sexta-feira, 30 de agosto de 2013

EPTV: MP apura denúncia de reformas irregulares em Santa Rita do Sapucaí

Conselho do Patrimônio Histórico questiona demolições na rede ferroviária
Moradores teriam reformado imóveis que pertencem a empresa ferroviária (Foto: Reprodução EPTV)
O Ministério Público de Pouso Alegre(MG) vai apurar a denúncia do Conselho Patrimônio Histórico e Cultural de Santa Rita do Sapucaí (MG) contra moradores que demoliram e reformaram casas que pertenceriam à Rede Ferroviária Federal Sociedade Anônima na cidade.
De acordo com a presidente do Conselho do Patrimônio Histórico e Cultural (Compac), Jéssica Alcione Ribeiro, os moradores não podem fazer intervenções nos imóveis, que são protegidos pelo valor histórico. “O conselho tem a ação de preservar o patrimônio do município. Vamos entrar com uma ação para impedir que novas intervenções sejam feitas”, disse.
Os moradores dizem que têm autorização para as obras, mas a informação é contestada pelo conselho, já que parte da história da rede ferroviária fica no bairro, onde há mais de 100 anos abrigava a estação de trem. Os imóveis foram construídos para abrigar funcionários da Rede Ferroviária.

Segundo o lavrador Alaor Dádive dos Santos, poucas casas estão ocupadas e depois da demolição da estação ferroviária, nenhum responsável pela Rede Ferroviária esteve no bairro. “Aqui está cheio de mato e tudo desativado. Ninguém apareceu por aqui”, contou.
Com o ‘abandono’ do local, alguns moradores fizeram mudanças nos imóveis, mas garantem que tiveram autorização para as reformas, como foi o caso do aposentado José Ferreira, que ainda contesta a precariedade das casas.  “Recentemente eu troquei o telhado e as janelas já que a construção é antiga e poderia desabar, cair em cima de uma criança e aí, como ficaria? Se existe alguém que toma conta, faz muito tempo que não aparece para resolver nada”, destacou.

Assim como ele, o jardineiro Nilton Ferreira também fez intervenções no imóvel onde mora. A casa pertence à família dele. “Parte do imóvel caiu sozinha por ser antiga e a outra parte eu vou melhorar. Fiz um investimento de R$ 12 mil e tenho a ordem de um engenheiro para fazer as obras. A orientação é que as intervenções respeitassem o projeto original e eu sigo isso”, pontuou.

O Departamento Nacional de Infraestrutura Terrestre (Dnit) foi procurado e questionado sobre a autorização de demolição das casas. A assessoria de imprensa do órgão destacou que não conseguiu a informação já que os servidores em Brasília (DF) estão em greve.

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