segunda-feira, 9 de março de 2015

Sinhá Moreira e sua mais importante obra são citadas na revista Veja

Na véspera do dia em que recordamos a morte de Sinhá Moreira, Cláudio de Moura Castro, Ph.D. em economia pela Vanderbilt University, escreveu uma coluna para a revista Veja intitulada “Comitês não fazem a diferença”, em que fala sobre brasileiros que promoveram revoluções na educação brasileira, contrariando a morosidade dos avanços tecnológicos do país. Leia, a seguir, um trecho de sua coluna: 
“Bem sabem as raposas da política que quando a intenção é deixar como está, a melhor solução é criar um comitê. É inércia garantida.

Quem vira a mesa são indivíduos que arrostam o status quo, trazendo transformações. Lucram aquelas sociedades que sabem criar o caldo de cultura propício ao seu aparecimento. Como não são perfeitos, nem isentos de fraquezas, é preciso tolerar os seus vícios e cacoetes.

Vasculho a minha memória, perguntando: quem, na educação, criou instituições que fizeram a diferença?”

O colunista prossegue com uma lista de brasileiros visionários que permitiram ao país obter avanços na área educacional e cita os fundadores de instituições como a USP, ITA e Unicamp, dentre outras importantes iniciativas voltadas ao setor de pesquisa e tecnologia. Em dado momento, ele lembra o exemplo de Santa Rita do Sapucaí:

“Dona Sinhá Moreira, após uma trajetória cosmopolita, voltou para as suas vaquinhas, em Santa Rita do Sapucaí. Inconformada, criou uma Escola Técnica de Eletrônica. Adiante, aparece um curso superior na mesma área. Ao correr os anos, a cidade se transformou em um notável pólo de telecomunicações, com mais de 150 empresas do ramo.”

Após citar o surgimento da ETE FMC, dentre tantos outros constituídos com muito mais recursos por educadores dos grandes centros, Castro finaliza: “O que tinham em comum essas pessoas? Ousadia, idealismo e inspiração. E, acima de tudo, obstinação. Resta mencionar a coragem de irem buscar o talento onde estivesse, muitas vezes fora do Brasil.”

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