E se crianças descobrissem que cozinhar os alimentos é possível devido a reações Químicas? Que a Física entendeu como nos locomovemos ou por que nos mantemos em pé? Que andarmos em ruas de asfalto ou de paralelepípedos está relacionado à Geografia? E se as escolas deixassem de ser receptáculos para crianças cujos pais trabalham fora, ou centros de formação em massa de mão de obra? E se todos compreendessem que, mesmo a matéria que menos interessa, só está lá porque nos auxilia a entender quem somos, como somos e, até mesmo, por que somos? E se o aprender se tornasse fonte vital da existência?
Nesse mundo ideal, as escolas teriam tantas aulas práticas quanto fosse possível. Acabariam as carteiras enfileiradas e os círculos de gente tomariam conta de todos os espaços. Os alunos aprenderiam que ter empatia é um conhecimento muito importante, o respeito seria natural e não fruto de imposição. A participação seria inevitável! Quem é que não quer fazer parte de uma rotina assim?
Parece utopia, mas não é. Não precisamos mudar o mundo todo, apenas a nossa cidade!
Um ensino assim é um dos objetivos da “Educação para o Pensar”. Antes de formar profissionais, as escolas precisam formar pessoas. Ainda que a educação seja de responsabilidade dos pais, é na escola que nossos filhos passam a maior parte do tempo. Sendo assim, por que não incutir maiores reflexões na vida dos pequenos? Quem sabe, desta forma, um dia eles se tornarão os pais que os profissionais de ensino tanto sentem falta hoje: os que interagem com a escola em prol da comunidade.
Essa é uma meta a longo prazo, mas estamos caminhando para concretizá-la. Já tivemos o 1º Curso de Capacitação em Educação para o Pensar e o 1º Encontro de Filosofia para Crianças e Jovens – Educação para o Pensar de Santa Rita. O próximo passo será finalizar o projeto de Lei que tornará a disciplina obrigatória no Currículo Municipal de Ensino e levá-la à Câmara para votação.
Se o mundo não é mais o mesmo, por que a Educação deveria ser?
(Danlary é moradora do bairro Rua Nova)
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