Vim para Santa Rita em 1952 estudar no Instituto Moderno de Educação e Ensino – IME , que era o melhor colégio da região e estava localizado onde hoje é o INATEL. Eu vinha de Delfim Moreira, uma cidade pequena, e esta cidade me assombrou pela sua beleza e cultura. Foi fácil me apaixonar pela cidade e pela Rita. Estudei no IME durante três anos fazendo o colegial. O Cel. Francisco Moreira da Costa foi o paraninfo de nossa turma.
Todo ano, no dia 11 de agosto, era comemorado o Dia do Estudante e o Instituto se enchia de sons, cores e alegria com a festa da Rainha dos Estudantes. Esta festa só era menor que a festa de Santa Rita.
O acesso à escola era precário. Depois da Igreja de S.Benedito nada mais havia a não ser a chácara do Sanico e uma estrada de terra batida que ia dar na porteira do Colégio. Existia, de um lado, a casa do prof. Castilho e, do outro, a casa da doutora Maria José Mendes. A casa do prof. Castilho é hoje a Casa Viva do INATEL.
Nós usávamos um uniforme caqui, abotoado até o pescoço no estilo militar da época mas, aos domingos, tínhamos autorização para usarmos roupas civis para irmos à Missa e passear na praça.
Certa vez, um dos alunos, vindo da cidade, pulou a porteira. O prof. Castilho que estava descansando na entrada do edifício o repreeendeu do seguinte modo: jovem, não faz mais isso, não. O cavalo vê e aprende.
A História do IME é apaixonante. Em 1912, o Sr. Antonio de Assis Longuinho, José Mendes e a Srta. Cilencina Telles fundaram o “ Collegio Santa Rita” para o ensino do curso primário e secundário.
A História do IME é apaixonante. Em 1912, o Sr. Antonio de Assis Longuinho, José Mendes e a Srta. Cilencina Telles fundaram o “ Collegio Santa Rita” para o ensino do curso primário e secundário.
Em 1918, o estabelecimento passou a ser dirigido pelo Dr. Leopoldo de Luna e o Prof. José Raposo de Lima. Nesse mesmo ano, o Sr. João de Camargo foi admitido como sócio.
Como a afluência de alunos era muito grande, os senhores, Leopoldo de Luna e João de Camargo resolveram transformar o Collegio Santa Rita em dois Institutos de Educação: um para rapazes, o Instituto Moderno de Educação e Ensino, e outro para moças, a Eschola Normal Official. Quando estudei ali, o colégio já era misto.
Para que seu estudo fosse válido, até 1921, o Prof. João de Camargo levava, no final do ano, os alunos para prestarem exames no Colégio Pedro II, no Rio de Janeiro. Em 1921, o Departamento Nacional de Ensino concedeu ao IME o direito de ter sua banca examinadora oficial.
O prédio em que funcionou o IME e onde hoje está instalado o INATEL, foi construído pela municipalidade. Tinha, na parte de baixo, um vasto salão que servia como refeitório e, nos dias de festa, era o salão de baile. Na parte de cima, localizava-se o dormitório, pois o estabelecimento possuía internato e externato. A partir de 1935, o IME foi dirigido pelo Prof. Henrique Del Castillo.
Em 1960, o estabelecimento foi adquirido pela Companhia de Jesus, os padres jesuítas, que estavam instalando, a pedido de Dona Sinhá, a Escola Técnica de Eletrônica.
Foi aí, em 1962, que iniciei minha carreira de magistério como professor de Física, Química e Biologia e, depois, de História, pela qual me apaixonei. Muitas vezes, a sala em que eu estava ministrando aula era a mesma em que fui aluno e isso me transportava no tempo como uma máquina mágica e eu revia colegas e professores e me esquecia na contemplação. Foi ali que o Everaldo, ou o Celso Adami, inspetores de alunos, também conhecidos por bedel, chamavam nossa atenção por causa das brincadeiras. Foi ali que passamos a vergonha de sermos surpreendidos em baixo da sala, olhando as pernas das meninas, através das frestas das tábuas do assoalho.
Olá! você pode me falar mais sobre a pessoa nomeada aqui de João de Camargo. Quem era, onde nasceu etc.. Se desejar fazê-lo por e-mail eu ficarei grata:
ResponderExcluirashirak@bol.com.br
Ficarei muito grata!
Abraços.