Ao anoitecer de 7 de junho, centenas de alunos
se transformaram em matutos, pegaram uma picada pela avenida Sinhá Moreira e
começaram a desembarcar no campus em bicicletas, charretes, carros de boi e
artomóvis. Imprevistos foram muitos. Alguns ficaram sabendo que a ponte sobre o
rio Sapucaí tinha quebrado, descobriram que era mentira, desviaram da cobra e
formaram fila indiana enquanto faziam o caminho da roça. A festa estava animada
e contou com a participação de um DJ que foi de Tião Carreiro às Marcianas com
uma desenvoltura inacreditável. No arraiá, caipiras eram detidos em um
confortável xilindró, enquanto outras personalidades se deliciavam com comidas
típicas, bebericavam quentão e dançavam ao som de Amado Batista. No salão, o
mais extraordinário sorteio de prendas e assados das redondezas. Tinha de tudo:
de frango a eletrodomésticos e difícil foi o caboclo que não saiu com um prêmio
no imborná. Na hora da quadrilha, futuros técnicos, estadistas e doutores, formaram
seus pares e fizeram evoluções de botar inveja no Carlinhos de Jesus. Nunca se
viu uma festa junina tão animada quanto a daquela noite fria e de céu azur.
Carros se acotovelavam nas ruas que davam acesso à escola e uma multidão de
visitantes chegavam de toda a freguesia. Os professores e funcionários da ETE
FMC ficaram felizes que só vendo. “Formidáver!” – disse um deles. “Supimpa” –
bradou a outra. “É nóis.” – arrematou o terceiro. De lá pra cá, a tradicional
Festa Junina da ETE ficou mais garbosa do que nunca e já tem gente fazendo
planos para junho do ano que vem.
Nenhum comentário:
Postar um comentário