Neste mês, nosso amigo Fred, proprietário do Blog Fred Cunha News, nos enviou algumas imagens muito interessantes e que demonstram como era a vida no início do século passado. Trata-se de “Carta de Conductor de Automóvel” de número 38, datada de 18 de novembro de 1928, que pertenceu ao senhor José Benedito Cunha – filho do ex-prefeito Frederico de Paula Cunha.
Dentre algumas características interessantes do documento, cons-tatamos que ele continha espaço para assinatura de dois agentes res-ponsáveis pela segurança de trânsito na época: o delegado de polícia e o delegado de higiene. Ao que tudo indica, ao segundo caberia constatar se o condutor havia aprendido a não jogar papel de bala em via pública.
Na época, não havia um órgão regulador de trânsito. As carteiras continham um livretinho com regras e boas maneiras e eram entregues pela Câmara Municipal. Dentre as leis, datadas de 1924, e que mudaram completamente com o passar dos anos, uma determinação muito importante era de que nos lugares estreitos, ou onde houvesse aglomeração de pessoas, a velocidade não poderia passar de “um homem a passo”. O documento não especificou se seriam passos curtos ou longos, mas deu a entender que, em alguns momentos, seria mais conveniente ao motorista deixar o carro por ali e chegar ao seu destino a pé mesmo.
Tudo bem, os carros na década de 20 não eram o que se podia chamar de possantes, mas algumas leis impediam, terminantemente, seus condutores de deitar o cabelo. Em 1928, a velocidade máxima era de 30km/h. Em lugares habitados, o limite caía para 20Km/h. Já no centro da cidade, um veículo não podia ir além dos incríveis 12Km/h. Dependendo do número de pessoas dentro do carro, o Presidente da Câmara – Coronel Erasmo Cabral – deixava claro que era conveniente ao condutor que reduzisse ainda mais a velocidade. Quanto às proibições, o ma-nual previa que o motorista estava terminantemente proibido de saltar do veículo com o mesmo em movimento. Pode isso, Arnaldo?
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MUITO INTERESSANTE
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