Quem não busca uma vida nova, longe dos problemas, das dificuldades, das desilusões? Quem não sonha em morar num novo Éden? Imagine habitar um mundo onde não precisemos colher exatamente aquilo que plantamos? Que tal desaparecermos para sempre deixando para trás todas as nossas dores? Todos nós, em algum momento de nossas vidas, fomentamos um pensamento desses como, por exemplo, François-Victor. Este homem era um francês de setenta e sete anos, vitimado pela droga “legalmente” aceita e incentivada: o álcool. Desgostoso da vida, ele decidiu por fim às suas dores e desilusões, atirando-se da Torre de François I, em Havre, vindo a despedaçar-se nas pedras. Um espírito desesperado que, depois de procurar a paz e a felicidade em todos os lugares aqui na Terra e não a encontrar, decidiu por termo à sua vida e ir à procura daquele “novo Éden” ou à procura do NADA que extingue para sempre.
Jesus, o Grande modelo deste Planeta, asseverou: “Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei”(Mateus 11,28) .
Fica a pergunta:
Será que não estamos procurando felicidade em locais errados? Onde anda o nosso coração? Não faltará à nossa vida, um pouco mais de confiança em Deus e CORAGEM para colhermos os efeitos daquilo que plantamos?
Não é muito fácil tratar desse assunto, porém é fácil olharmos para nossos irmãos e reconhecermos suas dores e dividir com eles seus fardos. Talvez falte aos nossos irmãos a esperança que muitas das vezes poderia nascer de uma palavra amiga nossa. Estejamos atentos às dores do próximo!
Em 12 de fevereiro de 1963, Allan Kardec, recebeu uma comunicação espontânea de François-Victor, da qual transcrevo um trecho abaixo:
“Tereis piedade de um pobre miserável que passa de há muito por cruéis torturas?! Oh! o vácuo... o espaço..... caio... morro... acudam-me!... Orai, para que eu não veja incessantemente este vácuo debaixo de mim.... Não me conheceis, mas eu sofro tanto... Para que mais provas? Sofro! Não será isso o bastante? Se eu tivesse fome, em vez deste sofrimento mais terrível e aliás imperceptível para vós, não vacilaríeis em aliviar-me com uma migalha de pão. Pois eu vos peço que oreis por mim... Orai por mim”
Independente da crença daquele que me lê, não será o trecho acima um forte alerta para empenharmos todas as nossas energias na luta contra o SUICÍDIO? Como cristãos, não podemos nos tornar surdos ao apelo de François-Victor e de muitos outros: “Orai por mim”. Oremos por eles e por todos os nossos irmãos, oremos também pelas famílias que passaram por essas dores.
Espero ter atingido meu objetivo através deste artigo de alertar sobre os males do suicídio e peço de coração a Deus que estenda a todos os nossos irmãos muita paz e harmonia. Fiquem com Deus!
Quer conversar com Marcelo Souza sobre este ou outros assuntos? Quer desabafar? Envie um email para mick_linus@yahoo.com.br
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