segunda-feira, 11 de janeiro de 2016

A experiência de produzir um livro (Por Ivon Luiz Pinto)

A ideia de fazer um livro sobre a História desta cidade apareceu há muito tempo. Aos poucos, muito devagar como o rastejar de um caracol, ela foi tomando forma, criou substância, alimentou-se das vitaminas necessárias e, por fim, nasceu. Sua geração começou lá pelos anos 70, quando lecionava na E.E. Sinhá Moreira. Frequentemente, pedia que os alunos fizessem pesquisa sobre a pessoa que dava nome à sua rua. Guardo com carinho muitos desses trabalhos e alguns foram expostos no lançamento do livro “Pioneiros Visionários”. Foi a partir dessa experiência que comecei, seriamente, a pesquisar a origem e a vida desta cidade. Muita coisa aconteceu como viagens malucas pelo interior do município e por outras cidades, algumas próximas e outras distantes. Vinte ou trinta anos depois, dois ex-alunos e grandes amigos, se mostraram entusiasmados pela pesquisa histórica e vasculharam arquivos e bibliotecas em busca da verdade sobre esta terra. Em meu livro tem muita participação destes dois, Carlos Romero e Neco Torquato. Minha família colocou fogo no estopim dizendo que eu não poderia guardar tanta informação só para mim, não oferecendo ao povo oportunidade de conhecer tanta beleza. Aceitei o desafio e construí o livro. A Casa da Festa, José Carneiro Pinto, do Salão D. João Bergese estava repleta, na noite de 11 de dezembro, com amigos, colegas e ex-alunos, que ouviram uma História que começa com a exploração do ouro e a formação do Sul de Minas. A procura do ouro trouxe pessoas para o leito do Mandu e, depois, para o Sapucaí. Aos poucos, foram chegando famílias e se apossando da terra, estabelecendo propriedades e fazendo plantações. Depois, veio o manejo do gado e, mais tarde, o café.

Quando a família de Manoel da Fonseca chegou nesta parte da Mantiqueira, encontrou “uma razoável população nas regiões do Bom Retiro, além da serra do Mata Cachorro, espalhando-se pela Bela Vista, o  Paredão e as Furnas, mais para o sul do chamado Pouso do Campo, até as terras banhadas pelo ribeirão do Vintém e o córrego do Mosquito”. Ficaram também sabendo dos métodos usados pelo governo português para cobrar o imposto sobre o ouro e evitar seu contrabando. Tudo está no livro que conta as peculiaridades de Braz Fernandes Ribas, Capitão Manoel Joaquim Pereira e outras pessoas que residiam nestas terras, antes da visita de Manoel da Fonseca e Janaubeva Maria. Esse histórico casal que doou as terras para uma capela à Santa Rita não morava aqui e aqui não morreu. Nenhum documento existe mostrando que eles morassem aqui, mas existe documentação provando que eles doaram as terras para a Santa, em pagamento da promessa feita, na doença de Manoel.Quer saber mais? Leia o livro! Locais de venda: Revistaria Caruso, Loja Schmidt e Bazar do santuário.

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