecemos receber um incentivo do poder público para que o esporte continue a evoluir. - define o lutador.

O corredor
Eduardo Calixto leva mais uma. Ele acaba de se tornar campeão do Desafio das 12 horas de Piracicaba, ao percorrer a maior distância: 120km. Habituado a ocupar o ponto mais alto do pódio, o competidor forma com Robson Vigilatto e outros atletas locais um seleto clube de competidores de alta performance que vivem e treinam em Santa Rita.

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EPTV: Feira leva novidades tecnológicas em Santa Rita do Sapucaí

terça-feira, 7 de outubro de 2014

Do velho mercado ao tio milagreiro, as recordações de Anízio Dias dos Reis

Anízio Dias dos Reis nasceu no bairro rural do Vintém e trabalha, desde os 10 anos. No antigo Mercado Municipal, localizado na pracinha da cadeia, ajudava o pai, Benedito Zeferino, e o irmão a cortar e comercializar carnes. Ao todo eram quatro açougues. O mais afamado pertencia ao senhor José Pinto que, mais tarde, foi comprado por José Oriental. Dentro do antigo prédio, havia um chafariz, no centro, onde eram comercializados os peixes. Próximo dele, um espaço era ocupado por Joaquim das Frutas. Os açougues ficavam ao seu redor, mas tinham as portas voltadas para fora. As carnes eram cortadas em uma grande bancada sob uma barra de ferro e dependuradas por ganchos. Como não havia refrigeração nas residências, o toucinho era muito consumido pelos santa-ritenses para conservar a carne em latas ou preparar os alimentos. Anízio recorda-se das bancas de secos e molhados, com produtos da própria cidade e das frutas e verduras vendidas na parte externa, em bancas próximas de uma grade de ferro que ladeava a varanda. A vida era movimentada ao redor do prédio de forma arredondada e imponente – semelhante a um pagode chinês. Como a cadeia era bem próxima, não raramente os frequentadores do mercado eram surpreendidos com a notícia de que alguém havia sido preso ou empreendido fuga e corriam para ver o que estava acontecendo. Na rua das Cravinas, havia o Bar do Geraldinho, local onde os fregueses se acotovelavam no balcão até o sol se por.
Das lembranças que Anízio carrega desde a infância, algumas das mais fortes remetem ao seu tio, Antônio Pereira dos Reis. Mesmo cego, ele conseguia construir cercas com precisão, contar e negociar porcos, cavalgar e até vender laranjas em uma carroça. Desconfiado de que o homem enxergava, Anízio chegou a voltar troco a mais em uma barganha para saber se o tio desconfiava. “Você me deu dinheiro a mais, Anízio. Toma aqui o troco.” Não havia trabalho algum na rotina da roça que Antônio não pudesse fazer. Antes do amanhecer, ele acordava, tirava o leite, engarrafava, colocava as rolhas feitas de sabugo de milho e pegava o rumo da cidade, onde faria as entregas.

Como se não bastasse aquela habilidade incomum para um deficiente visual, Antônio teria um fim não menos curioso: faleceu no dia em que completou 70 anos. O mesmo aconteceria com seu irmão, José, nascido com uma deficiência que impediu que os seus braços crescessem. Morreu no dia em que completava 40 anos.
Por falar em José, Anízio conta que, apesar das dificuldades, sua memória era impressionante. “O homem batia o olho em um bezerro e sabia de qual vaca era.”

Quando José faleceu, algumas pessoas começaram a pedir milagres em sua intenção e contam que eram sempre atendidas. Por conta disso, Anízio lembra-se quando um homem o procurou para saber onde havia sido sepultado. “Ele disse que havia recebido um milagre por intercessão do meu tio e queria construir um túmulo como forma de agradecimento.”
Atualmente, Anízio mantém a tradição que herdou do pai e comercializa carnes no Mercado Municipal, em um açougue que carrega o mesmo nome dos tempos do antigo prédio. “Quando compramos o açougue ele se chamava “São Jorge”. Mantivemos o nome até hoje.” – conclui.

  (Por Carlos Romero Carneiro)

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segunda-feira, 6 de outubro de 2014

O curral do conselho (Por Ivon Luiz Pinto)

Um dos problemas que toda cidade  do interior teve e, em certas ocasiões, ainda tem, é concernente a animais soltos pelas ruas. É bastante desagradável e também perigoso encontrar cavalos, vacas e cachorros transitando pelos caminhos que temos que fazer.  Já houve caso de vaca cair na piscina residencial de amigos. O caso foi tão inusitado que a EPTV veio registrar o ocorrido e a vaca saiu na televisão... Essa situação de animais na rua não é coisa recente. Ela vem desde muito tempo, não só na cidade como também no Brasil. Se levarmos em conta que houve um tempo em que não havia automóveis, caminhões e o meio de transporte era no lombo de animais, vamos perceber que a população equina, principalmente, era muito grande. O carro de bois supria a necessidade de transporte de carga pesada e a tropa de muares supria o de longa distância. Era bonito ouvir o cantar do carro puxado por muitas juntas de bois, quase sempre de cores iguais. As juntas eram unidas pela canga, presas pelo canzil e por uma correia que passava em baixo do pescoço e que tinha o nome de brocha. Eita nome que dá medo! Na frente, os dois bois de guia, mais mansos e obedientes ao comando do carreiro e, junto à mesa do carro, a junta de coice. Mais atarracados e mais fortes, eram eles que aguentavam o maior peso. 
Um carro de bois é formado por uma prancha longa onde se coloca a mercadoria e é chamada de mesa e tem uma ponta triangular de onde sai uma trave comprida, o cabeçalho, que une o corpo do carro às cangas. A mesa possui furos laterais onde se coloca os fueros que, em alguns casos, suportam uma esteira de bambu. O condutor do carro de bois é o carreiro, com sua longa vara de ferrão. 

O condutor da tropa era o tropeiro. Um dos mais importantes tropeiros desta cidade foi o Capitão João Antonio Dias, possuidor de várias tropas para fazer  transporte. Atento aos negócios da região, o Capitão fazia comércio levando, no lombo de sua tropa de mais de cem burros casta-nhos, produtos da terra para o vale do Paraíba e, daí, seguindo para Parati, através de Guaratinguetá e Cunha. Muitas vezes, alargava a caminhada e chegava até o Rio. Seu filho, Antonio Paulino, era companheiro nas viagens e, quando o pai já estava cansado, empreendia a responsabilidade total. Isso foi lá por 1834. A maioria dos pastos era aberta e, frequentemente, se encontravam animais pela cidade. Foi então necessário colocar ordem  e a Câmara Municipal legislou proibindo que se deixasse animais soltos, criando o Curral do Conselho  que era o local, adequado pelo Conselho Municipal, onde a prefeitura guardava os animais soltos nas ruas, como num curral, até que os donos viessem buscá-los. O nosso Curral ficava ao lado do Mercado Municipal. Esse mercado foi assassinado e, em seu lugar, apareceu a Praça Dr. Delfim Moreira Jr, hoje Praça do Kridão. No lugar do Curral, ergueram um barracão que já serviu para uma fábrica de confecções, a Katrin. A proibição de animais soltos nas ruas e praças é  oriunda de Portugal, vem com os primeiros colonizadores e está prevista nas leis do Conselho Ultramarino, órgão português para cuidar da colônias além mar. A proibição existiu em todas as cidades e vilas e, em alguns lugares, houve situações hilárias, como em Batatais que a Câmara Municipal instruiu os proprietários de vacas a colocarem, de noite, lanternas em seus chifres para que as pessoas não tropeçassem. 

As Câmaras Municipais existem desde 1532, quando foi fundada a Vila de São Vicente. Martim Afonso de Souza nomeou alguns  “homens bons” com a função de verear, isto é, governar a vila e fazer justiça. Não existia o cargo de prefeito. Quem exercia o poder executivo era o Presidente da Câmara que, posteriormente, delegou o poder de fazer justiça aos  juízes ordinários.

Em  1916, existia aqui uma Câmara Municipal e o Presidente dela é quem governava o Município. Na época, o Presidente da Câmara era o Cel. Francisco Moreira da Costa que, em 10 de junho de 1916, sancionou a lei 241, denominada Estatuto Municipal.  O Art. 76 era claro nas suas proibições.

A partir de então, os animais soltos eram recolhidos por homens corajosos que enfrentavam o chifre dos bovinos e os coices dos muares. Os cães soltos eram apanhados pelo “homem da carrocinha”, assim chamado por conduzir uma carroça onde se colocava esses animais. Todos eram levados para o Curral e depois vendidos ou abatidos, se os donos não os procurassem. Dizia-se que eram vendidos para as fábricas de salame. Daí chamar os cavalos magros de salameiros. Certa vez, desapareceu meu cachorro Sultão. Eu gosto muito de salame. Será que comi meu cachorro?

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Processo Seletivo ETE FMC 2015

sexta-feira, 3 de outubro de 2014

Ex-ministro do STF, santa-ritense diz que negar carteira de advogado a Joaquim Barbosa mancha a história da OAB

O ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Francisco Rezek disse nesta quinta-feira (02) que a tentativa de se negar a carteira de advogado para o antigo ministro do STF Joaquim Barbosa é um dos maiores desastres da história da OAB e criticou o que chamou de aparelhamento político da instituição. O antigo magistrado cobrou duramente um posicionamento público do presidente da Ordem, Marcus Vinicius Furtado.
"Pode parecer um episódio isolado, mas é um dos maiores desastres que aconteceram na história da Ordem dos Advogados do Brasil. De um certo modo, aquilo que inúmeros advogados já vêm percebendo como espécie de aparelhamento político da Ordem", falou.

Rezek mostrou-se, ainda, perplexo pelo fato de que o presidente da OAB-DF, Ibaneis Rocha, usar de sua posição de presidente da OAB e acusar Barbosa de falta de idoneidade moral para exercer a advocacia quando Barbosa é, segundo ele, um dos homens de maior integridade moral que já passaram pela vida pública do Brasil

"Pode lhe faltar diplomacia, podem acusá-lo, às vezes, de carente de boas maneiras, mas nunca pôr em dúvida a idoneidade moral desse homem. Eu achei um desastre, uma lástima, um episódio vergonhoso. Eu gostaria de saber se o presidente da OAB nacional tem algo a dizer sobre isso ou se ele vai se evadir do dever de fazer um comentário", declarou.

Questionado sobre o aparelhamento político da instituição, Rezek disse que esse funcionamento começou no Rio de Janeiro e se espalhou para outras partes do Brasil. O antigo ministro do Supremo explicou que o presidente nacional da OAB precisa restabelecer a ordem e demonstrar a tradição de idoneidade nos tratos públicos. 

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quinta-feira, 2 de outubro de 2014

Um novo começo (Por Danlary Tomazini)

É do conhecimento de muitos o período em que minha mãe e eu moramos na favela ou nas ruas de São Paulo e de Santa Rita do Sapucaí. Antes de optar por fazer uma trajetória que, para alguns, é impensável, tivemos que dispor de todos os bens materiais que possuíamos. Algumas coisas doamos, mas, na maioria, decidimos colocar fogo. Sim, algo incomum. Isso foi um marco em nossas vidas, determinando um recomeço. Nem por isso foi fácil. Levamos dias decidindo o que queimar, o que doar e, principalmente, desapegando-nos de tantas coisas que faziam parte de quem éramos. Coisas que valiam muito em dinheiro, outras que valiam muito para a emoção. Chorávamos enquanto víamos tudo transformado em cinzas e, até hoje, quando conversamos sobre isso, sinto um aperto no coração. 
Foi esse aperto que senti no dia 16 de agosto de 2014 quando, pela manhã, me deparei com duas negras nuvens de fumaça pintando o céu. Angústia em pensar nas perdas que alguma família estava sofrendo naquele momento. Um sentimento equivalente a nada, se comparado ao daqueles que, ao contrário de nós, não escolheram passar por aquilo.

O incêndio que aconteceu no Depósito de Reciclagem Sapucaí marcou a história de Santa Rita. Não só por ser um evento trágico que teve alcance dos meios de comunicação, ou ainda, por mostrar a solidariedade de muitos que,  como podiam, auxiliaram para conter as chamas, ainda sem a presença dos bombeiros. Esse incidente revelou uma família que não se entregou ao luto de perder seu meio de sobrevivência. 

Fábio e Vania Silveira, donos do depósito, não se envergonharam em recomeçar quase do zero. Estavam de volta, um dia depois, colocando a mão na massa como sempre fizeram, distribuindo sorrisos, gentilezas e boas palavras, seja aos clientes, funcionários ou àqueles que, de alguma forma, procuraram ajudar. Não importa o tempo que levar para que todos os prejuízos materiais sejam ressarcidos. O mais importante está feito: deixaram um exemplo a mais de perseverança e união na história da nossa cidade.

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O ex-aluno da FAI, Ernani Wood Neto, inaugura a série "cases de sucesso"

Criado em 1971, o curso de Administração da FAI é o pioneiro no Sul de Minas. Ex-alunos de várias gerações passaram por aqui e todos os entrevistados desta série ressaltam a importância do curso como a base sólida para alavancarem suas carreiras. O ex-aluno Ernani Wood Neto, que concluiu o curso em 1982, é um deles.
Ele trabalha na Unilever Brasil Ltda, onde atua como líder global para compras de ingredientes. Cursou o MBA Logística Empresarial na Fundação Getúlio Vargas e também Gestão Executiva de Negócios na PUC Minas e pós-graduação em Direito do Trabalho na Faculdade de Direito do Sul de Minas, de Pouso Alegre. Ernani divide seu tempo entre São Paulo, onde trabalha e Pouso alegre, onde reside sua família. Na entrevista a seguir, o ex-aluno FAI fala de sua trajetória profissional, do mercado de trabalho e da sua relação afetiva com a FAI.

Ascom/FAI: Você entrou no mercado de trabalho em 1978 ainda sem cursar a faculdade e continua na mesma empresa até hoje. Opção sua?
Ernani: Fui admitido na então Refinações de Milho, Brasil Ltda em novembro de 1978 no cargo de datilógrafo no departamento de Engenharia. Na época cursava o terceiro colegial e a Refinações estava em busca de um datilógrafo que tivesse interesse em cursar Administração ou Economia como vista de desenvolvimento profissional. Apesar de permanecer na mesma empresa por força de registro, mudei de "empresa" por duas vezes, por força de processos de fusões. O primeiro foi a fusão da Refinações de Milho com a Arisco, criando a empresa  RMB e depois a fusão da RMB com a Unilever. Cada processo de fusão é como uma mudança para uma nova empresa. Nestes processos, um mais um nunca é igual a dois.
 Ascom/FAI: O que o fez manter-se fiel à empresa?

Ernani: O que me manteve na mesma organização foram as oportunidades de crescimento profissional que tive ao longo do tempo, bem como o reconhecimento pelos trabalhos realizados. Comecei trabalhando como datilógrafo, sendo promovido a assistente administrativo seis meses após minha admissão. Alguns anos depois, passei para funções de Recursos Humanos, mudando completamente o escopo do meu trabalho e proporcionando excepcional crescimento como pessoa e profissional. Fui promovido para gerente administrativo e movido para o nordeste do Brasil, responsável pela implantação de procedimentos operacionais em uma fábrica recém construída, englobando todas as atividades de RH e Comerciais. Acumulei funções como gerente de manufatura durante parte do período no nordeste. Retornei para São Paulo como gerente de manufatura em terceiros e logo fui para Goiânia, quando da aquisição da Arisco, absorvendo estas operações na nova empresa. Em seguida com a compra pela Unilever, permaneci na gerencia de manufatura em terceiros e fui trabalhar em Valinhos. Fui então convidado a me juntar ao departamento de compras de materiais produtivos, posição que pude desenvolver diversas atividades diferentes como gerenciamento de portfólios globais, locais e commodities, viajar pelo mundo e me relacionar com diferentes culturas. Em resumo, foram 36 anos em "uma mesma empresa", porém recheados de novos desafios, oportunidades, crescimento pessoal e profissional, bem como reconhecimento.
Ascom/FAI: Como está o mercado hoje para o profissional de Administração?
Ernani: O mercado para administradores hoje é muito mais desenvolvido do que quando iniciei minha carreira. Nos anos 80 e ainda nos 90, a formação mais procurada no mercado era de engenheiro. O administrador ainda não tinha conquistado seu espaço adequadamente. Hoje, o profissional de ADM ou Economia é tão bem visto quanto o de Engenharia e por consequência, valorizado igualmente no mercado de trabalho e em algumas posições, ainda mais procurado.
Ascom/FAI: Para você quais são pontos fortes do curso de Administração da FAI?
Ernani: O curso me proporcionou o conhecimento holístico da Administração, com visão de várias áreas de atuação das empresas e aplicar imediatamente os conhecimentos adquiridos nas minhas funções profissionais. A interação com os professores e a possibilidade de transferência imediata do teórico para o prático foram pontos fundamentais para a consolidação e expansão dos conhecimentos. 
Ascom/FAI: Você acompanha a evolução do curso e da Faculdade? Como?
Ernani: Acompanho a evolução da FAI por comentários de amigos e por visitas ao site na internet, bem como publicações em jornais e revistas. Fica claro o desenvolvimento da Faculdade, sua expansão de cobertura em várias áreas da Administração, inclusive com formações em pós-graduação.
Ascom/FAI: Você indicaria o curso FAI para os vestibulandos?
Ernani: Sem dúvida. É um curso sério, que conta com excelentes profissionais na sua condução, transferindo seus conhecimentos e formando profissionais capazes de atuarem no mercado, desempenhando adequadamente suas atribuições.
Inscrições para o vestibular FAI 2015: até 13 de novembro

Informações: 3473-3013 - vestibular@fai-mg.br

quarta-feira, 1 de outubro de 2014

Santa Rita do Sapucaí, sempre no meu coração (Por Dr. Bob Deutsch)

Meu nome é Dr. Bob Deutsch, sou neurocientista, antropólogo, e consultor de negócios. Por uma década, no passado, cheguei a ser diplomata do Departamento de Estado dos Estados Unidos. Tive sorte o suficiente para ter vivido e conhecido muitos locais, em todos os continentes. Estive recentemente em Santa Rita do Sapucaí, para fazer uma palestra no TEDx que aconteceu no Inatel.
Estou escrevendo isto agora para afirmar um simples fato: acho que Santa Rita do Sapucaí é um lugar fabuloso. Sou aberto e curioso o suficiente para ter gostado de muita coisa em quase todos os lugares para os quais já viajei. Santa Rita, no entanto, é muito especial. Muito especial!

Vi isto por diversas razões. Primeiro, as pessoas. As pessoas que conheci no contexto do meu trabalho aí são todas inteligentes, alegres e criativas. São simpáticas e cheias de vida. O mesmo vale para as pessoas que encontrei andando nas ruas e calçadas da cidade, assim como as pessoas que encontrei no meu hotel e nos restaurantes aos quais fui. Todo mundo foi receptivo e demonstrou carinho. Isso não é muito comum ao redor do mundo.

As pessoas aceitaram bem a lentidão das minhas conversas que exigiram uso de um tradutor. E sempre tinham sorrisos no rosto. Meus anfitriões – residentes locais – foram os mais simpáticos e graciosos que já conheci ao redor do mundo.

Também gostei muito da comida. A carne bovina, a carne de porco, o arroz com feijão, tudo delicioso. E, é claro, adorei a caipirinha. Talvez tenha tomado demais (estou brincando). Provei até um sorvete com sabor de caipirinha. Comi na cidade e experimentei pratos maravilhosos. Uma noite, comi uma Parmegiana muito saborosa (é o meu prato favorito em casa, em Nova York). Outro dia, fomos a um restaurante localizado em uma fazenda, fora da cidade (Balaio). A comida e o ambiente eram rústicos, mas muito confortáveis. Em uma manhã, também caminhei com dois amigos locais, por um mercado. Gostei muito do mercado – antigo, mas lindamente natural. Achei a apresentação das frutas e legumes, e das partes de galinha e carne bovina, dispostas em espaços bem limpos e atrativos. Alguns vendedores de queijo e pastel me permitiram experimentar um pouco. Quando me ofereci para pagar, disseram “não”, com um sorriso. Isto é hospitalidade.

Eu também fiquei muito interessado e feliz em ver em Santa Rita do Sapucaí uma mistura do que pode ser geralmente considerado uma contradição. O velho e o novo, o tradicional e o moderno, não vivendo apenas lado a lado, mas como uma mistura maravilhosa de dois opostos. Carroças puxadas por burros em frente a empresas de alta tecnologia, e engenheiros trabalhando com pessoas ligadas a artes criativas. É exatamente disso que o mundo necessita. Coisas que são “isso E aquilo”. A maioria das coisas, hoje em dia, é dividida como coisas extremamente diferentes. É uma separação imatura e, muitas vezes, perigosa. Santa Rita do Sapucaí não é assim. É um ótimo exemplo para o mundo.

Por último, aponto o quanto me senti bem olhando e estando na linda paisagem de Santa Rita – os montes, as montanhas, as muitas camadas e sombras de verde, e as plantações de café, me deixaram muito feliz. Me fizeram lembrar dos montes da Toscana, na Itália, onde morei por quatro anos, há pouco tempo. Esta área da Itália é considerada por muitos viajantes do mundo todo como um dos mais fantásticos lugares do globo. Santa Rita do Sapucaí é igual. 

Eu já estive no Brasil muitas vezes – Rio, São Paulo, Brasília, Manaus, Porto Alegre. Até mesmo morei por três anos com os Ianomâmis na Amazônia. No entanto, esta foi minha primeira vez em Santa Rita do Sapucaí. Eu não esquecerei meus dias aí. Agradeço às pessoas de Santa Rita do Sapucaí. E quero retornar.

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