sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Empresa de Santa Rita vence licitação para fabricar 1500 pluviômetros


O Centro Nacional de Monitoramento e Alerta de Desastres Naturais (Cemaden/MCTI) vai receber 1.500 pluviômetros automáticos – instrumentos para medição da chuva em áreas de risco. Representantes das duas empresas vencedoras da licitação para a compra e a instalação dos aparelhos assinaram contrato nesta quinta-feira (13), em Brasília, com o secretário de Políticas e Programas de Pesquisa e Desenvolvimento do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Carlos Nobre.
Foto: Augusto Coelho/Ascom – Secretário do MCTI e fabricantes assinam contrato.
Licitação
Com valor total de pouco menos de R$ 20,5 milhões, a licitação abrangeu duas funções. A microempresa Ativa Soluções, de Santa Rita do Sapucaí (MG), é a responsável pela fabricação dos pluviômetros. Já a empresa de pequeno porte Belnet, de Fortaleza (CE), vai instalar os instrumentos em torres de companhias de telefonia celular parceiras, próximo a áreas de risco.
“Esse projeto mostra que nós brasileiros temos competência e inteligência para competir com quem for”, afirmou o diretor de negócios da Ativa Soluções, Edson José Rennó. O primeiro lote deve ser entregue em março de 2013, mas o contrato prevê o fornecimento de amostras para testes antes, no próximo verão. “Estamos disponíveis para já começar a fomentar esse serviço de grande valia”, avisou o executivo comercial da Belnet, Ligneul Cesar.
O secretário Nobre ressaltou a importância do projeto. “O Cemaden representa uma grande inovação, um serviço que o Brasil não tinha, um sistema de informações essencial ao trabalho de prevenção de mortes, feridos e prejuízos econômicos decorrentes de desastres naturais”, disse. “Até um ano e meio atrás, o país tinha exemplos localizados, sem atingir escala nacional.”
De acordo com Nobre, as redes de pluviômetros desenvolvidas ao longo de décadas no Brasil foram planejadas para outras finalidades, como agricultura e hidrologia. “Não se pensou em municiar o sistema de alertas de desastres”, explicou. “Os instrumentos estão em lugares de atividades agrícolas ou à beira de rios, dificilmente nas regiões onde as catástrofes acontecem.”

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