Na véspera do dia em que recordamos a morte de Sinhá
Moreira, Cláudio de Moura Castro, Ph.D. em economia pela Vanderbilt University,
escreveu uma coluna para a revista Veja intitulada “Comitês não fazem a
diferença”, em que fala sobre brasileiros que promoveram revoluções na educação
brasileira, contrariando a morosidade dos avanços tecnológicos do país. Leia, a
seguir, um trecho de sua coluna:
“Bem sabem as raposas da política
que quando a intenção é deixar como está, a melhor solução é criar um comitê. É
inércia garantida.
Quem vira a mesa são indivíduos
que arrostam o status quo, trazendo transformações. Lucram aquelas sociedades
que sabem criar o caldo de cultura propício ao seu aparecimento. Como não são
perfeitos, nem isentos de fraquezas, é preciso tolerar os seus vícios e
cacoetes.
Vasculho a minha memória,
perguntando: quem, na educação, criou instituições que fizeram a diferença?”
O colunista prossegue com uma lista de brasileiros visionários que permitiram ao país obter avanços
na área educacional e cita os fundadores de instituições como a USP, ITA e
Unicamp, dentre outras importantes iniciativas voltadas ao setor de pesquisa e
tecnologia. Em dado momento, ele lembra o exemplo de Santa Rita do Sapucaí:
“Dona Sinhá Moreira, após uma
trajetória cosmopolita, voltou para as suas vaquinhas, em Santa Rita do
Sapucaí. Inconformada, criou uma Escola Técnica de Eletrônica. Adiante, aparece
um curso superior na mesma área. Ao correr os anos, a cidade se transformou em
um notável pólo de telecomunicações, com mais de 150 empresas do ramo.”
Após citar o surgimento da ETE FMC, dentre tantos outros
constituídos com muito mais recursos por educadores dos grandes centros, Castro
finaliza: “O que tinham em comum essas pessoas? Ousadia, idealismo e
inspiração. E, acima de tudo, obstinação. Resta mencionar a coragem de irem
buscar o talento onde estivesse, muitas vezes fora do Brasil.”
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