quinta-feira, 17 de maio de 2012

OPINIÃO: AS BARRACAS (E AS IRREGULARIDADES) ESTÃO CHEGANDO

Quando a tradição das barracas teve início, os comerciantes que vinham de outras cidades tinham um perfil bem diferente de hoje. Como ainda não existiam os produtos vindo da  China ou do Paraguai, os barraqueiros vendiam comida, artesanato, fotografias e outras lembranças. 

Com o passar dos anos, a festa aumentou, tomou conta de boa parte das ruas do centro da cidade e passou a atrair turistas de toda a região. Desde então, Santa Rita passou a conviver com o desafio de ver sua população triplicar por alguns dias e muitos transtornos foram gerados, sem perspectivas de solução.

 No dos outros é refresco

Toda vez que passo pelas barracas, eu ouço aquela mistura de sons e de cheiros, aquela sujeira pelo chão e aquelas milhares de pessoas caminhando por ruas estreitas em busca da melhor oferta e penso: "Será que os moradores daquele bairro não se incomodam com isso?" Sim, eles se incomodam. Eles detestam quando chega a festa de Santa Rita. Ainda assim eu reflito: "Se aquela rua é estratégica para o fluxo de veículos, porque as barracas são montadas lá?" Certamente, porque os moradores das ruas centrais não permitiriam que aquela feira fosse armada na porta de suas casas. "Mas se eles não querem as barracas na porta das suas casas, porque iriam querer na porta da casas dos outros?" Este é o grande dilema. 

SUGESTÃO PARA RESOLVER ESTE PROBLEMA: UM LOCAL ADEQUADO PARA COLOCAÇÃO DAS BARRACAS, COM INFRA-ESTRUTURA E SEGURANÇA.

Vista grossa

Nos anos anteriores, soube de muitas irregularidades referentes ao comércio das barraquinhas. Sem água potável, muitos comerciantes pegavam a água suja dos rios para prepararem seus alimentos. Sem um sistema de escoamento dos dejetos, o óleo da fritura ia para o chão e a fedentina permanecia no local um bom tempo depois que eles iam embora. Nisso, me veio uma outra pergunta: "Se a vigilância sanitária cai em cima dos comerciantes pelo fato de, por exemplo, servirem maionese em bisnaga, por que fazem vista grossa aos alimentos vendidos durante a festa?"

SUGESTÃO: QUE A VIGILÂNCIA SANITÁRIA SEJA EFETIVA NA FISCALIZAÇÃO DAS BARRACAS, QUANTO À HIGIENE E RISCOS À SAÚDE.

Concorrência desleal

Outro ponto a ponderar, refere-se à concorrência frente aos comerciantes locais. É preciso dar a mão à palmatória: os produtos vendidos em Santa Rita são bem mais caros. Mas eles não poderiam custar a metade do valor se nossos comerciantes pudessem vender seus produtos sem nota fiscal de compra ou venda, como os ambulantes fazem?

SUGESTÃO: QUE EXISTA UMA SELEÇÃO CRITERIOSA E UMA FISCALIZAÇÃO AOS PRODUTOS COMERCIALIZADOS NA CIDADE. QUE A PREFEITURA USE PARTE DA VERBA ARRECADADA PARA REDUZIR OS PREJUÍZOS DOS COMERCIANTES LOCAIS.

Pulso firme

Meu desejo, é que a prefeitura se posicionasse pelo bem da comunidade e não abrisse mão de uma lei ou outra para satisfazer o gosto popular. Que as autoridades atuassem com justiça diante dos acontecimentos que afligem a sociedade. Não me coloco contra a existência das barracas, mas que isso aconteça de forma organizada, higiênica, dentro da lei e com amparo do poder público.

SUGESTÃO: QUE AS AUTORIDADES DÊEM O EXEMPLO E DEFENDAM OS DIREITOS E INTERESSES DA POPULAÇÃO.

Gostaríamos de ouvir sua opinião sobre o assunto. Participe. Comente.

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