quarta-feira, 13 de maio de 2015

Vale da Eletrônica recebe invenções para a primeira Feira Estadual de Ciências e Tecnologia

Entre 4 de maio e 20 de junho estudantes de Minas Gerais poderão inscrever seus projetos Santa Rita do Sapucaí, XX de abril de 2015 – Com o objetivo de promover a ciência e tecnologia entre os jovens, a ETE FMC - Escola Técnica de Eletrônica Francisco Moreira da Costa, de Santa Rita do Sapucaí (MG), abre inscrições para a 1ª Feira Estadual de Ciência e Tecnologia – Fecete, que ocorre em outubro de 2015. A feira é aberta a estudantes dos 8º e 9º anos do Ensino Fundamental, Ensino Médio e Técnico de todo o Estado de Minas Gerais. As inscrições podem ser feitas pelas escolas, a partir de 4 de maio, através do site www.etefmc.com.br. 
Para participar, basta preencher um formulário e enviar o relatório técnico do projeto. Os trabalhos serão submetidos a um processo seletivo e a relação dos selecionados para participar da feira será divulgada na página da feira (etefmc.com.br/fecete), com a primeira chamada no dia 5 de agosto. 

“A ideia de criar a Fecete veio da nossa feira interna, a ProjETE, que reúne cerca de 200 projetos dos estudantes da própria escola.”, conta o diretor geral da ETE, Alexandre Loures Barbosa. Em sua XXV edição, a ProjETE tem sido muito bem-sucedida e algumas invenções produzidas pelos alunos receberam cerca de 70 prêmios na Febrace, a Feira Brasileira de Ciências e Engenharia, que acontece na USP. Segundo Barbosa, a intenção é ampliar as possibilidades e trazer invenções de outras cidades mineiras para dentro da ETE FMC. “Queremos promover o contato e o intercâmbio de ideias entre estudantes de diversas idades, de escolas públicas e privadas, incentivar o interesse pela ciência e exibir novas tecnologias.” 

A FECETE oferecerá hospedagem e transporte (trajeto entre sua cidade e Santa Rita do Sapucaí) gratuitos para parte dos estudantes. Os interessados devem realizar a solicitação, no momento da inscrição. A comissão organizadora da FECETE analisará os pedidos e os contemplados serão comunicados, juntamente com a lista de trabalhos selecionados para participação na feira. 

Além da exposição de projetos, estão sendo preparadas outras atividades para o dia do evento, como o Show de Ciência, com experiências de química, física, biologia, eletricidade e eletrônica, produzidas pelos alunos e professores. Também será possível visitar o Museu da Eletrônica, que fica dentro da ETE e que conta a história do desenvolvimento tecnológico na cidade conhecida como “O Vale da Eletrônica”. 

Inscrições: · De 4 de maio a 20 de junho
Pelo site www.etefmc.com.br - preenchimento de formulário e envio de relatório técnico do trabalho. 
Inscrição Gratuita
Contato: fecete@etefmc.com.br ou pelo telefone (35) 3473-3600
Local: Campus ETE FMC – Av. Sinhá Moreira, 350 – Centro – Santa Rita do Sapucaí/Sul de Minas ·
Quando: 7, 8 e 9 de outubro.
Entrada Gratuita – Aberto ao público 

ETE FMC – Desde a fundação em 1959, a ETE FMC (www.etefmc.com.br) passou a ser referência em educação, por abrigar a primeira escola de eletrônica de nível médio da América Latina e a sétima no mundo, que atrai estudantes de todo o País. Atualmente, com cerca de 750 alunos, nos períodos diurno e noturno, oferece os cursos de Automação Industrial, Telecomunicações e Equipamentos Biomédicos, além de Ensino Médio Regular. A região é conhecida como o “Vale da Eletrônica” - referência ao Vale do Silício na Califórnia (EUA) - de onde muitos produtos e sistemas tecnológicos inovadores são lançados para o mercado nacional e internacional. Boa parte deles nasce dentro da escola.

Atacante santa-ritense é destaque em imprensa brasileira

Matéria da FOX Sports:

Kenedy foi à cidade natal e emocionou sua mãe
Para assistir, clique na imagem.
Dia das Mães é dia de ficar com a pessoa que mais amamos na vida. E o atacante Kenedy, do Fluminense, resolveu fazer uma surpresa. Natural de Santa Rita do Sapucaí (MG), ele viajou na manhã de domingo e fez Dona Elizandra ter um dia inesquecível.  (veja o vídeo)
Kenedy havia planejado a surpresa durante a semana. Ele chegou a dizer à mãe que não teria como ir vê-la. Ela ficou arrasada com a notícia. Mas valeu a pena.
"Queria fazer algo especial pra ela, que é tão importante pra mim", disse o jogador, de 19 anos.
Kenedy ajudou o Tricolor carioca a vencer o Joinville no dia anterior. Nesta segunda-feira, ele seguiu para Atibaia (SP) onde começa os treinamentos com a Seleção Sub-20 para o Mundial da categoria, na Nova Zelândia.
Matéria da ESPN:
Assédio a Kenedy aumenta, e joia está próxima de deixar o Fluminense

A diretoria do Fluminense não deverá resistir ao assédio de alguns clubes ingleses ao atacante Kenedy, que deve ir para o futebol europeu na janela de transferências que será aberta no meio do ano. Nesta segunda-feira, o jovem jogador, revelado nas categorias de base do Tricolor, foi alvo de publicações por parte da imprensa da Terra da Rainha.

Há alguns meses, um grupo de empresários vinha negociando a compra dos direitos federativos do jogador para repassá-lo ao Chelsea, que estava por trás nesta transação, sem ficar muito exposto. 

Nesta segunda-feira, o Metro, jornal da Inglaterra, informou que o Manchester United está tentando atravessar a negociação. Segundo a publicação, "Kenedy chamou a atenção do holandês Louis Van Gaal, treinador do Manchester". De acordo com o periódico, o treinador tem monitorado os passos do atleta e pedido aos dirigentes que superem a concorrência do Chelsea e da Inter de Milão.

Diante da publicação do Metro, outros jornais da Inglaterra, como o The Guardian e O Telegraph, publicaram que o interesse do Manchester United não será suficiente para evitar que Kenedy defenda o Chelsea na próxima temporada, pois, segundo eles, a transação estaria bem adiantada, com o Fluminense recebendo cerca de R$ 20 milhões pelo negócio.

Na semana passada, a diretoria tricolor anunciou a contratação do veterano Magno Alves para disputar posição com Kenedy e ver quem será o companheiro de Fred no ataque. O acerto, porém, já pode ser um indício de que os dirigentes sabem que não poderão contar com o jovem atleta no segundo semestre.

O jogador tem evitado comentar o caso e fala que está focado apenas em ajudar o Fluminense no restante da temporada. Mas, para colegas do elenco, ele avisa que tem interesse em jogar no futebol europeu, mas se mostra dividido, pois gostaria de ficar mais tempo nas Laranjeiras e escrever a sua história com a camisa do Tricolor.

A saída de jogadores é uma das preocupações da diretoria do Fluminense, que também teme perder outros destaques revelados nas categorias de base, como o meia Gerson. O problema é que, mergulhado em problemas financeiros desde que perdeu o patrocínio da Unimed, que arcava com boa parte da folha salarial, o Tricolor tem a necessidade de fazer receita inclusive para manter em dia a folha salarial, ainda alta pela presença de medalhões como o volante Jean e o atacante Fred, antes bancados pela patrocinadora.

Dentro de campo, o elenco volta a trabalhar na manhã desta terça-feira, quando intensificará a preparação para a partida contra o Atlético-MG neste domingo, às 16 horas (de Brasília), no Estádio Mané Garrincha, em Brasília, pela segunda rodada do Campeonato Brasileiro. O Galo terá que mandar seu jogo fora de Minas Gerais devido à punição imposta pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD).

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segunda-feira, 11 de maio de 2015

Tudo culpa do meu avô (Por Carlos Romero Carneiro)

Acreditaria se eu dissesse que você só está aí, fazendo o que está fazendo, por causa do meu avô? Pois é a mais pura verdade. Pode parecer que a intenção seja discorrer sobre a teoria do caos que prevê que, se um mosquito der um passeio pelo bairro Maristela, pode transmitir dengue para cinquenta e duas pessoas e provocar um terremoto no Nepal... mas não. A história passa longe e me dá argumentos suficientes para dizer que o senhor Antônio Lemos Carneiro, nascido no início do século e falecido em noventa, acaba de influenciar a sua vida.
Há exatos vinte e cinco anos e dois meses, o Democráticos não contaria com o seu rival, para contornar a praça. O bloco havia se preparado durante o ano inteiro para descer o morro, mas sofreu um terrível golpe: chovia canivetes naquela terça de carnaval. 

Meu avô, então com setenta e oito anos, acompanhou a agremiação nos cordões e tomou uma tempestade que o botou de cama, devido a uma grave pneumonia que o levaria à morte.

Fiquei chateado pra caramba. Aos doze anos, nunca havia perdido um parente próximo e adorava ouvir as suas histórias. Desapontado, comecei a vasculhar a casa da minha avó em busca de fotografias, documentos e jornais que me ajudassem a conhecê-lo melhor. Através daquela expedição arqueológica caseira, encontrei documentos e fotografias dos tempos em que ele participou da revolução de trinta e dois, além de recortes sobre sua passagem pela Lira Santa Rita, pelos templos da Maçonaria ou pela extinta Companhia Sul Mineira de Eletricidade. Mais do que registros pessoais, resgatei dezenas de jornais antigos, sem saber que aquelas folhas amareladas, seriam muito úteis, duas décadas depois.

Da admiração por aqueles documentos, tive a ideia de criar um jornalzinho sobre a minha turma no “Grupão”. Naquele mesmo ano, me transferi para o Sinhá Moreira, a brincadeira evoluiu e alunos de outras turmas começaram a disputar uma arcaica página mimeografada que mesclava acontecimentos sociais com histórias da instituição. Quando vi que a coisa funcionava, me ofereci para trabalhar em um jornal da cidade e passei a produzir textos que compunham as suas edições semanais. Tudo levava a crer que aquela seria a minha profissão mas, não me lembro o motivo, tentei escapar de todas as maneiras.

Nos anos seguintes, me matriculei na ETE, estudei em Ribeirão e parecia que aquele sonho tinha ficado para trás. Após a faculdade, fui contratado como redator em uma agência e, mesmo que nadasse contra a correnteza, me sentia fadado a escrever. 

Em 2006, já em Santa Rita, abri uma agência de publicidade e a nossa empresa participou de uma licitação para a produção de um jornal. Como a tecnologia já havia aposentado o mimeógrafo, precisei me reciclar e corri à banca do Caruso para comprar um livrinho que ensinasse a diagramar.

Do episódio em que, por necessidade, me ofereci para prestar um serviço sem a menor experiência, até criarmos o Empório de Notícias foi um pulo. Na semana em que o jornal começou a ser vendido, montamos uma tenda em frente à Matriz, na esperança de que alguém comprasse um exemplar. Se não me falha a memória, a única pessoa que se aproximou foi um homem que, ao tomar conhecimento de que o jornal custava apenas um real, nos brindou com a pérola: “Você estão vendendo papel, mano?”. 

Lá se foram quase oito anos e cerca de quatrocentas reportagens. Dos textos que produzimos ou resgatamos, selecionei oitenta e três matérias para compor o primeiro volume de uma obra intitulada “Almanaque Cultural Santa-ritense”, que chega às bancas, no dia 20 de maio, com mais da metade da primeira edição vendida com ante-cedência. 

Depois de tantas voltas, talvez você acredite que o meu avô tenha influenciado a sua vida de alguma forma. Afinal, se ele não tivesse falecido por absoluta falta de juízo, eu não teria produzido este texto e você, consequentemente, não estaria com o Empório nas mãos. Tudo culpa do meu avô.

Oferecimento:

Que tal ajudar o nosso Hospital, sem sair do computador?

O Hospital Antônio Moreira da Costa, de Santa Rita do Sapucaí, passa por um momento decisivo e esta situação tem sido contornada através de iniciativas criadas por um competente grupo de voluntários que busca resolver o problema de uma vez por todas.

Como a verba que o hospital recebe para atender aos seus pacientes não tem sido suficiente, a entidade busca alternativas para suprir às suas necessidades e criou um sorteio como forma de arrecadar dinheiro e, consequentemente, possibilitar o pagamento de suas despesas.

Uma das ações que a Fundação implementou irá premiar com um carro e duas motos os três vencedores de uma rifa que correrá no dia 25 de junho de 2015, às 10 horas, em sorteio no pátio do Hospital, tivemos a ideia de nos unimos para prestar nosso apoio à essa instituição que sempre esteve ao nosso lado, nos momentos de dificuldade.

A ideia é nos unirmos através das redes sociais para, não somente ganharmos estes prêmios, como devolvermos a prenda para que a Fundação possa usá-lo em suas necessidades. Uma boa ideia, não? :) 

Para colaborar, basta realizar uma doação no valor que você puder. Com as doações que recebermos, iremos adquirir quantos bilhetes de rifa conseguirmos. Caso sejamos contemplados, devolveremos o prêmio como forma de potencializar nossa participação.

Gostaríamos que, além de colaborar, você também assumisse esse projeto e nos ajudasse na divulgação. Se nos unirmos em torno dessa causa, poderemos ajudar a Fundação a superar suas dificuldades e ter um Hospital de qualidade, como sonhamos para Santa Rita do Sapucaí. Contamos com você!

quinta-feira, 7 de maio de 2015

Importantes autores presenteiam Empório de Notícias com suas obras

De ontem para hoje, fomos presenteados com duas obras muito bacanas, pelos próprios autores. A primeira é "Cheiro de Biblioteca", do escritor e colunista do Empório, Salatiel Correia. A segunda, "O Executivo Sincero" é do grande profissional, Adriano Silva, diretor de redação de veículos como Superinteressante, Mundo Estranho e Vida Simples (além de chefe de redação do Fantástico) que virá a Santa Rita do Sapucaí na próxima terça-feira para dar uma palestra no Inatel, com entrada franca. Nossos agradecimentos aos autores!

A vida de trabalho, amor e conquistas de nossa estimada Dona Nega

Aos 28 anos, Mariângela Constância se preparava para dar à luz o segundo filho. Às 15h10min, já no hospital, sua bolsa rompeu e um menino veio à vida. O coração de mãe se dividia entre a alegria da chegada do caçula e a saudade e aflição por estar longe do mais velho, de apenas um ano e sete meses. Algumas horas depois, não teve dúvidas, pegou suas coisas, o recém-nascido e correu para casa. 
Na tarde do dia seguinte, menos de 24 horas desde o momento do parto, já era possível ver Mariângela no quintal de sua casa, lavando as roupas que se acumulavam sem parar. Dr. Edmundo Prado Moreira, seu obstetra, quando viu a cena, apressou-se em tentar obrigá-la a retornar para o repouso do hospital, mas ela se negou decididamente. Ao Doutor não restou opção, senão oferecer um chapeuzinho: “O sol dessa hora é muito forte, menina! Vai lhe fazer mal.”. Esse episódio previa perfeitamente tudo que aconteceria nos anos seguintes: Mariângela teria uma vida dedicada a zelar pelos filhos. Como ela mesmo diz, não foi nenhum sacrifício: “Tudo aquilo que fazemos pelo bem de quem amamos, não exige sacrifício de nada. Só nos acrescenta”.

Foi através desse relato que tive o prazer de ter meu primeiro contato com a grande mãe e mulher, Mariângela, conhecida por todos como a talentosa Dona Nega. Afilhada de José Antônio Del Castilho, o “seu Dedé”, perdeu a mãe aos 12 anos, foi morar com os pais do padrinho – Espanha e Henrique Del Castilho, donos do Instituto Moderno de Educação e Ensino, onde hoje funciona o Inatel - e lá ganhou, carinhosamente, o apelido de Nega. O “Dona”, tal qual conhecemos, veio muitos anos mais tarde, quando começou o seu negócio próprio, a pensão no bairro Vista Alegre.

Dona Nega é famosa em toda a cidade devido às iguarias que prepara em seu restaurante e já marcou a vida de muitas famílias com seus cuidados que vão além dos gastronômicos. Ela abriu a pensão porque sabia que precisava garantir a alimentação dos filhos, ainda pequenos e, se cozinhasse para pessoas de fora, seus filhos também comeriam. Iniciou o primeiro mês com sete clientes, terminou com 20 e, desde então, sua freguesia nunca parou de crescer. Com uma clientela regular de estudantes, os mesmos passaram a fazer parte da rotina e da família dela. Quando alguém perdia uma refeição, lá ia D. Nega procurar o indivíduo para saber o que estava acontecendo. 

Certa vez, um moço chamado Ricardo, que adorava se gabar amistosamente entre os colegas por ter um mordomo que falava 12 idiomas, perdeu duas refeições na pensão. Nega perguntou para os rapazes, mas nenhum soube dizer o que se passava, então ela terminou de servir todos e saiu à procura dele. Encontrou-o em sua cama, na república onde morava, muito doente, ardendo em febre. Para animá-lo, perguntou em tom de brincadeira, “Me diz a-gora Ricardo, para que lhe serve um mordomo que fala tantas línguas?” E, rapidamente, providenciou a me-dicação e a alimentação adequadas para devolver a saúde ao menino que, em dois dias, já estava como novo, de volta à rotina da pensão.

Por episódios como esses que muitas mães vinham e entregavam os filhos diretamente aos cuidados de D. Nega, pois sabiam que, ali, havia uma senhora que podia ser a mãe de todos. Alguns anos depois, ela teve oportunidade de transferir o restaurante para o centro da cidade, e aproveitou para encerrar as atividades da pensão: “Meus filhos já estavam em outra fase, precisavam mais de mim e meu coração já não aguentava ter que me despedir dos estudantes. A cada fim de ano, a cada formatura, era como se eu perdesse um filho, tamanha era a saudade daqueles que voltavam para suas cidades”.

 Inspiração para as vizinhas, que viviam se perguntando como ela conseguia cozinhar em casa para mais de 100 pessoas, enquanto elas mesmas, às vezes, não tinham ânimo para cuidar da refeição de apenas uma família, hoje D. Nega vive mais tranquilamente. Com os filhos já criados e três netos bem encaminhados, ela diz que não tem nenhum sonho ou aspiração. “Fui abençoada até além do que eu poderia querer ou esperar”. Com um humor bem ‘coruja’, digno de quem dedicou a vida prazerosamente a ser mãe, ela acrescenta, ao final de nosso papo: “Eu só teria aspiração de ter algo a mais nessa vida, se meus filhos fossem filhos da casa vizinha”.

(Por Danlary Tomazini)

quarta-feira, 6 de maio de 2015

PT TEM BOICOTADO SANTA RITA DO SAPUCAÍ? LEIA A MATÉRIA A SEGUIR E TIRE SUA PRÓPRIAS CONCLUSÕES

Indústria finlandesa teme inviabilização de investimento de 7 milhões. 

O investimento de € 7 milhões que seria feito em Santa Rita do Sapucaí pela Luvata, indústria de refrigeração, pode não sair do papel. A empresa, com matriz na Finlândia, fechou benefícios fiscais com o governo do Estado em novembro de 2014, mas não chegou a assinar o protocolo de intenções, aguardando aval da sede. Em fevereiro deste ano, a autorização foi dada. Desde então, no entanto, os diretores da companhia não conseguem contato com a atual administração de Minas Gerais.

“Já ligamos, mandamos e-mail e nada. Simplesmente não temos retorno”, critica o diretor-geral da Luvata no Brasil, Maurício Magalhães. A insegurança da Luvata gira em torno da resolução 4.751, publicada em fevereiro pelo governo e assinada pelo secretário da Fazenda do Estado, José Afonso Bicalho.

O documento prevê a padronização dos protocolos de intenção, inclusive por setor de atuação, até dezembro. O assunto foi tema de audiência pública nessa terça-feira (5), na Assembleia Legislativa.

Realizada a convite do presidente da Comissão de Turismo, Indústria, Comércio e Cooperativismo, deputado Dalmo Ribeiro (PSDB), a audiência teve a participação de representantes da oposição e de empresários. O governo estadual não enviou representantes.

Critérios

“Queremos saber quais critérios serão levados em consideração. Os empresários têm medo de o governo alterar o que já foi acordado com eles”, afirma Dalmo Ribeiro. De acordo com o deputado, 1.800 casos de investimento serão analisados pelo governo estadual.

Sem resposta

Segundo a assessoria de imprensa da Secretaria da Fazenda, Bicalho estava viajando. O secretário de Desenvolvimento Econômico, Altamir Rôso, participou de outra audiência na Assembleia no mesmo horário, mas não comentou o assunto.

“Saí de São José dos Campos com a expectativa de voltar com uma resposta. É uma falta de profissionalismo o governo não enviar ninguém. Em tempos de recessão, a impressão que temos é a de que Minas não quer nosso investimento. Não tenho mais respostas para meus superiores na Finlândia”, diz o diretor da Luvata.

A empresa, segundo ele, deu entrada em processos semelhantes em Minas Gerais, no México e na Índia ao mesmo tempo. No México, já há produção. Na Índia, o processo está avançado. “Em Minas Gerais não anda”, reclama.

O deputado Dalmo Ribeiro vai requerer a convocação formal do governo do Estado junto ao presidente da Assembleia, Adalclever Lopes (PMDB), para que haja explicação dos critérios utilizados na resolução 4.751. “Primeiro convidamos. Já que eles não querem se explicar, vamos entrar com pedido para convocação”, afirma o deputado. Caso o representante convocado não compareça, pode responder a processo administrativo.

Enquanto a audiência era realizada, o deputado Alencar da Silveira Júnior (PDT) batia panelas, em manifestação. “O governador tem que entender que ele governa um Estado, não um partido”, criticou.

terça-feira, 5 de maio de 2015

Confira o que vem por aí na Edição 88 do Empório de Notícias

Nesta edição: 
A vida de trabalho, amor e conquistas de nossa estimada Dona Nega /
Tudo culpa do meu avô / Tainá conquista mais uma /
Luiz Gomes e os 50 anos do Inatel / 
A garra de Dona Bernadete (Por Danlary Tomazini)/
A história do escotismo em Santa Rita do Sapucaí (Por Israel Ribeiro) /
Leucotron apresenta novidades na Hospitalar 2015/
Homenagem às mães (por Rita Seda)/
Triatleta santa-ritense vence mais uma/
Peixe na folha de Bananeira (Por Ivon Luiz Pinto)
Equipe de Taekwondo santa-ritense destaca-se no cenário nacional /
ETE FMC vence a etapa municipal dos Jogos Escolares de Minas Gerais /
Vale da Eletrônica promove Feira Estadual de Ciências e Tecnologia /
Alunos da ETE desenvolvem projeto com crianças das escolas municipais /
A mãe gentil (Por Marcelo Souza) / 
Inatel Cas@Viva realiza blitz educativa contra a dengue /
NAB gera perspectiva de negócios positiva para o Inatel /
Incubadora do Inatel seleciona novas empresas / 
Movimentos em prol da criação da freguesia de Santa Rita (Por Neco Torquato)

Reserve já o seu exemplar do "Almanaque Cultural Santa-ritense"

domingo, 3 de maio de 2015

Empreendedorismo criativo é tema de palestra em Santa Rita do Sapucaí


O polo de Santa Rita do Sapucaí, no Sul de Minas, recebe no dia 12/05, terça-feira, a palestra Economia Criativa: os novos empreendedores brasileiros e o que podemos aprender com eles. 
A apresentação será feita por Adriano Silva, fundador do Draft, projeto editorial dedicado a cobrir a expansão da inovação disruptiva no Brasil. Ele vai falar sobre como no mercado atual existem pessoas que estão criando seu negócio a partir de ideias inovadoras, a maioria baseadas em seus propósitos e em ideias livres. Com exemplos e aprendizados baseados em cases reais, ele pretende inspirar e nortear os empreendedores atuais e futuros do Vale da Eletrônica – seja no âmbito da tecnologia quanto nas outras frentes da economia criativa.

Silva também é sócio fundador e CEO da The Factory e da Damnworks, foi responsável por trazer para o Brasil o Gizmodo, o Jalopnik e o Kotaku, e pelo conteúdo e relacionamento na plataforma Fiat Mio de Open Innovation. Foi Chefe de Redação do Fantástico, na TV Globo, Diretor do Núcleo Jovem da Editora Abril e da Superinteressante, e responsável pelo lançamento de Vida Simples, Mundo Estranho e Aventuras na História. Também na Editora Abril, foi Editor Senior da Exame e Diretor de marketing do Grupo Exame. Tem MBA pela Universidade de Kyoto, no Japão, e graduação em Comunicação Social, pela UFRGS. Além disso, é autor de diversos livros, como o mais recente,: “O Executivo Sincero – Revelações subversivas, surpreendentes e inspiradoras sobre a vida nas grandes empresas” (Rocco, 2014).

A palestra é mais um passo na divulgação do festival Cidade Criativa, Cidade Feliz 2015, que ocorre em agosto. Fruto de um movimento colaborativo que leva o mesmo nome, o Cidade Criativa, Cidade Feliz une iniciativa privada, pode público, e voluntários, em prol do desenvolvimento da economia criativa e da qualidade de vida em Santa Rita do Sapucaí.

O evento acontece no dia 12/05, a partir de 19:30 no Teatro Inatel. A entrada é franca.

sexta-feira, 24 de abril de 2015

O nascer do Sol nas montanhas de Minas Gerais inspira santa-ritense

Internauta de Santa Rita do Sapucaí mostra a beleza do amanhecer. (Foto: Carlos Koleski)
Em Santa Rita do Sapucaí, o internauta Carlos Koleski busca o ângulo e o momento ideais para registrar um espetáculo de todos os dias. 

Nas areias da praia é mais comum parar e admirar o nascer do Sol. Mas por trás das montanhas de Minas Gerais, o astro do dia ganha um brilho ainda mais intenso. O internauta Carlos Koleski se desafiou a flagrar o momento que encanta os olhos. “Já tinha feito a foto do pôr do sol na cidade de São Paulo, mas ao retornar para Minas quis fazer o nascer do Sol visto daqui”, conta. O fotógrafo fez várias tentativas porque queria que os raios solares tivessem “um brilho maior na foto”. O registro foi feito na cidade de Santa Rita do Sapucaí (MG).  

Parabéns, Carlos, o registro ficou maravilhoso. A exemplo do internauta faça você também um flagrante da natureza e participe do Você no TG. Basta acessar o link, preencher o formulário e enviar a fotografia ou o vídeo. 

Fonte: G1

quinta-feira, 16 de abril de 2015

Barão de Mauá ou Eike Batista? (Por Salatiel Correia)

Embora tenham eles atuado empresarialmente em épocas muito distanciadas uma da outra, tem-se a impressão de que a crença de ambos no empreendedorismo com geração de riqueza foi exatamente a mesma.
 O primeiro viveu nos tempos do Segundo Reinado, no século dezenove, quando predominava o poder moderador do imperador. O segundo vive os dias atuais do século vinte e um, em cuja realidade impera a volatilidade dos capitais globalizados que se locomovem ante a velocidade das informações. É extraordinário pensar nos feitos daquele menino pobre, órfão de pai, chegando, ainda criança, com nove anos, ao Rio de Janeiro para trabalhar como caixa de um armazém, por mais de 15 horas, em troca de casa e comida.

A falência desse estabelecimento levou nosso personagem a mudar de emprego. Foi indicado, no distante ano de 1830, para trabalhar na empresa de importação do escocês Richard Carruther. Aprendeu tudo com ele: das técnicas de contabilidade e planejamento a falar inglês. 

Conheceu a Inglaterra, berço do capitalismo mais avançado do mundo, onde se gestou a Revolução Industrial. Ao retornar ao Brasil, lutando contra uma mentalidade escravocrata e rural, iniciou seu império industrial. Veja-se alguns de seus feitos: implantação da primeira ferrovia brasileira, a estrada de ferro do Rio de Janeiro. Pioneiro na exploração do rio Amazonas e afluentes, bem como no Rio Grande do Sul, em barcos a vapor, a iluminação pública a gás do Rio de Janeiro, a criação do primeiro Banco do Brasil e a instalação do cabo submarino entre a América do Sul e Europa.

No auge de seu império, controlava 17 empresas localizadas em seis países (Brasil, Uruguai, Argentina, Inglaterra, França e Estados Unidos). Sua fortuna, em 1867, de 115 mil contos de réis, ultrapassava o orçamento do próprio Império, de 97 mil contos de réis.

Detalhe: se atualizarmos a fortuna desse empreendedor para os dias de hoje, chegaremos à espantosa cifra de 60 bilhões de dólares. Tratava-se de um verdadeiro Bill Gates do Império.
Falemos agora do segundo empreendedor. Abandonou o curso de engenharia metalúrgica, na Alemanha, com o intuito de se tornar um homem rico no Brasil. Sonho sonhado, iniciou sua trajetória comercializando ouro de uma pequena mina de sua propriedade para os centros mais dinâmicos do país e, posteriormente, para o exterior. Ganhou dinheiro e montou empreendimentos no Canadá. Faliu.

De volta ao Brasil, concentrou seus negócios no país. A volta por cima veio com a providencial ajuda do capitalismo de Estado brasileiro que sempre irriga de boa vontade quem financia campanhas políticas dos donos do poder. Fomentado pelo BNDES e outras fontes, vieram empreendimentos que revigoraram os negócios de Eike Batista. A termoelétrica do Ceará (conhecida por termoluma, em alusão a então esposa do empresário, Luma de Oliveira). A venda de uma mineradora para a poderosa Anglo, foi outro negócio da China. Detalhe: como não produziu minério suficiente, deu um prejuízo de mais de 4 bilhões de dólares para a empresa britânica, com isso, custando a cabeça da principal executiva do grupo.

Bons negócios foram o combustível que deu origem a inúmeras empresas que se agruparam na sugestiva letra multiplicadora X— OGX (Petróleo), LLX (logística), MMX (mineração), etc. O empreendedor de que vos falo tem um talento inegável para vender riquezas, mesmo que estas ainda não tivessem sido geradas.

Do otimismo exagerado aliado à euforia de um país com PIB crescente contribuíam para a valorização das ações desse empresário. Chegou ele a tornar-se o sétimo homem mais rico do mundo, com fortuna estipulada em 27 bilhões de dólares.

Certamente, ele não teria conseguido acumular tamanha fortuna se a regulação de capitais no Brasil não fosse tão frágil como se mostrou ser. O resultado dessas falhas acumuladas ao capitalismo, de laços em torno das instituições de fomento ao desenvolvimento, levou o mundo X por água abaixo no momento em que as projeções, tão apregoadas empreendedor, mostraram a verdade dos fatos. O petróleo prometido simplesmente não existia. Resultado: a partir daí, o império X desmoronou, assim, começando o inferno astral de seu fundador.

Irineu Evangelista de Souza, o Barão de Mauá, é o primeiro personagem; Eike Batista, o segundo. Ambos com o discurso em torno do empreendedorismo, mas com práticas completamente diferentes um do outro, a começar da origem.

O Barão de Mauá saiu da pobreza. Fez-se absolutamente sozinho. Eike Batista, admita ele ou não, sempre, teve a ajuda do pai nos momentos decisivos (a jornalista Malu Gaspar nos conta detalhadamente esses fatos no livro que escreveu a respeito do mundo X. Leia-se: “Tudo ou Nada”).

Mauá gerou empreendimentos que produziram não só riquezas que impulsionaram a débil economia do Segundo Reinado, mas de grande parte da América do Sul. Eike gerou sonhos em Power Points que capitaneava investidores externos em um período que estes acreditavam na pujança do país. O Barão não contou com as benesses do Estado. Ao contrário: contou, sim, foi com os ciúmes de uma classe rural retrógrada, de uma economia que lucrava com o tráfico de escravos. Além disso, o imperador, um tanto quanto conservador, não comungava do mesmo espírito dinâmico do empreendedor. E, então, quem esteve imbuído do verdadeiro espírito empreendedor - o Barão de Mauá ou Eike Batista? Sem dúvidas, fico com o espírito empreendedor de Irineu Evangelista de Souza. E você?

Oferecimento:

Vale da Eletrônica promove Feira Estadual de Ciências e Tecnologia

A Escola Técnica de Eletrônica “Francisco Moreira da Costa” de Santa Rita do Sapucaí irá promover, dos dias 7 a 9 de outubro de 2015, a primeira edição da FECETE – a Feira Estadual de Ciências e Tecnologia. 

Voltada aos alunos de 8º, 9º ano, médio e ensino técnico, a feira deverá receber participantes de todo o estado de Minas Gerais, no campus da ETE FMC, em Santa Rita do Sapucaí, sul do Estado.

Conhecida como o Vale da Eletrônica, a cidade sedia a ETE FMC: primeira escola de eletrônica da América Latina e sétima do mundo. O evento acontecerá simultaneamente à sua tradicional Feira de Projetos Futuristas (Projete), que chega à trigésima quinta edição, com cerca de 200 invenções anuais. A experiência bem sucedida na realização de sua Feira interna inspirou a criação da FECETE, que será capaz de atingir e beneficiar estudantes de outros municípios do estado.

O objetivo do evento é promover o intercâmbio de conhecimento entre alunos que integram as redes pública e privada, incentivar a pesquisa científica e divulgar novas tecnologias. Os projetos inscritos deverão ser submetidos à análise de uma comissão julgadora e os vencedores receberão prêmios e certificados.

Os interessados em participar da FECETE devem acessar o site da escola (etefmc.com.br) até o dia 20 de junho e realizar a inscrição de seus trabalhos. A divulgação dos selecionados, em primeira prévia, acontecerá no dia 5 da agosto.

A FECETE oferecerá hospedagem e transporte (trajeto entre sua cidade e Santa Rita do Sapucaí) gratuitos para parte dos estudantes. Os interessados devem realizar a solicitação, no momento da inscrição. A comissão organizadora da FECETE analisará os pedidos e os contemplados serão comunicados, juntamente com a lista de trabalhos selecionados para participação na feira.

ETE FMC – Desde sua fundação em 1959, a ETE FMC (www.etefmc.com.br), da Rede Jesuíta de Educação, passou a ser referência em educação por abrigar a primeira escola de eletrônica de nível médio da América Latina e a sétima no mundo, que atrai estudantes de todo o País. Com cerca de 750 alunos, nos períodos diurno e noturno, oferece os cursos de Automação Industrial, Telecomunicações e Equipamentos Biomédicos, além de Ensino Médio. A região é conhecida como o “Vale da Eletrônica” - referência ao Vale do Silício na Califórnia (EUA) - de onde muitos produtos e sistemas tecnológicos inovadores são lançados para o mercado nacional e internacional. Boa parte deles nasce dentro da escola.

Serviço:

O que: FECETE – Feria Estadual de Ciências e Tecnologia
Quando: Dias 7 a 9 de outubro
Onde: Campus ETE FMC – Av. Sinhá Moreira, 350 - Centro - Santa Rita do Sapucaí/MG Entrada Gratuita

quarta-feira, 15 de abril de 2015

Maratona de uma triatleta (Tainá Desidério)

Iniciei a grande jornada maluca de uma Triatleta, na quarta à noite, quando peguei o último ônibus  para São Paulo, às 18h30min, onde embarcaria em um avião rumo a Fortaleza, na manhã da quinta feira. A loucura começou quando eu fiquei parte da noite e a madrugada toda no aeroporto de Guarulhos, sentada, caindo de sono, mas morrendo de medo de dormir e perder a hora. Peguei o voo as 6h45min e, antes do almoço, já estava em Fortaleza. 
Como uma boa mineira de Santa Rita do Sapucaí, cheguei a Fortaleza de casaco e “geral” já estava me olhando, poxa! Lá dentro do aeroporto estava frio, até a porta automática se abrir e vir aquele mormaço que parecia uma bola em chamas chegando perto de mim.  

Ao sair de dentro do aeroporto eu já senti o drama de estar no nordeste. Aquele calor parecia consumir todas as minhas energias de uma vez só. 

Descansei bem e fui me preparando para a prova que seria no sábado de manhã, na Praia do Cumbuco. 

Chegado o dia, a hora e o instante , foi dada a largada às 7h15min de sábado, debaixo de um sol de 35 graus, que estava fritando qualquer atleta ali presente . 

Finalizei os 3km de natação super bem colocada e saí para o ciclismo, confiante, quando o clima quente, o mormaço insuportável e minha falta de preparação para aquele tipo de prova, me fizeram quebrar e não ter mais condições de fazer a prova da maneira que eu havia treinado para fazer e esperava conseguir.

A partir do km 15 dos 80 a serem realizados, meu foco deixou de ser o meu tempo a ser melhorado e passou a ser ir, mesmo sem forças,  contra o tempo de corte pra não ser desclassificada . 

Após finalizar os 80km do ciclismo, meu corpo já não tinha mais forças e condições para correr mais 20km, mas eu sabia que, de alguma forma, eu aguentaria. E fui, mesmo com dor, chorando e acabada. Finalizei a prova pouco menos de 1h do tempo de corte com mais de 7h diretas competindo e fui vice-campeã brasileira de Triathlon longa distância, após todo sofrimento que, no fim, não passou de uma barreira derrubada que fez tudo ali valer a pena. Eu estava cercada de pessoas maravilhosas, atletas que vibravam uns com os outros, davam todo o incentivo e acreditavam uns nos outros.  

Horas após a prova, lá estava eu no aeroporto de Fortaleza-CE, pronta pra me despedir do Ceará e seguir rumo a São Paulo, onde iria de carro, até Santos para, no domingo, competir na primeira etapa do Troféu Brasil de Triathlon, prova que está completando 25 anos de muita tradição e, sem sombra de dúvidas, tem a melhor organização quando se fala em provas de Triathlon no Brasil. 

A prova em Santos foi tranquila. Cheguei já sabendo que não poderia fazer muita força para não me machucar, visto que meu corpo já estava cansado e sobrecarregado da prova no dia anterior . 

Fiz a prova com tranquilidade e finalizei dentro do esperado, sendo campeã da minha categoria com um tempo razoavelmente bom pra uma atleta cansada. 

Essa foi, sem dúvidas, a maior loucura e a mais gostosa de se fazer! Me desafiei ao máximo e cheguei ao limite do meu corpo e da minha mente.

Esses serão grandes ensinamentos que carregarei comigo para sempre e que não teriam acontecido se não fosse a ajuda de todos que contribuíram com a minha “Vakinha online” que teve super apoio e força da Manu que me ajudou a dar início nela; a NA SPORTS (Núbio Almeida) pelo apoio e confiança de sempre; ao SINDIVAS (Alessandra e Dona Rosângela); ao Carlos Romero que me ajudou a desenvolver o logotipo para as canecas; ao Rei das Canecas pelo apoio; Mattos Calçados; ao Devanil Carvalho meu super amigo; aos meus familiares que sempre me apoiaram; ao Lira; Jucélia e ao pequeno Levi; família linda e carinhosa que me recebeu em sua casa em Fortaleza cuidando de mim como se fossem meus pais, que mudaram a rotina do dia a dia para me acompanhar sem deixar que me faltasse absolutamente nada e a todos que enviaram mensagens, que fizeram suas orações e mandaram energias positivas. Com um trabalho em equipe assim, não tem como dar errado! Muito obrigada a todos pela torcida e pela força e “vamo que vamo” porque o ano está só começando. 

Oferecimento:

terça-feira, 14 de abril de 2015

O carteiro e o beijo (Por Ivon Luiz Pinto)

Foi numa época em que a cidade era pequena, tão pequena que a gente conhecia todo mundo e as ruas tinham apelido: rua do Zé da Silva, rua do Queima, rua da palha, rua da Cadeia . O  Correio, além da correspondência escrita, oferecia também  o serviço de telégrafos e, por isso, a empresa se chamava Correios e Telégrafos. A cidade era tão pequena que nas cartas e objetos que vinham não precisava constar o endereço da pessoa, bastava o nome e o carteiro já sabia quem era. Às vezes, até pelo apelido a carta chegava ao destinatário. Eram poucas as correspondências, e logo que terminavam o trabalho, os carteiros ficavam livres para exercer outras atividades. A correspondência chegava pelo trem de ferro, a RMV, Rede Mineira de Viação, e, nele, existia um vagão especial, logo após a locomotiva. Esse vagão  era repartido ao meio e na parte voltada para os vagões de passageiros ficava o escritório do Chefe do trem que recolhia os bilhetes dos passageiros e os perfurava com uma maquina  própria. Quem não tivesse o bilhete era despejado do trem. No outro lado estava o compartimento dos Correios  que continha  a correspondência, separada por cidades. A correspondência  era acompanhada pelo estafeta, oficial dos Correios, em uniforme cáqui, que a entregava sob recibo, ao Chefe carteiro da cidade, quando chegasse na estação. Em época de eleição os votos eram conduzidos nesse vagão que, por isso, ficava sob escolta policial e, nesses casos, a correspondência normal era entregue sob vigilância. Muitas vezes a gente esperava o trem chegar e indagava do estafeta se tinha alguma carta pra gente. Lógico que ele nada dizia.
Nas diferentes épocas da história postal brasileira o carteiro já foi tropeiro, estafeta, carregador de mala postal e inspetor de serviço postal, sendo cada um reflexo de seu tempo.
A estação de trem desta cidade se chamava Afonso Pena. Eu pegava o trem de madrugada, 4 horas, e chegava a Itajubá às 6. O trem vinha de Sapucaí com destino a Soledade de Minas, onde chegava por volta de meio dia, tendo percorrido 21 estações. A parada em Piranguinho era famosa por causa dos pés de moleque que alguém vinha vender  dentro do trem.

Quando eu estudava em Alfenas, todo santo dia escrevia uma carta para a Rita e ela, da mesma forma, me escrevia. Uma carta por dia! E tenho todas guardadas. Meus colegas brincavam dizendo que desse jeito ela casaria com o carteiro. Mas eu não tinha medo. O carteiro era o Américo Garcia que só pensava em cerveja. Há poucos anos o carteiro amigo era o JUCA. Minhas filhas esperavam ansiosas a sua chegada para receber carta de namorado. O JUCA tem muita história para contar sobre este povo. Mas quero lembrar um  outro carteiro, dos tempos antigos.

Havia, nesta cidade, um carteiro muito conhecido e amigo de todos  que era o Francisco Garcia ou  Chiquinho  Garcia  e que era mais conhecido por Chiquinho Carteiro. Homem bom, que gostava de caçar passarinho. Naquela época isso não era proibido e a gente o encontrava com gaiola e alçapão, pelos terrenos vagos à procura de suas presas. Gostava  muito de canarinho e pintassilgo e, por causa deles, ia até pelas roças a caçar. Ele entendia do assunto e sabia, só de olhar, se o passarinho era bom cantador ou se era de canto fraco. Ele andava demais, muito mesmo e, frequentemente, era encontrado calçando sapatos de cores e modelos diferentes: num pé  um tipo de calçado e, no outro, um calçado diferente.  Era a pressa de sair para caminhar como  carteiro ou como passarinheiro. 

Muitas são as histórias desse homem como carteiro e como passarinheiro. Todas elas interessantes. Certo dia, ele estava entregando cartas indo da rua da ponte até a Afonso Pena, nome que se dava ao bairro além da ponte metálica, onde tinha a estação de trem. Na frente dele estava um casal de namorados que se escondia nos desvão das portas para trocar beijos. Coisa muito rara numa época em que nem se podia pegar na mão da garota. Eu só fui pegar na mão de minha esposa quando já estávamos noivos. O carteiro observava o enlevo dos dois com bastante interesse e foi caminhando e olhando, olhando e caminhando. A cena não lhe saía da cabeça.  Quando chegou numa casa no bairro Afonso Pena, ele bateu palmas e fez o anúncio de que era o carteiro. A dona da casa abriu a porta e o Chiquinho entregou a carta dizendo: um beijo. Teve problemas para explicar o erro.

Oferecimento: Zomng