terça-feira, 17 de maio de 2011

Quando chega o mês de maio...

 Viiiiiva Santa Riiiiita!

O mês de maio é, talvez, a época mais esperada pela maioria dos santarritenses. Há quem diga até que os dias começam a ficar mais lentos quando se aproxima a primeira quinzena e as semanas custam a passar. Apesar do frio intenso, inimigo “número 1” de nossos conterrâneos, quando a festa da padroeira acontece, parece que todo mundo esquece as baixas temperaturas e corre logo pra rua. É incrível. Pessoas que nunca vimos na vida, saem dos bairros mais distantes e ocupam, todos ao mesmo tempo, o pequeno espaço destinado às barracas, shows, procissões, missas, coroações e festividades.

Há também aqueles velhos amigos... sim... aqueles que não vemos há muitos anos e que deixaram a cidade em busca de sonhos e conquistas. Voltam todos na festa de Santa Rita. Uma combinação sub-entendida que nos proporciona grandes alegrias. Tem até uma missa para eles durante a festa. A missa do santa-ritense ausente.
O Shopping Center Santarritense

Existem aqueles que preferem o concorrido Shopping Center, formado por centenas de barracas que não temos a menor noção de onde vêm. Pra dizer a verdade, nem eles sabem. No ano passado, estava conversando com um vendedor de canecas com adesivos de times de futebol (fiquei uma hora ao lado dele e não vendeu nenhuma) e ele me perguntou em que cidade estava. Quando eu respondi, ele retrucou: “Isso é Minas ou São Paulo”? Vindo da Bahia com uma lotação que percorria diversas cidades, o rapaz, de mais ou menos 30 anos, nem sabia em que estado estava! Outra atração muito esperada é o parque de diversões. Disneylândia portátil, sempre instalada perto do Country Clube. Só quem tem filho pequeno pra saber quanto dinheiro é queimado, em questão de segundos, naqueles brinquedos que a criançada adora. Difícil é tirá-los de lá quando a bufunfa acaba.

Dejavu

Também não podemos deixar de lembrar do tradicional marco da festa de Santa Rita - pelo menos da face pagã das festividades. Aquele velho conhecido pernil assado. Sempre recheado com iguarias das mais diversas procedências. Sim! Aquele mesmo que nós vimos no ano passado! O gosto eu não sei, mas o cheiro é delicioso! Um convite ao banquete farto, regado a muito sal de frutas.
 A dona da festa

Já nas festividades religiosas, uma coisa que me chama a atenção é a quantidade de pessoas que participam das missas. Eu fico admirado de ver quanta gente sai da igreja Matriz quando a cerimônia termina. A procissão então, é um espetáculo à parte. A capela de Santa Rita é outro recanto muito procurado por aqueles que buscam a espiritualização. É bonito ver os romeiros chegando a cavalo no dia 22 para visitarem, com grande devoção, a terra da santa do impossíveis (Apesar de achar que, nesse caso, quem paga a promessa são os cavalos).

Festa de Santa Rita é isso. Um acontecimento único para todos que vivem por aqui e que começa a dar saudade logo depois que acaba. Como todo evento de grande porte, tem seus pontos favoráreis e também seus transtornos. O negócio é aproveitar a ocasião para nos confraternizarmos, nos divertirmos e nos espiritualizarmos, sem nunca nos esquecermos de que, depois do dia 22, ou 24, a vida continua.

Um comentário:

  1. Também acho que quem está cumprindo a promessa é o cavalo, pois os romeiros ditos devotos já que tem alguma promessa cumpra-o à pé, seria mais digno, mais bonito e mais gratificante para alguém que alcançou a almejada graça de Santa Rita.

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