Nas três maiores cidades da região - Poços de Caldas, Pouso Alegre e Varginha - o preço varia entre R$ 40 e R$ 37. Mesmo assim, em Santa Rita do Sapucaí o valor ainda é R$ 9 mais barato. Com o preço mais em conta, até pessoas de outras cidades compram o gás no município. A administradora de empresas Lucia Viana Ribeiro é de Pouso Alegre e foi a Santa Rita do Sapucaí para levar um botijão para ela e outro para a mãe.
“O preço está mais em conta do que em outras cidades daqui da região então vale a pena”, admite.
Bom para o cliente, mas ruim para os comerciantes. Quem cobra o preço médio da região reclama que não esta vendendo e quem vende mais barato não consegue ter uma boa margem de lucro.
“Há um ano nós vendemos a R$ 40. Nossa despesa já é grande e não tem como baixar o preço”, afirma Andressa Oliveira da Silva, que é dona de uma revenda de gás.
De acordo com a assessoria da prefeitura de Santa Rita do Sapucaí, todos os depósitos visitados na reportagem têm o alvará de funcionamento, que é concedido após vistoria e liberação do Corpo de Bombeiros. Se os depósitos estão regularizados, nenhuma fiscalização é feita.
Segundo a Agência Nacional do Petróleo (ANP), a prática de preço do gás de cozinha nos depósitos é livre. Ainda de acordo com o órgão, é importante verificar se os botijões estão com o peso ideal, lacrados, com selo de qualidade e segurança no lacre.
O promotor de Justiça Francisco Eugênio Coutinho disse que já pediu para a Polícia Civil investigar se há alguma irregularidade nos depósitos que estão vendendo o botijão de gás abaixo da média.