quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Os primórdios da Escola Normal Oficial

Excelência que vem de longe

Santa Rita do Sapucaí é muito conhecida por sua excelência em ensino e pesquisa. Grande parte de nossa economia está ligada à produção intelectual e ao alto níveis dos profissionais aqui formados. O que muita gente não sabe é que esta tradição educacional vem de longe e começou, na primeira metade do século XX, com as nossas mais antigas escolas.
O início da Escola Normal

A Escola Normal de Segundo Grau foi criada em 1913, pelos mesmos idealizadores do Instituto Moderno de Educação e Ensino (IMEE). O nascimento das duas intituições aconteceu através da evolução de um estabelecimento de ensino chamado “Colégio Santa Rita”, fundado um ano antes por grandes santarritenses. Aquela iniciativa revolucionária, idealizada por Antônio de Assis Longuinho, Joaquim Inácio, José Mendes e Cilencina Teles, foi impulsionada pela inteligência de Leopoldo de Luna e do professor José Raposo de Lima, criando um divisor de águas para a economia e a cultura local. Naquele mesmo ano, chegava a Santa Rita um dos nossos mais importantes professores: João de Camargo. Com um time de tão elevado gabarito, o projeto não demorou a decolar.
No início, o Colégio Santa Rita oferecia aulas, tanto aos rapazes quanto às moças - em um único estabelecimento - mas em períodos separados. O curso primário acontecia no prédio da “Escolinha de Fátima”, localizado à rua 15 de novembro (atual rua Antônio Moreira da Costa) e os cursos fundamental e normal eram realizados na Quintino Bocaiuva. O Instituto Moderno de Educação e Ensino (IMEE) oferecia aulas aos rapazes e a Escola Normal às moças. Enquanto isso, tinha início a construção de um novo estabelecimento, que contou com um grande apoio da população santarritense e da Câmara Municipal.
Até 1920, a direção da Escola Normal ficou a cargo de João de Camargo. Com a mudança do ilustre professor para o Rio de Janeiro, a instituição passou a ser administrada por personagens conhecidos da época como: Francisco Lentz, Eduardo Ferreira Dias e Francisco Falcão.
A construção do prédio

No dia 15 de novembro de 1924, o prédio da Escola Normal ficou definitivamente pronto. No térreo, funcionavam os cursos primário e fundamental. No segundo andar, encontrava-se o auditório, com fotos de todas as alunas formadas desde 1916, além de biblioteca, secretaria, salas de aula, residência dos diretores, despensa, cozinha e sanitários. Já no terceiro andar, ficavam os dormitórios, as salas de aula, rouparia, enfermaria e capela.
Sucessivas mudanças

Em 1925, a Escola Normal foi desmembrada do Instituto Moderno de Educação. No ano seguinte, com o número crescente de alunas matriculadas, a diretoria trancou suas matrículas para internato. Em 1928, o governo do estado oficializou a instituição. Dois anos depois, ocasião em que cerca de 200 moças já haviam sido diplomadas desde a fundação da escola, uma nova autorização do Estado fez com que a instituição passasse a oferecer também o segundo grau. Desde então, passou a ser denominada “Escola Normal Oficial de Segundo Grau” e implantou o “Curso de Aplicação para Professores de 2º grau.
Com as mudanças das tendências no ensino, as classes passaram a ser mistas, a instituição passou a ofe-recer também o curso de magistério e uma de suas alunas mais especiais passou a denominar esta tradicional instituição. No dia 31 de dezembro de 1968, o estabelecimento teve seu nome modificado para “Escola Normal Sinhá Moreira”. O título definitivo “Escola Estadual Sinhá Moreira” só foi oficializado no dia 8 de maio de 1974, mas sua imponência faria dele um marco para as futuras gerações.
(Carlos Romero Carneiro)

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