quarta-feira, 6 de junho de 2012

Como surgiu a Sociedade de Assistência aos Pobres (Asilo) - Parte 1

No início, o local onde se tornaria um dos Asilos mais bem cuidados do país era formado apenas por uma rua de casinhas feitas para abrigar os pobres da cidade. A iniciativa, promovida por um grupo de maçons e espíritas, recebeu o nome de Liga Filantrópica, mas ainda não oferecia um acompanhamento das necessidades básicas dos assistidos. Naquela época, era comum ver diversos pobres que ocupavam aquele espaço pedindo esmola nas ruas da cidade, como forma de sobrevivência.

Por volta de 1940, ao perceber que os idosos estavam passando por sérias restrições, o então Presidente dos Vicentinos – Vítor de Souza Pinto - publicou no jornal local um artigo protestando contra a situação daquelas pessoas e uma reunião foi agendada como tentativa de solucionar o problema. Através dessa nova união, o senhor Vítor foi eleito presidente e o senhor Pedro Andare tornou-se vice. Para o cargo de tesoureiro, foi designado o Senhor Otávio Mendes.
Com a união, espíritas, maçons e católicos atuaram pelo bem estar dos menos favorecidos e grandes melho-rias foram criadas. O recinto ganhou muros, os assistidos passaram a receber mercadorias vindas do mercado a cada 15 dias e diversos santarritenses começaram a cuidar da manutenção. Nessa mesma época, foi criado um estatuto para registro da entidade com o nome de “Liga Filantrópica Santarritense”.

Em 1944, o então presidente Cel. Francisco Moreira da Costa, juntamente com o Secretário e o Tesoureiro, João Luiz Vilela, fizeram um movimento em prol da construção de dois pavilhões, sendo um para os homens e outro para as mulheres. Em seguida, construíram um refeitório, uma capela e residências para a vinda das Irmãs que deveriam dirigir o movimento interno da entidade. Boa parte dessa obra foi concretizada através das ações do extinto Banco da Lavoura, ofertadas por Francisco Moreira.

Dois anos depois, os dois pavilhões internos foram inaugurados. Nessa ocasião, foi solicitado à Superiora que designasse 4 Irmãs da Providência para cuidar dos idosos e chegaram a Santa Rita as Irmãs Maria S. Gevais, Maria Alberta, Maria Sílvia e Maria Luzia.

De 1948 a 1960, durante a gestão da Irmã Maria do Rosário, Dona Sinhá Moreira reformou, por conta própria, as casinhas da vila e comprou todos os utensílios e materiais necessários, além de instalar água e esgoto, reformar o jardim e dar nova pintura ao prédio. Coube também a ela, comprar um mobiliário novo e construir uma nova capela.
Em 1956, foi eleito para a Presidência da Entidade o Sr. Delfim Moreira, que demonstrou grande dedicação para o bom andamento da obra. Uma de suas grandes contribuições foi fazer com que os idosos tivessem acesso à alimentação, todos os dias do ano.

Em 1970, o Sr. José Palma Rennó, em visita à entidade, ficou penalizado ao ver os velhinhos tão mal acomodados e decidiu promover uma grande reforma no local. Tal reformulação colocou quase todos os prédios abaixo, reconstruindo-os da maneira como os conhecemos hoje. As obras só chegaram ao fim três anos depois, quando deixaram tudo completamente novo e em perfeitas condições. No dia 8 de maio de 1973, era feita a reinauguração do recinto, ocasião em que também foram comemoradas as Bodas de Ouro do benfeitor. Poucos dias depois, José Palma Rennó faleceu de forma repentina, mas sua obra ainda permanece para conforto de dezenas de pessoas.
No ano de 1974, um problema de saúde obrigou o então presidente – Delfim Rennó Moreira – a deixar a liderança da Entidade e foi, então, substituído pelo senhor José Portugal Rennó.
No ano seguinte, através do se-nhor Bento Nassar, a Irmã São Martinho, diretora interna da Instituição, tomou conhecimento de que o INPS iria firmar um convênio com diversas entidades de assistência aos idosos e iniciou os trabalhos para conseguir os benefícios. Através da colaboração dos senhores Pedro Carlos da Costa e do Senhor Bento Nassar, todos os documentos foram levantados e encaminhados para Belo Horizonte, onde seriam avaliados. Por várias vezes, o senhor Fábio Rennó Mendes emprestou seu veículo e motorista para que tudo corresse bem. O provedor da entidade, Joaquim Domingos Simões, também esteve em Belo Horizonte diversas vezes até que os resultados contemplassem a Associação. No dia 27 de junho de 1976, o convênio foi – enfim - firmado pelo então secretário, Luiz Gonzaga Vilela.

Em 1979, o Sr. José Portugal  Rennó deixou a presidência e foi substituído pelo senhor Francisco Moreira da Costa Neto. Naquele mesmo ano, deu-se início a construção de um salão de recreação e artesanato, além de uma carpintaria para execução de serviços internos. As obras foram concluídas três anos depois e a inauguração dessas construções foi feita através de uma missa celebrada pelo Cônego José Carneiro Pinto, com a presença da diretoria, das irmãs e de diversos membros da comunidade. Após a vinda da Irmã Eudoxia, na época da inauguração dos novos prédios, a irmã tomou a frente na produção de artesanato e uma série de trabalhos passaram a ser produzidos pelos idosos.

Em 1982, foi a vez da Irmã Anselmo assumir o cargo de Diretora Interna. Neste ano, foi possível promover uma série de melhorias no ambiente, como a criação da enfermaria, aquisição de camas, torpedos de oxigênio, aspiradores de secreção, colchões de napa e um carrinho térmico para refeição. Naquele mesmo período, foi feita uma reforma completa da Escola Joaquim Inácio, de propriedade do Asilo.
Ao assumir a direção interna, em 1984, Irmã Iolanda colaborou na modificação geral da rede elétrica e deu início à reforma da lavanderia. Após o término dessas obras, diversos equipamentos foram adquiridos. Nessa época, os problemas de abastecimento de água também foram resolvidos através da criação de um sistema de captação dentro do pró-prio recinto.

Com a saída de Francisco Moreira da Costa Neto da Presidência, em 1999, o cargo foi assumido por Jésus de Paiva (Nequinho), que permaneceu por 4 anos à frente da entidade. Nesse período, dentre ou-tras obras, foi realizado o serviço de drenagem e teve início a construção de um galpão de eventos que teria prosseguimento na gestão seguinte.

O penúltimo presidente, Marcos Goulart Vilela, permaneceu no cargo por 8 anos e priorizou uma série de reformas e construções. Tal gestão realizou a adequação das instalações e serviços às novas exigências da ANVISA. Além dessa iniciativa, foi erigido um galpão de eventos, todas as casas dos idosos passaram por reformas, foi construída uma casa para sediar o bazar, dentre outras obras fundamentais para a manutenção e desenvolvimento da Sociedade.

Esta história continua...

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