Nayara Andery
Uma senhora, moradora de Pouso Alegre, permanece na rodoviária de Santa Rita do Sapucaí há mais de uma semana. A Guarda Municipal e a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social tem a identificação da mulher. A Secretaria fez o atendimento e localizou a família dela, que mora também em Pouso Alegre. Segundo testemunhas, a senhora sempre retorna para a rodoviária, pois não deseja voltar para casa no momento.
O comerciante, Vicente Pereira, que possui um estabelecimento comercial na rodoviária, conta que a mulher está no local há cerca de três semanas. "Eu só sei que ela fica de manhã e a noite. Deve fazer mais ou menos umas três semanas já. Ela fica aqui na rodoviária, mas não dorme aqui. Ela deve dormir na rua. Uma hora ela fala que é de Itajubá, outra hora ela fala que é de Pouso Alegre... ela não fala certa.", diz Pereira.
A Secretária Interina de Desenvolvimento Social de Santa Rita, Aline Ferreira, afirma que os familiares da mulher foram localizados e os assistentes sociais aguardam que eles possam cuidar dela. "Apareceu uma senhora, o Serviço Social fez o atendimento com ela, localizou a família, pediu para a família vir ao município procurá-la mas, até o momento, a família não procurou o setor social. Todo o trabalho de acolhimento, de busca da família foi feito, aí vai depender da família estar compartilhando com a gente também, para estar ajudando".
Aline destaca que a família é responsável pelo bem-estar e cuidados de pessoas que saem de casa ou que se tornam dependentes químicas. "Porque um parente, um amigo, um irmão, é responsável pela pessoa. Então, tem que vir buscar, se ela tem problema de alcoolismo, qualquer problema de saúde, a família tem que se prontificar. A gente faz todo o contato, quando tem passagem a gente pode estar cedendo, mas a família é a principal responsável", esclarece.
O atendimento a pessoas que estão nas ruas do município é feito pela Secretaria de Desenvolvimento Social, que "faz o acolhimento, a triagem, vê se precisa de documento, tem cadastro... Para quem quer sair do município é cedida passagem, dado albergue, mas depende do morador querer ser ajudado", fala Aline.
A secretaria interina ainda destaca que o auxílio à pessoa que tem deficiência mental ou dependência química só é possível mediante a autorização da pessoa a ser tratada. "Primeiramente ela precisa aceitar o tratamento. Então, se ela aceitar, a gente tem o CAPS (Centro de Atenção Psicossocial) que dá suporte nisso e acionamos a família também para estar ajudando". Em casos de interdição judicial da pessoa, a família ou poder público pode direcioná-la para o tratamento de forma obrigatória.
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