Depois de iniciarem, em 2011, a busca por novos nichos de
mercado como forma de dinamizar e aumentar a competitividade dos produtos
fabricados em Santa Rita do Sapucaí (Sul do Estado), no Vale da Eletrônica, as
empresas instaladas no polo industrial poderão investir em mais um segmento: o
de componentes automotivos. O importante setor da indústria nacional ainda não
é atendido pela região e oferece oportunidades de fornecimento de tecnologia e
matéria-prima para o desenvolvimento de novos produtos.
Segundo ele, o balanço da visita foi positivo, tendo em vista a troca de experiências que os empresários tiveram oportunidade de vivenciar. "Vimos a atuação de uma empresa de grande porte tecnológico, dotada de uma engenharia apurada muito rica, por meio da utilização de sistemas de última geração e com processo produtivo bastante estruturado. um modelo de trabalho a ser seguido por outros setores, inclusive o nosso", afirma.
Souza Pinto diz ainda que o próximo passo será agendar uma visita à fábrica com engenheiros e representantes das indústrias do arranjo produtivo local (APL), para que os mesmos possam se espelhar nas práticas, adotar algumas tecnologias e, quem sabe, gerar negócios na indústria automotiva. "Isso viabilizará a criação de novas frentes de mercado para as empresas da região, inclusive com fornecedores das montadoras, no modelo de parceria, onde fornecemos a matéria-prima e eles o produto final", avalia.
Conforme o presidente do Sindvel,
talvez para as empresas de eletroeletrônicos seria mais viável negociar e lidar
com fornecedores do que com as próprias montadoras. "Quem faz negócio
completo, que é o caso de uma montadora, já possui estrutura adequada para o
desenvolvimento das matérias-primas. Poderemos agregar tecnologias e valores
aos menores, como os fornecedores", argumenta.
Souza Pinto relacionou a experiência na Aethra e a expectativa de novos negócios junto à cadeia de fornecedores de autopeças ao momento vivido pelas empresas de Santa Rita do Sapucaí em 2011, quando o polo iniciou os negócios junto ao segmento da construção civil. Naquela época, o foco da região era artigos de eletrônica, telecomunicações e informática.
O dirigente garantiu que o ingresso neste mercado seria uma forma de proporcionar mais competitividade às empresas do polo. Ele lembrou que a construção civil atualmente possui grande peso na economia brasileira e que por isso, foi muito importante para a região aderir ao nicho naquela ocasião.
"O setor automotivo, por sua vez, lidera economia há várias décadas e possui um potencial ainda maior, já que as montadoras têm produções programadas diariamente. Se fornecermos uma única peça, vários milheiros de peças por dia serão vendidas. Trata-se de uma grande oportunidade para o setor", destaca.
Diferencial - Conforme já publicado pelo DIÁRIO DO COMÉRCIO, a compra de matéria-prima diretamente dos fornecedores internacionais continua sendo o principal diferencial das empresas do Vale da Eletrônica. Nos últimos anos, esta tem sido a forma mais eficaz de manter o desempenho favorável do APL, inclusive, em patamares bem superiores à economia nacional.
Assim, a previsão do polo é de encerrar 2013 com incremento de pelo menos 28% sobre o ano anterior, mesma ordem de crescimento observada em 2012. Com este desempenho, no exercício passado, o faturamento das empresas do município chegou próximo aos R$ 2,2 bilhões. E caso a estimativa para este exercício se confirme, o montante saltará para quase R$ 2,9 bilhões.
Por Mara Bianchetti.
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