Muitas vezes pedi aos meus alunos que fizessem a biografia do patrono ou patrona da rua em que eles moravam, para incentivá-los a pesquisar e valorizar tais pessoas. Desta forma, reuni um acervo de muitas personalidades que não conhecia.
Do Cel. Francisco Palma, que dá nome à minha rua, nada sabia, até que me interessei pelo belo casarão onde funciona a Pizzaria Na Lenha. Sabia que essa casa foi residência do saudoso Dr. Oswaldo Campos do Amaral e que, anteriormente, nele funcionou a nossa Prefeitura por muitos anos, mas não tinha idéia de quem o construiu. Só depois, com a ajuda de dois amigos, Luiz Gustavo Torquato Vilela, o Neco, e Adirson Ribeiro, fiquei sabendo que essa casa foi construída pelo Cel.Francisco Palma.
Francisco Vilela Palma nasceu na Vila Braz, atual Brasópolis, e era filho de Domingos José Rebouças da Palma e Maria Cândida Villela. Seu pai, Domingos José, faleceu em Santa Rita em 14/9/1860. Através do seu inventário podemos verificar que, nessa ocasião, o filho Francisco tinha 18 anos, nascido em 1842. Cel Francisco Palma e sua primeira esposa, Francisca, eram padrinhos de batismo de Amélia Mendes de Vasconcelos, a quem queriam tão bem que a levaram para morar consigo, tratada com carinho, como filha. Com o falecimento de Francisca, o Cel. Palma se casou com Maria Pereira Cabral , de Itajubá, viúva também e que tinha um filho adotivo de nome José Cleto Duarte. José casou-se com Amélia, a afilhada do Cel. Chico Palma.
Em 1874 o coronel foi escolhido como eleitor do império, na freguesia de Santa Rita da Boa Vista, pelo município de Itajubá, distrito do Sapucahy. O historiador João Camilo de Oliveira Torres afirma que durante o Império não tinham direito a voto os escravos, mesmo sendo livres, bem como as mulheres. Era exigência para votar ser brasileiro nato, ter a religião do Estado e renda anual superior a 400 mil reis. Grande honra para o Cel Francisco Palma. Sabemos que ele foi, também, um dos 16 primeiros plantadores de café em Santa Rita. por volta de 1880.
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