quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Jefferson Mendes afirma que ex-prefeito agiu de forma má intencionada

Há algumas semanas, me dirigi para a prefeitura para saber como estava a situação da administração pública municipal. Como havia agendado dias antes, adentrei o gabinete do prefeito Jefferson Gonçalves Mendes, juntamente com dois de seus colaboradores, além de um fornecedor que esperava receber uma nota no valor de 105 mil Reais, cujo vencimento da primeira parcela, datava de agosto do ano anterior.
Ao receber o representante da empresa Delft, que venceu a licitação para fornecimento de asfalto, o novo prefeito já nos apresentou uma longa lista de contas não pagas da administração anterior: “A partir de março de 2012 o Paulinho não pagou mais nada! Ele fez tudo de caso pensado para deixar a cidade quebrada no final de sua gestão.” – afirmava Jefferson.

Realmente, ao analisarmos as contas espalhadas em cima da mesa do prefeito, foi possível perceber que a situação não era brincadeira. Água, energia elétrica, telefone – estava tudo atrasado, desde o ano anterior. Do início de março até o dia 27 de dezembro, centenas de mercadorias parecem ter sido adquiridas sem a menor preocupação com as condições do município em honrar as dívidas:

“Paulinho da Cirvale foi capaz de comprar 3 lousas eletrônicas de 28 mil Reais que nem nas maiores faculdades do país você encontra! Eu já falei para o fornecedor: pode pegar tudo de volta que eu não tenho condições de pagar. Nem faculdades como Inatel e Mackenzie têm igual.”

Enquanto negociava com o representante da empresa fornecedora de asfalto, entra no gabinete o Secretário da Fazenda, Luiz Antônio Magalhães, com uma nova notícia. O prefeito anterior não havia deixado dinheiro para pagar os empréstimos feitos por funcionários da Prefeitura no Banco Santander e que foram descontados em suas folhas de pagamento (empréstimo consignado).

Ao final da conversa com o fornecedor da Delft, Jeffinho pediu para que ele desse um desconto de 5 mil Reais na dívida, dividisse tudo em 4 vezes e desse 3 caminhões de asfalto como forma de promover uma operação tapa-buracos, após o período das chuvas. 

“Todos os lugares onde não poderia haver dívidas ele deixou. A cidade está cheia de buracos e não podemos consertar imediatamente porque ele deixou dívidas com o fornecedor. Antes de ser prefeito, ele sempre ia à rádio para dizer que o calçamento da cidade não prestava. No final do seu mandato, o único asfalto que ele fez, deixou sem pagar.” – afirma Jefferson.

Ao perguntarmos como pretende quitar todas aquelas dívidas com os fornecedores, que chegam a mais de 3 milhões de Reais, o novo prefeito afirmou que, primeiro, acertará as contas com os pequenos credores. Em seguida, pagará os prestadores de serviços essenciais, para só depois quitar as dívidas com o restante das empresas.

“Só de ticket dos funcionários, o Paulinho deixou mais de 100 mil em dívidas! Se a empresa fornecedora deixar de oferecer o serviço, os funcionários ficarão sem o benefício.”

Para amenizar os prejuízos deixados pela administração passada, Jefferson afirma que exonerou 50 dos 85 funcionários que trabalhavam no Paço Municipal, que tem mantido diversos profissionais com acúmulo de função e que tem economizado ao máximo para saldar as dívidas, até junho deste ano. “Celular, cada um paga o seu. Gasolina, só para a ambulância. É preciso levar com mãos de ferro se quisermos quitar as dívidas.”

Uma das iniciativas para contenção de despesas, foi cortar os recursos destinados ao carnaval, o que mereceu grande espaço na mídia, nos últimos dias: “A gente faz carnaval quando tem dinheiro. Se não existe verba nem para comprar o básico, não há condições para fazer festa. No ano que vem, tudo estará normalizado. 

Para salientar a forma com que Paulinho administrou a cidade, Jeffinho afirmou que o ex-prefeito foi até Belo Horizonte, no segundo semestre de 2012, e negociou a dívida que deveria ser paga pelo prefeito seguinte:

“O Paulinho financiou uma dívida que não era dele, sem o conhecimento da Câmara de Vereadores e de uma forma que vai liquidar a receita do município. Ele não pensou nos habitantes de Santa Rita do Sapucaí. Da maneira como a negociação foi feita, Santa Rita ficará quebrada por cerca de 10 anos e ele sabia muito bem o que estava fazendo. Só para você ter uma ideia, se em 2014 o aumento da nossa arrecadação está previsto para 10%, ele assumiu que a parcela da dívida terá um acréscimo de 40%! Se esta dívida não for renegociada, uma cidade inteira irá sofrer por conta disso. 

(Por Carlos Romero Carneiro)

Oferecimento: Flávia Prado

Um comentário:

  1. se atrasar conta de água, luz e telefone, as fornecedoras não suspendem o fornecimento???

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