Antes do surgimento do povoado de Santa Rita, as terras hoje pertencentes ao nosso município foram partes de outras freguesias mais antigas. As divisas estabeleceram-se primeiramente com a construção da capela e elevação do povoado a freguesia, e se firmaram como são hoje, desde o início do sec. XX.
No sec. XVIII, as terras à direi-ta do rio Sapucaí, onde está a sede do nosso município, pertenciam a Campanha, uma das freguesias mais antigas do sul de Minas, criada em 1752. Posteriormente, com a criação da paróquia de Santa Catarina, atual Natércia, no ano de 1822, estas terras passaram a pertencer a Natércia.
Entre os anos de construção de nossa capela, em 1825, e a elevação do povoado de Santa Rita a freguesia, em 1839, estabeleceram-se os espigões da serra da Manoela como nossa fronteira com Natércia. Em 1848, a resolução no. 358 estabelece o córrego Capituvinha como marco limítrofe entre Santa Rita e Pedralva.
Garimpando nos arquivos da Cúria Metropolitana de Pouso Alegre, fiz alguns apontamentos de trechos de documentos, que i-lustram toda essa sistemática do estabelecimento de nossas primeiras divisas:
- Em 1816, o Alferes José Vieira da Fonseca, declarou no processo de dispensa matrimonial de sua filha, ser morador de Campanha, “onde vive em suas terras, às margens do Sapucaí-Guaçu”.
- Sete anos depois, em 1823, o mesmo Alf. José Vieira declara-se, em processo de matrimônio de outra filha, ser morador de Santa Catarina, “onde vive de sua lavoura, às margens do Sapucaí”.
- Já no ano de 1834, o Alf. José Vieira declara-se, em processo de matrimônio de um vizinho, ser morador da capela de Santa Rita da Boa Vista, “no Pouso do Campo, onde vive de sua lavoura”.
Curioso notar nesses apontamentos que o Alf. José Vieira da Fonseca, no período de 18 anos, declarou-se morador de três localidades diferentes, sem jamais ter deixado sua residência, em suas terras às margens do Sapucaí, terras estas pertencentes, hoje, ao nosso município, no bairro do Pouso do Campo.
Oferecimento: Depilivre
Nenhum comentário:
Postar um comentário