terça-feira, 30 de novembro de 2010

O melhor da comida da Barzinho

Todo santarritense que se preze tem um barzinho de sua preferência para encontrar os amigos, jogar conversa fora, tomar uma cervejinha ou degustar um bom tira-gosto. Palco de grandes histórias e cenário de muitas aventuras que acabam virando poeira no raiar do dia, muitos são os barzinhos preferidos por nossa clientela e que, cada um à sua maneira, descobre que, para cativar o freguês, nada melhor que uma boa comida. Sendo assim, resolvemos inaugurar este mês uma série de reportagens especiais sobre os bares santarritenses. Descubra quais são o locais preferidos da clientela e saiba o que pedir em cada um deles, na reportagem de Sara Capelo.

Bar do Eco

É impossível passar pela Rua João Euzébio, mais precisamente em frente à Cooperativa e não sentir um delicioso aroma vindo do lendário Bar do Eco. Com uma clientela cativa que se espalha pelas mesinhas dispostas dentro ou fora do estabelecimento, existe também uma sala de sinuca onde o cliente assiste a grandes duelos dos jogadores locais, enquanto degusta um bolinho de bacalhau ou um dos melhores torresmos da cidade. Segundo José Vilas Boas, proprietário da casa, apesar da comida ser ótima, muitos de seus clientes acabam bebendo além da conta e colocam a culpa no coitado do tira-gosto. Vale a pena conferir!

Bar do Kridão

Mais famoso que o Bar do Kridão, somente o proprietário deste que é um dos estabelecimentos preferidos pela mocidade santarritense. Com um ambiente privilegiado, onde as mesas são sempre dispostas na aconchegante “pracinha da cadeia”, Kridão, Kridinho e Kridaço estão sempre com uma cerveja trincando nas mãos e tratam os clientes como se fossem amigos de infância. Os melhores tira-gostos da casa são os lambaris fritos e a “batata à moda”. Sempre sequinhos e com um sabor sem igual, os tais lambaris são muito procurados e merecem ser apreciados por quem entende de tira-gosto. Nos finais de tarde, o Bar do Kridão está sempre aberto. Hora para fechar não tem. Vai muito do humor do querido Euclides Duarte que, não raramente, bota a turma pra correr quando passa de certa hora. Não tem problema.No outro dia está todo mundo lá, em busca de diversão e de uma boa prosa.

Bar dos Malas

Todo santarritense que aprecia um bar de qualidade já se perdeu pela várzea - pelo menos uma vez na vida – tentando encontrar o glorioso Bar dos Malas. No entanto, depois que conhece o local, nunca mais o freguês perde o caminho. Os peixes servidos lá são deliciosos. O molhinho que acompanha as porções então, nem se fale. As especialidades são a tilápia frita e o filé de tilápia, mas eles também servem polenta frita e outros petiscos. “O nosso ambiente é bem familiar e os estudantes também frequentam bastante o bar”, disse o proprietário Sandro Tadeu de Faria. Com os negócios de vento em popa, o estabelecimento ganhou uma filial na rua do Inatel com o sugestivo nome de “Butecão dos Malas” e continua com a mesma qualidade que conquistou centenas de fãs. Passa lá!

Copo Cheio

“Copo Cheio” é um legítimo boteco de primeira categoria. Como o próprio nome já diz, ali o freguês está sempre tomando uma gelada na companhia dos amigos e saboreando tira-gostos difíceis de serem encontrados em outro local da cidade. O diferencial deste estabelecimento é que toda sexta-feira diferentes pratos são servidos à clientela, dentre eles: feijoada, dobradinha e uma deliciosa canjiquinha. Durante a semana, o cardápio é bem variado. São servidas porções de Frango à passarinho, língua de vaca, carne de panela, rabada e torresmo. Nesse verdadeiro palácio da boa culinária de boteco, existe sempre uma especialidade para cada gosto de freguês. Frequentador assíduo do local, o famoso professor Paulo Renato garante que o Copo Cheio tem o melhor tira-gosto da cidade. Voa lá!

Bar do Carlão

Você já saboreou uma deliciosa Dobradinha Portuguesa? Pois saiba que é este o carro-chefe do “Bar do Carlão”, comandado por quem? Isso mesmo! Pelo próprio Carlão! O proprietário conta que muitas pessoas passam por lá diariamente e levam a iguaria para saborear no conforto do lar. Além da dobradinha, seu estabelecimento serve também uma deliciosa canjiquinha, além do tradicionalíssimo joelho de porco. A cada dia da semana é preparado um diferente prato, especialmente projetado para servir de acompanhamento a uma cerveja geladíssima. No sábado, sua especialidade é um fantástico suã. Não dá pra perder!

Bar e Restaurante do Bá

Dizem que o “filé à parmeggiana” é o prato mais saboroso do tradicional Bar do Bá, mas há controvérsias. A verdade é que a cozinha deste estabelecimento é tão boa que fica até difícil escolher o que comer. O bar muda de lugar, o tempo passa, mas a clientela não muda. Afinal de contas, quem experimenta os inacreditáveis frango à passarinho, filé no palito, batata frita, calabresa e medalhão, nunca deixam de voltar. Sebastião Floriano, funcionário do Bá há 15 anos conta que o esta-belecimento é muito familiar e ideal para reunião de amigos. Uma dica: Lá você pode falar de tudo, menos descer a lenha no glorioso Botafogo.

Bar do Sininho
Segundo nos contou Vitório Pata, colaborador do estabelecimento conhecido como “Bar do Sininho”, sua freguesia é ponta firme e sempre se reúne para jogar conversa fora, tomando uma cerveja gelada e apreciando ótimos petiscos. Com um cardápio bem variado e completo, as especialidades do bar são Costelinha frita, Torresmo, frango à passarinho e uma deliciosa linguiça fritinha na hora. Nos finais de semana, o Bar do Sininho abre às onze da manhã e vai até as oito da noite. Chega junto, simpatia!

Seu barzinho ficou de fora? Entre em contato conosco e conte-nos qual é seu estabelecimento preferido. 

(Seleção: Evandro Magaiver Albino)

Carlos Henrique Vilela tira um som com Juliano “Ganso” Souza

Ganso é o nome fantasia de Juliano Souza. Um dos músicos mais conhecidos e reconhecidos da cidade. Neste bate papo com o Empório, ele conta como é viver em Santa Rita equilibrando-se em 4 cordas.   
 
Como começou a sua carreira de músico profissional?
Eu sempre gostei muito de música. Alguns amigos já tinham banda na época e eu via todo mundo tocar violão. Isso foi me dando muita vontade. Quando minha prima comprou um, eu logo peguei emprestado. A vontade era tanta, que eu nem tinha violão e já estudava. Isso era o mais legal. Passado um tempo, eu peguei o contrabaixo. Uns dois anos depois, em 98, eu comecei a tocar profissionalmente com o General Java.

O que te fez optar pelo instrumento?

Faltava alguém pra tocar contrabaixo na cidade. Se eu conseguisse tocar, seria mais fácil arrumar uma banda. Depois me apaixonei pelo instrumento.

Quais foram suas maiores influências como músico?

Comecei ouvindo Raul Seixas, Titãs, Barão Vermelho, Beatles, Red Hot Chili Peppers. Além disso, Santa Rita tinha uma cena de Rock bem legal na época. As bandas Luxúria e Estado Maior me influenciaram pra caramba. No DA Inatel rolava muita banda. Eu via muito som ao vivo e isso me deixou muito a fim de tocar e fazer o que eles faziam.

Como você vê a cena atual?

Pelo tempo de estrada, a qualidade melhorou muito e nosso ouvido também. Com isso, a referência do pessoal que está começando evolui junto. A música melhora a partir do momento em que aprimora a referência de quem ouve. Eu, naquela época, tinha aula com quem? Quem eu via tocando? Pessoas de fora e mais ninguém. Um ou outro da cidade. Hoje, existe mais referência. A música está mais perto de nós. O acesso ao Conservatório também ficou mais fácil.

Como é viver de música em Santa Rita?

Cara, eu sempre falei que de música não dá pra viver, dá pra sobreviver. Mas a música melhorou sim, melhorou pra todo mundo. Tem muita gente trabalhando aqui, dando aula, com estúdio de ensaio, gravação e tudo mais. Mas, hoje em dia, o que é valorizado é a música de entretenimento, que não traz prazer nenhum pra gente. A música artística não tem valor nenhum, não rende nada. Parece até um absurdo isso. E não é só aqui. Nas cidades grandes, a música de qualidade também é alternativa. A diferença é que lá tem mais pessoas alternativas, e isso torna a cena maior.

E como os músicos lidam com isso?

Pra unir o útil ao agradável, eu faço os dois, mas a gente se preocupa com isso, tanto que fizemos um projeto com tributos a artistas de qualidade.

No que consiste este projeto?

Foi uma idéia do Lucas Julidori, mas todo mundo entrou de cabeça. Começamos com o tributo ao Raul Seixas, que eu organizei e não só toquei como também cantei. Depois rolou o do Cazuza, que teve até teatro no meio, com interpretações sobre a vida dele, e teve também solos inusitados, como de contrabaixo e gaita. O mais recente foi o do Milton Nascimento, que o Régis organizou. Teve até participação do coral do Inatel. Tudo isso pelo preço de R$ 1,00 a entrada. O preço era só pra cobrir o custo de fazer isso, pagar o som e tal. A intenção não era ganhar dinheiro. Era levar a música até o pessoal da cidade. Era levar cultura para o povo. E todo mundo apoiou. Rolaram várias canjas com músicos da cidade, vieram músicos de fora e até professores de música de outras cidades.

Como é a cena nas cidades vizinhas, como Pouso Alegre e Itajubá?

Itajubá não tem muitos músicos bons, mas tem vários lugares pra tocar. Pouso Alegre tem grandes músicos, vários bares, muita música ao vivo e o Conservatório. Com isso, as pessoas têm parâmetros me-hores pra ouvir. Pessoas de fora vão pra lá curtir som ao vivo. Inclusive muita gente de Santa Rita. Falta isso aqui. Mesmo assim, essas cidades não são nada perto de Poços, por exemplo. Sempre toco lá, pois depender só de tocar aqui é impossível. Tocar em Santa Rita, mesmo, é raro hoje em dia.
Por que chegamos nesse ponto?

Pela dificuldade de manter um lugar aberto. Um lugar que possa ter música ao vivo. Pela dificuldade de alguém querer coordenar um lugar desses. Dá muito problema com vizinho e tal. É muito difícil. Músico bom não falta aqui. Falta é lugar pra tocar. Além disso, a prefeitura não va-oriza nada. Quem valoriza são as próprias pessoas que fazem e correm atrás.

Muito se fala sobre o fim do Rock, que o Rock morreu. O que você acha disso?

Nada a ver. Mesmo em Santa Rita tem algum espaço pro Rock. Na maioria, festas de república. São duas ou três por ano, mas vale a pena. O Rock tem uma capacidade imensa de se reciclar. Mas, se o Rock é capaz de se reciclar, porque ele passou do mainstream ao alternativo? A cena inverteu. Antes, o alternativo era o sertanejo, o forró, o axé. O Rock era o principal. Hoje em dia, o Rock é o alternativo e esses estilos bem brasileiros são muito fortes.  Mas o Rock se renova a cada momento. 

E como você encara o eletrônico, que vem crescendo tanto no Brasil e no mundo?

Tenho que reconhecer que o eletrônico tem coisas de qualidade, mas eu tenho um certo preconceito. Posso mudar de idéia um dia mas, até agora, não ouvi nada que me agradasse. Pra mim, a música tem que ser tocada ali, ao vivo.

O que você escuta hoje em dia?

Não gosto de nada novo no Rock. Eu conheço muita coisa, mas não escuto. Não tem nada que presta de novo. Os únicos que salvam e que eu gosto são o Lenine e o Rappa. O Lenine faz um som muito bom. Também ouço muito o Hermeto Pascoal, que até hoje produz coisas novas. Conheci recentemente uma banda de Campinas que toca Chorinho e é excelente, chamada Choro Elétrico.

Nesse tempo de estrada, muita coisa inusitada certamente aconteceu. Conte um pouco pra gente.

Uma vez, ajudamos um cara que tinha acabado de bater numa vaca na estrada. Ele tinha ido ver a gente tocar numa cidade vizinha, escondido dos pais. Por sorte, quem se machucou foi só a vaca e fizemos até primeiros socorros nela. Outra vez, chegamos numa cidade pra tocar e já tinha outra banda lá no bar. Alguém, que queria sabotar a dona da casa, ligou pra ela e disse que era da nossa banda e que havíamos cancelado o show. Um dia, numa festa que nem segurança tinha, um cara muito forte, completamente alterado, queria subir no palco pra falar no microfone. Não deixamos e ele, furioso, saiu correndo atrás de mim. Eu, com o contrabaixo no colo, tive que sair correndo no meio do mato. 

Discos indicados:

Lenine - Olho de Peixe
Barão Vermelho - Carne Crua
Titãs - Go Back
Red Hot Chili Peppers - Blood Sugar   
Sex Magik
Hermeto Pascoal: Live at Montreux

Saudades de um grande educador

Tenho o hábito de percorrer, aos sábados, as principais livrarias da cidade na busca de novas publicações. Gosto de tudo que julgo bem elaborado. Dos clássicos da ciência política, economia e literatura, aos livros de minha área de atuação profissional: a energética.

Num deste sábados, ao examinar algumas publicações que me interessavam, numa grande livraria de um Shopping de nossa capital, deparei-me, na seção dedicada aos livros técnicos, com uma obra de uma disciplina clássica da Engenharia Elétrica e Eletrônica: Teoria Eletromagnética - o livro em questão chamava-se “Comunicações Ópticas.

Sem prestar muita atenção ao nome do autor, fui logo vendo que se tratava de algo de muito boa qualidade.
Curioso, atentei, especificamente, para o nome de quem havia escrito aquele ensaio de inegável fôlego in-telectual. Resultado: tive uma surpresa das mais agradáveis, pois se tratava de um querido mestre do qual tenho a mais grata recordação. Seu nome: José Antônio Justino Ribeiro.

Ao folhear as mais de 400 páginas de seu livro repleto de equações e a-gora atento ao nome do autor, voltei, por intantes, minha mente há 25 anos. Lá estava eu e meus colegas no Instituto Nacional de Telecomunicações assistindo à vibrantes aulas de teoria eletro-magnética do Professor Justino. Lembro-me como se fosse hoje da figura do grande mestre, vestindo seu longo jaleco branco, com barba e cabelos ainda não brancos, nos ensinando suas complicadas equações de Maxwell. Estas equações e tudo mais que envolve o eletromagnetismo de fundamental importância para  a formação do Engenheiro eletricista ou eletrônico. Já naquela época, ele tanto dominava esse assunto de inegável complexidade.

Sempre disposto, não existia nem sábado nem domingo para aquele grande mestre, hoje doutor em engenharia eletrônica pelo prestigiado Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA). Sua disposição para o ensino e a pesquisa foi uma grande referência para todos nós. Gostávamos, eu e o Franklin, hoje professor titular da Universidade de Brasília, de tirar nossas dúvidas no sábado à tarde e ele sempre estava lá para nos ensinar a enxergar mundos maiores.

De origem humilde, professor Justino, capixaba de Mimoso do Sul, fez do estudo uma bandeira de vida. Pesquisador nato, além de excelente professor, não tenho dúvidas em afirmar, embora sua modéstia inerente aos homens de grande inteligência não admita, que hoje é este educador uma referência para quem deseja estudar telecomunicações no Brasil. Que o diga o sucesso de seus livros e inúmeros artigos científicos que ele publicou nas mais respeitadas revistas desse ramo do pensar tecnológico.

Dos seus mais de 40 anos de vida dedicados ao ensino e pesquisa senti, num instante de reflexão, saudades desse grande educador, não só pelo modo original com que nos ensinou a pensar, sobretudo, pelas lições de vida que deu a mim e a todos aqueles que tiveram o privilégio de serem seus alunos.
 
Salatiel Soares Correia é engenheiro, administrador de empresas, mestre em planejamento energético, membro da Sociedade Brasileira de Energia e colaborador do Diário da Manhã.

ETE REALIZA COLAÇÃO DE GRAU DE TURMA 2010

Aconteceu no dia 26 de novembro, às 19 horas, a Missa em Ação de Graças e Solenidade de Colação de Grau dos Formandos 2010 da Escola Técnica de Eletrônica "Francisco Moreira da Costa". O evento contou com diversas autoridades locais e lançou ao mercado brasileiro novos profissionais nas áreas de Telecomunicações, Informática e Automação que deverão se inserir no Mercado de Trabalho nos próximos meses. Já no dia 27, foi oferecido um grande baile aos convidados em comemoração à conquista. Confira os melhores momentos do evento:

APL em Minas Gerais

Com 36 arranjos produtivos locais em suas diversas regiões, Minas Gerais é referência nacional em APL. A Sede, através da Superintendência de Industrialização (Suind), é a instância responsável pela formulação, coordenação e execução da política estadual de apoio a APLs. Entretanto, atua em parceria com diversas secretarias. No caso dos APLs de base tecnológica (biotecnologia, biocombustíveis, microeletrônicos e software), que fazem parte de Projeto Estruturador coordenado pela Secretaria de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Sectes), a Sede presta seu apoio em várias atividades.

Dos 36 APLs no Estado, o estudo constatou uma diversidade em relação ao estágio de desenvolvimento. Há aqueles como os de software, em Viçosa, e o de bebidas artesanais em Araçuaí, com poucos registros de empregos formais e de vendas, enquanto estão bastante estruturados e com forte presença regional os APLs de calçados, em Nova Serrana; de confecções, de São João Nepomuceno; móveis, de Carmo do Cajuru e de Ubá. Com participação setorial dentro do Estado podem ser citados o de confecções e malhas, de Jacutinga; eletroeletrônicos, de Santa Rita do Sapucaí, e gemas e joias, de Nova Lima.

Merecem destaques ainda os APLs de calçados e bolsas da Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), de fogos de artifício de Santo Antônio do Monte e região; de fundição em Divinópolis, Itaúna e Cláudio; e os de software e de biotecnologia na RMBH.

Os Arranjos Produtivos Locais são definidos como um conjunto de empresas que participam de um mesmo ramo de negócios, em região geográfica definida, operando em regime de cooperação, aprendizado interativo e gerando competitividade empresarial e capacitação social.

A política para APLs do Governo de Minas estrutura-se nos últimos anos, especialmente a partir de 2006, com lei estadual que instituiu a Política de Apoio aos Arranjos Produtivos Locais, e com a instalação, em 2008, do Núcleo Gestor de Arranjos Produtivos Locais de Minas Gerais. Estas ações coincidiram e se juntaram com vistas à reestruturação do aparato de apoio ao setor produtivo em geral e, em particular, ao apoio de APLs, indicando uma maior preocupação com a modernização produtiva e desenvolvimento tecnológico e com o fortalecimento e diversificação da estrutura produtiva estadual.


Fonte: http://www.noh.com.br

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

A história de nossas pontes

Asseveram os mais antigos que, no local onde hoje está a ponte de cimento armado existiu, no começo de nossa história, uma ponte de madeira. A primeira a ser construída sobre o rio Sapucaí nestas paragens. Ignora-se quem tenha sido o seu engenheiro ou seu construtor, mas tudo nos leva a crer que tenha sido o Capitão João Antônio Dias, pelos conhecimentos militares que tinha. Dizem também que ela era utilizada para baldear pedras para a construção de nossa capela.
Fotografia do final do Século XIX. Para atravessar a pequena ponte era preciso pagar pedágio.
A primeira ponte durou até mais ou menos 1875, quando foi destruída por uma enchente e por falta de conservação. Com a expansão da cidade, margeando o Sapucaí, rio abaixo, foi construída pelo Sr. Joaquim (ou José) dos Santos a nossa Segunda ponte, também de madeira e coberta de Zinco. Este senhor colocou no centro da ponte uma porteira e cobrava de passagem a importância de Rs$100 para pedestres e Rs$200 para os cavalos e viaturas. O mais interessante é que esta porteira  era, naquela época, a linha divisória com o município de Paraisópolis. Os valentões da época, quando cometiam qualquer crime do lado de cá, corriam ligeiros  para o outro lado da ponte, ficando a salvo de nossas autoridades. Esta ponte durou um bom tempo e, com a enchente do ano de 1906, sofreu uma avaria, fazendo-se uma passagem provisória mais acima, para facilitar o seu conserto.
Mais tarde, com o Dr. Delfim já no Governo do Estado, preocupou-se com a dotação de uma ponte metálica para a nossa cidade. Ele encontrou dificuldade na importação da ferragem, uma vez que o período era de guerra. Sabedor disso, em conversa num Café do Rio de Janeiro, o Senador Cupertino informou ao Dr. Leopoldo de Luna da existência de uma ponte que havia sido abandonada às margens do Rio Casca.

Conta Leopoldo de Luna: “Cupertino, me contou que seu sogro foi o encarregado das providências para o transporte da ponte na estação da Leopoldina, onde foi embarcada.Gastou quinze dias na operação, em carros de boi.  Interessante como, de uma prosa corriqueira, na mesa de um bar, surgiu esta ponte que tão bons serviços prestou à nossa terra. ”Dr. Delfim Moreira não chegou a assistir à sua inauguração pois, quando faleceu, ela ainda não estava terminada.
A quarta ponte é a de cimento armado, construída no governo do Dr. Milton Campos, financiada pelo Cel. Francisco  Moreira da Costa e inaugurada em 1954.

No dia 27 de Setembro de 1981, aconteceu um dos capítulos mais trágicos da história de Santa Rita do Sapucaí. Durante uma cerimônia de batismo realizada pelos fiéis da igreja Assembléia de Deus, realizada às margens do rio, a velha ponte não suportou a grande massa de pessoas que haviam tomado toda a sua extensão para assistirem à cerimônia e ruiu. A ponte já havia sofri-do avarias alguns anos antes, quando não suportou o peso de uma máquina e quase partiu ao meio. Até então, nunca tinha ocasionado vítimas fatais
Veja, através de um texto de “O JORNAL”, como aconteceu a tragédia:
"Nossa cidade viveu momentos de tensão e desespero na tarde do dia 27 de Se-tembro, quando a ponte metálica desabou arrastando centenas de pessoas que ali se aglomeravam. A igreja Assembléia de Deus realizava nas águas do Sapucaí o seu tradicional batismo, que atraiu para o local uma verdadeira multidão, entre fiéis e curiosos. A ponte, como toda a cidade sabia, estava interditada, com a estrutura abalada na metade esquerda do rio, e não suportou o peso da massa humana que se postou em busca de uma visão melhor da cerimônia. Quando do desabamento, ocorreram cenas de horror e heroísmo, com pessoas gritando apavoradas, correntes que prendiam canoas arrebentadas a tiros e o trabalho rápido e eficiente dos canoeiros e da polícia, retirando das águas um grande número de acidentados. No balanço final, mais de quarenta feridos e, infelizmente, cinco vítimas fatais. A cidade ficou triste e de luto. "
Anos depois, foi construída uma nova ponte no mesmo lugar. A velha ponte metálica, em que o famoso Dito Cutuba subia em suas colunas e pulava com a duas mãos amarradas para agradar aos amigos, foi substituída pela “Ponte José  Neves”, inaugurada em 1985.

Take Five - Uma agência de comunicação Estratégica.

Empório de Notícias - 30 de novembro, nas bancas!

Boa tarde! Venho apresentar a nova edição do Empório de Noticias.

Capa desta edição:

Neste número:

- Entrevista: Jonas Costa conta como foi escrever a biografia da lider negra Maria Bonita.

- Miro Brandão fala sobre rádios antigos, sua trajetória e profissão.

- Giovanna Brandão Fonseca (CAPA) e a arte das cores.

- Faxina Semanal - por Nídia Telles.

- Os eleitores do Império em 1852 - por Neco Torquato Vilela.

- A missa de André Luiz (1968).

- Os santarritenses que conheceram o papa.

- A Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Negros - Por Ivon Luiz Pinto.

- Minha Carreira foi breve, muito breve - Escrito por Sinésio.

- Conheça as modalidades que irão movimentar o Country Clube neste verão.

- Inatel está entre as melhores faculdades do Brasil.

- Wander receber condecoração da Assembleia Legislativa.

- Por que você deve optar pelo ETE Ensino Médio.

- Colunas de: 
Cris Fendrich, Marcelinho Souza, Pe. Jaime, Dr. Paulo Tarso, Carlos Romero e Professor Praxedes.

O velho Mercado Municipal ainda traz saudades ao santarritense

Sempre ouvimos contar muitas e muitas  histórias sobre a beleza do velho Mercado Municipal. O tradicional prédio ficava instalado ao lado da antiga cadeia e foi demolido para a construção de uma pracinha. Algumas dessas histórias, ouvi do meu próprio avô que, por muitos anos, teve um box por lá, onde vendia as verduras e os legumes que plantava na serra da Bela Vista. Uma vez por semana,  ele sempre trazia para Santa Rita, no lombo de um burro, tudo aquilo que produzia, antes mesmo do sol raiar.

Nesta semana, trouxemos uma visão da época que nos mostra como era a rotina daquela verdadeira obra de arte que, infelizmente, foi demolida pela administração pública municipal. Se tivéssemos conservado aquela linda edificação, talvez contássemos hoje com uma peça histórica única e digna de admiração e orgulho para as gerações futuras. Mas não adianta chorar o leite derramado. A construção não existe mais. Resta-nos conhecer um pouco do que foi esta obra e rogar às autoridades locais para que tenham um pouco mais de consciência cultural. Afinal de contas, quando olhamos para trás, conhecemos nossas origens e conseguimos entender quem somos. 

 Em um artigo da Revista Flamma, de junho de 1926, descobrimos um pouco da realidade deste local. Digamos que a visão do articulista seja um “Lado b” do que foi o mercadão, mas vale a pena reproduzir:

A Visão da época

O nosso mercado é, não resta dúvidas, muito bom e bonitinho mas, em compensação, é muito pequeno. Talvez, por isso, por mais cuidado que sobre ele tenha o seu zeloso fiscal, o sr. João Rodrigues Gomes, não podemos avitar certas irregularidades que observamos por ali em dias de feira.

Cascas de frutas, folhas de verduras e terra acumuladas são encontradas pelo chão e tornam-se uma mistura escorregadia. Raro é o domingo em que não há escorregadelas por quem por ali vai calçado. Além disso, como já aconteceu à minha senhora, não tem roupa branca que por ali passe que não saia pintadinha de caldo de frutas, as quais lá se comem pelos corredores, sem o cuidado de, ao menos, as cascas serem jogadas fora.

Atendendo ao crescimento extraordinário de nossa população, seria conveniente que, na sede do município, se construisse um grande prédio para a venda de outros gêneros, destinando-se ao atual apenas verduras, frutas e aves. Por conseguinte, haveria a proibição determinante de se atirarem no chão, cascas ou quaisquer sugidades. Assim, aquele estabelecimento comercial tornaria-se digno de ser apreciado por qualquer forasteiro.

A lenda do misterioso Mato Sanico

Já dizia o grande pensador: “Há mais mistérios entre o Vintém e a Fazendinha, do que pode constatar a nossa vã filosofia”


Na sexta-feira do dia 13 de junho, a equipe do Empório saiu para uma reportagem fantasmagórica, em busca da solução de um mistério que já fez muito santarritense sentir calafrios. Afinal, que segredos esconde o famoso “Mato Sanico”?  O que aquela pequena floresta nativa, que ainda resiste à civilização e que contorna a estrada que liga a cidade ao bairro vintém, tem de tão assustadora para que tantas pessoas tenham receio de passar ali, até mesmo durante o dia? Em busca da solução desse enigma, procuramos os proprietários do local e nos deparamos com Tati Telles, que nos trouxe algumas informações.

A lenda

Tatiana na contou que Sanico foi seu bisavô e que, na verdade, não chamava Sanico e sim Feliciano. Nos meados do século XIX, sua propriedade abrangia toda aquela região logo após a “Fazendinha” e dava passagem ao bairro Vintém.  A lenda em torno do local começou quando foi plantado um grande talhão de café perto daquela mata, na divisa com o bairro São Benedito. Na época, era muito comum o roubo de café e, certa vez, foi presa por ali uma quadrilha especializada em roubar o café escondendo-o dentro de caixões. Como os assaltantes passavam por ali, sempre na madrugada, carregando o caixão, ninguém tinha coragem de abrir para conferir. Dizem que até mesmo aqueles que viam o cortejo noturno não acreditavam que a cena era real e, sim, um efeito sobrenatural. A ação dos bandidos prosseguiu por um bom tempo até que, certo dia, um “corajoso” resolveu averiguar e descobriu que não havia defunto e, sim, café, dentro do caixão. Apesar do mistério ter sido revelado, o acontecimento foi suficiente para criar uma lenda em torno daquele local e que perdura até os dias de hoje. Com o falecimento de Sanico, as histórias só aumentaram. Desde então, começaram a dizer que a fazenda, herdada por uma de suas filhas, a Silencina, ficou assombrada e que o “corpo seco” do fazendeiro surgia durante a noite naquelas matas para assustar os transeuntes. Reza a lenda que, certa feita, um desavisado caçador de passarinhos entrou no “Mato Sanico” e só saiu depois de três dias, quando foi achado com a gaiola na mão, catatônico, estado esse em que permaneceu até a morte. Desde então, as pessoas começaram a “morrer de medo” do tal corpo seco e evitavam adentrar o local. Já a família de Feliciano ficou contente com a história, uma vez que poucos tiveram a audácia de invadir a famosa propriedade depois que tais boatos se proli-feraram e jamais tiveram coragem para mexer no melhor talhão de café da família, ali plantado.

 Outra lenda envolvendo o local

Existe uma outra lenda que ajudou a proliferar os boatos de que aquela região era mal assombrada. Dizem que quando faleciam os moradores da zona rural, seus parentes e amigos os enrolavam em um lençol, levavam até a estrada que contorna o “Mato Sanico” e aguardavam até que a condução chegasse da cidade para terminarem o trajeto. Ao ser transladado um corpo para o carro funerário, o lençol era entao abandonado naquela propriedade e causava medo nas pessoas que passavam por ali, uma vez que a propriedade acabou ficando cheia de lençóis. Era mais um motivo para que a população local fizesse daquele trajeto um verdadeiro portal para o além. Vai saber... Afinal, como disse outro grande pensador: “Não acredito em 'corpo seco', mas que existe, existe...”

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Neto do Sr. Antônio Bombardino (ou Bernardino)

 A banda (Carlos Romero Carneiro)

Domingo. Estava caminhando na praça de manhã com meu filho quando nos deparamos, perto da nova fonte construída em frente ao cinema, com a querida “Lira Santa Rita”. Por entre as árvores que contornavam um pequeno espaço circular, diversos músicos preparavam-se para mais um espetáculo. Crianças brincavam displicentes, adultos já ocupavam seus lugares nos bancos e algumas pessoas contornavam aquele grupo musical formado por pessoas que a gente está acostumado a ver todos os dias pela cidade. Aqueles homens que, de segunda a sexta, desempenham profissões comuns, no domingo, encantam com a tradicional Lira.
Quando a banda começou a tocar, meu filho logo parou para ouvir, admirado com algo que, até então, ainda não tinha presenciado. Já eu, viajei longe naquela melodia que me levou a uma época distante, há mais de 20 anos. Tempo em que meu avô, Antônio Lemos Carneiro, também fazia parte do grupo e me carregava, toda segunda-feira, para os seus ensaios. Naquela época, os músicos reuniam-se no porão da Câmara Municipal. Com oito ou nove anos, enquanto os músicos tentavam ensaiar, eu simplesmente fazia barulho. Pegava um bombardino e ficava soprando a esmo, tentando acompanhar, pelo menos, o ritmo. Meu avô, que tocava tuba, o instrumento que gera o som grave e que faz mais sucesso entre a molecada, olhava pra mim e procurava não rir para não perder a concentração.

O tempo passou, meu avô faleceu, recebeu homenagens durante as alvoradas que aconteciam nas solenidades da festa de Santa Rita e a Lira se renovou. Daquela formação antiga já não há mais ninguém. Em compensação, os novos músicos, ainda hoje, continuam fazendo bonito nas manhãs de domingo e nas festividades em que são solicitados para preencher o ar de sons e aplausos. Em uma época em que as pessoas não têm tempo pra quase nada, fico contente em saber que esses senhores ainda procuram encontrar lugar para cultivar a arte. Arte que exige muito treino, muito empenho e também o dom para tornar o cotidiano um pouco mais leve.

A guerra das bandas em Santa Rita do Sapucaí (Ideal Vieira)
Se fôssemos fazer um estudo minucioso de nossas bandas de música, com todo o seu anedotário, daria até um livro. A verdade é que a nossa primeira banda chamava-se “Charanga” e nasceu por política. E por política, também foi criada a segunda, que ganhou o nome de “Mulambo”.
Quando surgiam as passeatas na cidade, saía a Charanga a tocar pelas ruas de nossas cidade e, como revide, a Mulambo já estava preparada para sobrepujar a adversária, tal como acontece hoje com nossos blocos carnavalescos. Divertia-se o santarritense com isso. Rara era a passeata em que não se via o música de uma banda tocando na outra e, assim, a briga dos partidos continuava no mesmo afã.

O senhor Manoel Luz, foi o primeiro maestro da nossa cidade e pertencia a uma dessas bandas. Com o tempo foram aparecendo novos valores e novos maestros, saídos de nosso meio, amantes de música e que deixaram seus nomes gravados nas pautas de muitas melodias que ouvimos até hoje por aí. A história foi prosseguindo, se desenrolando por política e por ciúmes, não deixando de caber um pouco de vaidade, até que a revolução de 1930, colocou as lutas políticas em água morna. A vida continou, com música e política, dando um toque diferente às nossas noites de domingo e dias de festa, com a querida tocata no jardim da praça.

Esses coronéis...

Saída a edição, foi à redação, possesso, um endinheirado posidonho e, mal cumprimentando o redator, com quem tinha grande intimidade, fez a reclamação:

- Não quero mais o seu jornal! Não serve nem para dar notícia quando a gente vem na cidade! Satisfeito, como quem tivesse dito coisa de grande importância, ia se retirar quando o professor Quinzinho, percebendo o motivo da indignação do Coronel, desculpa-se e promete retificar a notícia.

Com efeito, no domingo seguinte, mas com tanta infelicidade para o fazendeiro, a notícia saiu, mas ou menos neste teor:

“Está entre nós o ABESTADO Cel. fulano...”

Apesar disso, no mesmo dia o Coronel foi à casa do redator agradecer a atenção da notícia sem nenhuma objeção.

Dizem, não sei se é verdade, que o fazendeiro, até hoje, quando quer elogiar alguém, emprega o termo ABESTADO que, segundo sua concepção, é um bonito termo. Esses coronéis têm cada uma...

(Correio do Sul - De azevedo. 1937)

Visita de Plínio Salgado a Santa Rita do Sapucaí

Recebemos da leitora e amiga Maria Luiza Matragrano duas fotos raríssimas e que marcam um período muito importante de nossa história. Trata-se da visita de Plínio Salgado, líder nacional do Movimento Integralista, a Santa Rita do Sapucaí:
O evento, acontecido no ano de 1935 reuniu um grande número de santarritenses simpatizantes das ideias do político nascido em São Bento do Sapucaí. Estima-se que o partido tinha, só em Santa Rita, cerca de 1200 afiliados.

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Existem outras fontes iguais a de Santa Rita do Sapucaí?

Ouvi dizer que existem dezenas de exemplares iguais à nossa antiga fonte luminosa. Confesso que fiquei um pouco desapontado. Afinal, acreditava que aquele monumento era uma marca registrada da cidade. Para desvendarmos esse enigma, procuraramos saber quem foi seu construtor e procuramos imagens das fontes que ele construiu em outras cidades do Brasil. O resultado você irá conhecer a seguir.
Inauguração de nossa Fonte Luminosa.
Inventor das fontes luminosas

Antônio Corrêa Beraldo, o inventor das fontes luminosas, nasceu em Pouso Alegre. Foi em sua cidade natal que ele construiu sua primeira obra, batizada de “Independência, no ano de 1930.

Logo depois, ele construiu fontes muito parecidas em diversas cidades do país, tais como
Santa Rita do Sapucaí,
Paranaguá,
Ponta Grossa (1938)
Belo Horizonte
Rio de Janeiro
Lambari,(1950) 
Jundiaí(1950)
Lorena(1951)
Formiga(1952)
Alfenas(1952)
Vargem Grande do Sul,
Rio Branco
Santana do Livramento(1953)
Penápolis (1956)
Araras  (1957)

Chaguinha e seu amor pelo Estádio Erasmo Cabral

 Desde os tempos em que eu participava da Escolinha de Futebol do Aleluia, lembro que o Senhor Chaguinha já era muito conhecido. Aliás, difícil é morar em Santa Rita e não conhecer essa figura boa e humilde. Sempre com um sorriso estampado, receber homenagens já virou rotina em sua vida. Não há quem não admire essa lenda do nosso “campo da liga”.

“Seu Chaguinha” viu muitos craques despontarem nos gramados do Estádio Erasmo Cabral e disse que o  Zaqueiro Roque Júnior, na infância, sempre chorava quando algum jogador o derrubava na área. Para ele, os melhores esportistas que passaram por ali foram o atacante Charuto, o meia Eriberto e o goleiro Luiz Carlos. Entretanto, o que podemos perceber é que nenhum desses astros recebeu tantos troféus quanto ele mesmo. Em reconhecimento à excelência com que ajuda a administrar o campo, o zelador afirmou que tem mais de 10 taças e troféus em sua residência, localizada ao lado da Creche Municipal.

Uma curiosidade que poucos sabem, é que ele também já foi jogador. Chaguinha jogou até os 40 anos de idade e, quando abandonou os gramados, também formou um time para atuar como técnico em um dos campeonatos que aconteceram na Liga.

Fluminense é o seu time do coração. O Estádio Erasmo Cabral ele considera como sua própria casa.

Nota: O querido senhor Chaguinha faleceu logo após a publicação deste texto.

Workshop dá início à construção do plano de melhoria da competitividade de cinco APL

Um workshop, realizado na sede da Fiemg nos dias 9 e 10 de novembro, reuniu coordenadores de projetos de Arranjos Produtivos Locais (APL) e representantes da consultoria que irá desenvolver Planos de Melhoria da Competitividade (PMC) para cinco APL, marcou o início das atividades.

O PMC dos APL de Calçados e Bolsas da Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), Biotecnologia (RMBH), Móveis (Ubá), Fundição (Divinópolis, Itaúna e Cláudio) e Fruticultura (Jaíba) contempla o diagnóstico da situação atual do APL, a estratégia para seu desenvolvimento, além de ações de curto, médio e longo prazo, a serem implementadas a partir de 2011.

“O objetivo do encontro foi apresentar as equipes, mostrar o plano de trabalho inicial e também alinhar expectativas”, explica a coordenadora de Projetos do IEL, Marina Ourivio. As áreas contempladas são: tecnologia e inovação, mercado, meio ambiente e desenvolvimento social, capacitação, assessoria empresarial e logística.

O material será insumo para as ações do Programa do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) que visa aumentar a produtividade e a competitividade das empresas de sete APL. Dois deles, Eletroeletrônica (Santa Rita do Sapucaí) e Calçados (Nova Serrana), já possuem os PMC que estão sendo revisados. O projeto é realizado em parceria com o Sistema Fiemg, por intermédio do IEL, o Sebrae-MG e o Governo do Estado.

Além da participação no workshop nos dias 9 e 10, os consultores também se reuniram com as lideranças dos APL nos dias 8, 11 e 12 de novembro em Belo Horizonte e Ubá. Como desdobramento destes encontros, o plano de trabalho será detalhado e atualizado. Outra rodada nas cidades dos APL está prevista para início de dezembro.

Finalistas do Prêmio MPE Brasil serão conhecidas na próxima semana

As micro e pequenas empresas mineiras vencedoras do Prêmio MPE Brasil serão divulgadas na próxima terça-feira, 23/11. Nesta edição, mais de 2 mil empresas participaram da disputa estadual e 24 foram selecionadas finalistas. Os vencedores receberão troféu, selo e certificado e concorrerão, na etapa nacional, com as empresas ganhadoras dos 27 estados e do Distrito Federal. A cerimônia de premiação será realizada no teatro Sesiminas, em BH.

O Prêmio MPE Brasil é um estímulo para que os pequenos negócios aprimorem técnicas de gestão. Na etapa estadual são finalistas empreendimentos das cidades de Pouso Alegre, Varginha, Itajubá, BH, João Monlevade, Juiz de Fora, São João del Rei, Ponte Nova, Ipatinga, Conselheiro Lafaiete, Juruaia, Santa Rita do Sapucaí, Campanha, Ituiutaba, Araxá, Barão de Cocais, Paraguaçu e Uberaba

O prêmio será concedido nas categorias: indústria, comércio, agronegócio, serviços de saúde, educação, turismo, tecnologia da informação e serviços em geral. Empresas que investiram em serviços comunitários e na preservação ambiental concorrem ao Destaque de boas práticas de responsabilidade social.

Entre os critérios de seleção estão as práticas gerenciais e resultados como ganho de qualidade, produtividade, rentabilidade e relacionamento com o cliente.

O Prêmio

Esta é a 15ª edição da disputa em Minas Gerais, que até 2007 se chamava Prêmio Excelência Empresarial. O MPE Brasil é promovido pelo Sebrae, Movimento Brasil Competitivo (MBC), Fundação Nacional da Qualidade (FNQ), Gerdau e Confederação Nacional da Indústria (CNI).

MPE Brasil - cerimônia de premiação
23/11 -Teatro Sesi Minas

Rua Padre Marinho, nº 60 – Bairro Santa Efigênia
Belo Horizonte/MG
Fonte: Assessoria de Imprensa Sebrae-MG - em 17/11/2010

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Como a Segunda Guerra influenciou Santa Rita do Sapucaí

Ninguém gosta de sofrimento. Não há dúvida de que a Segunda Grande Guerra foi um marco de dor e de escuridão em todo o planeta. Entretanto, para que milhões e milhões de pessoas inocentes fossem salvas, alguma coisa precisava ser feita e o mundo não viu outra alternativa, senão pela força. Nesse cenário onde os valores chocavam-se com a realidade, a obrigação e a necessidade, a civilização toda mudou. Nesta matéria especial do Empório, mostraremos como a segunda guerra interferiu na vida dos nossos conterrâneos.
Recepção dos pracinhas em Santa Rita do Sapucaí.
Explode a Segunda Guerra Mundial.

Nos primeiros anos da Segunda Guerra Mundial, o governo do Estado Novo não tomou posição. Entretanto, à medida em que a guerra evoluiu, o Brasil viu-se obrigado a alinhar-se entre as nações democráticas, contra a Alemanha, a Itália e o Japão. A partir de fevereiro de 1942, os temidos submarinos alemães bombardearam muitos navios brasileiros. Ao todo, dezenove embarcações foram afundadas, com centenas de vítimas. Em agosto, o governo brasileiro declarou guerra às nações do Eixo. O Brasil tomava parte na Segunda Grande Guerra Mundial.
Recepção dos brasileiros em Montese.
A participação dos brasileiros

Em setembro de 1942, foi realizada a mobilização geral para o conflito. Dentre os voluntários que se alistaram para tomarem parte no confronto, diversos santarritenses. As consequências da guerra para Santa Rita do Sapucaí

Com a entrada do Brasil na Guerra, algumas medidas de segurança foram tomadas em todo o país. Em Santa Rita do Sapucaí, o então prefeito Frederico de Paula Cunha solicitou a produção de diversos cartões de racionamento de alimentos, afim de que fossem distribuídos entre a população com o objetivo de que não houvesse desperdício.
Cupom de racionamento de alimentos em Santa Rita do Sapucaí.
A batalha de Montese

A Batalha de Montese foi travada ao final da Segunda Guerra Mundial, de 14 a 15 de abril de 1945, em território italiano, tendo como combatentes, de um lado, a Força Expedicionária Brasileira, e do outro, as tropas alemãs. Do lado brasileiro, estava o então Tenente Paulo Cunha Azevedo, que também lutou em Monte Castelo
 A infantaria brasileira iniciou o seu avanço, sob forte resistência do inimigo. Mesmo sem comunicações, as tropas brasileiras avançaram, fazendo o inimigo recuar para a margem esquerda do rio Panaro. No dia seguinte, 15 de Abril, os alemães se renderam.

O retorno

O Jornal “O Correio do Sul” noticiou como foi a chegada de alguns dos santa-ritenses à cidade. Leia um trecho a seguir:
Recepção dos pracinhas em Santa Rita do Sapucaí. Em destaque, Capitão Paulo.
A recepção feita aos nossos pracinhas da FEB, pela população desta cidade, vem assumindo proporções crescentes de uma verdadeira consagração popular.

Soldado Mesquita, o primeiro a chegar, desembarcou  inesperadamente. Modesto e tímido, não se fez anunciar. Mesmo assim, o povo, as autoridades, bem como os estudantes, foram à sua residência e lhe prestaram com entusiasmo e orgulho, carinhosa manifestação de apreço. O TG 210, em peso, esteve lá presente e lhe prestou honras militares. Foi um espetáculo tocante em sua expressiva simplicidade.
O segundo, o destemido e simpático Hugo Dias, teve um acolhimento solene e concorridíssimo, pois o povo compareceu à estação para o vivar e acolher sua envolvente gratidão.

O terceiro, o nosso querido José Pata, provocou uma onda de entusiasmo de tal modo caloroso, que a recepção que lhe foi prestada resultou em um triunfo delirante. O pracinha santa-ritense não pôde pisar a terra carinhosa de seu berço senão à porta da matriz. Foi literalmente arrebatado do carro em que viajara e conduzido nos braços e aos ombros da massa compacta que o fôra esperar, entre fogos, vivas e às notas de duas bandas de música. Honra a vocês: José, Hugo e Mesquita! Vocês já saíram vitoriosos! O triunfo foi digno da luta – e dos lutadores!

Em outra matéria, o jornal relata a volta de “Capitão Paulo”:

De regresso da Itália, onde esteve integrando a gloriosa FEB, chegará hoje a esta cidade, pelo trem das 2 horas, o nosso particular amigo Ten. Paulo Cunha Azevedo. É mais outro expedicionário que volta à sua terra natal após uma campanha cheia de glórias para o Brasil. Como os demais, esse expedicionário será festivamente recebido por seus inúmeros amigos e admiradores. Bem avaliamos o contentamento reinante entre os seus, pelo auspicioso acontecimento. Mas essa onda de prazer não se circunscreve ape-nas ao âmbito de sua família. Espalha-se entre nós tornando-nos também venturosos.

Maurício e João no “Correio do Sul”

Retornam Maurício e João Adami, dois simpáticos e queridos conterrâneos, representantes da nova geração brasileira. Dois jovens santa-ritenses, cuja moral se tornou mais robusta, desde o momento da partida.

10 motivos para você estudar na ETE FMC

1- A ETE FMC possui um modelo de educação diferenciado, pautado na filosofia de Santa Inácio do Loyola. Desde sua fundação, a escola é administrada pelos padres Jesuítas que buscam proporcionar uma formação completa em que os futuros profissionais atuem de forma a transformar positivamente a realidade em que vivem.
2- Com 3 cursos técnicos e mais o ETE Ensino Médio, o aluno pode optar por modalidades extremamente requisitadas pelo mercado de trabalho. Os Cursos Concomitantes (Médio e Técnico, ao mesmo tempo) acontecem no período diurno, em 3 anos. Já os Cursos Subsequentes (apenas Técnico) são ministrados no período noturno, em apenas 2 anos.

3- Pesquisas apontam que cerca de 86% dos alunos que concluem o ETE Ensino Médio entram imediatamente para a faculdade. Dentro dessa estimativa, vale ressaltar que 40% dos aprovados se posicionam entre os 10 primeiros lugares.
4- O ETE Ensino Médio utiliza as apostilas do Sistema Uno de Ensino em conjunto com a Pedagogia Inaciana. Com esta proposta inovadora, é possível incentivar a análise crítica e estimular um posicionamento consciente do aluno em relação à vida.

5- A instituição possui 13 laboratórios, utilizados tanto pelos alunos dos Cursos Técnicos quanto pelo ETE Ensino Médio. Para as aulas práticas de química, física e biologia, dezenas de peças anatômicas, instrumentos de análise e microscópios compõem os ambientes de aprendizado. Já os alunos dos Cursos Técnicos podem conhecer o vasto campo da tecnologia através de centenas de equipamentos de última geração.
6- O Centro de Estudos da ETE FMC é um ambiente convidativo onde os alunos têm à disposição mais de 8 mil livros didáticos e podem ter acesso a dezenas de revistas e jornais dos mais variados gêneros. Além da biblioteca, o espaço também é composto por um excelente Laboratório de Informática, com acesso livre à internet.
7- Para as práticas esportivas e de lazer, o campus dispõe de uma piscina semiolímpica, duas quadras poliesportivas, dois campos de futebol em medidas oficiais, além de duas quadras de handball e peteca.
 
8- Para integrar a comunidade carente ao projeto de promoção social pela educação, a ETE FMC – de acordo com as orientações do Plano Apostólico da Província – oferece um abrangente sistema de bolsas de estudo. Após uma análise prévia das necessidades sócio econômicas da família do aluno, a entidade pode optar por oferecer bolsas de 50 ou 100%.

9- A vida no campus é bem agitada. No decorrer do ano, diversas atividades são realizadas para integrar os jovens à comunidade local e tornar o ambiente de estudos ainda mais dinâmico. Eventos como PROJETE – Feira de Projetos, Semana da Eletrônica (Palestras diversas de interesse do aluno), SolidariETE (Campanha de Cidadania), Retiros espirituais, Grupos de Coral e de Teatro, LiveETE (evento musical organizado pelos alunos) e diversos ciclos de debate, fazem da instituição um local de constante aprimoramento.
10- Aqueles que se formam na ETE FMC jamais deixam de se beneficiar com a imensa gama de recursos oferecidos por esta escola com mais de 50 anos de tradição. Para isso, foi criada a ASIA (Antiquis Societatis Iesu Alumnis). Uma associação que une os antigos alunos aos novos desafios da entidade, incentivando o relacionamento de diferentes gerações ao propor uma parceria de amplos benefícios.

Mais informações: www.etefmc.com.br 

Processo Seletivo: 4 de dezembro de 2010 - Eletrônica, Telecomunicações, Equipamentos Biomédicos e Ensino Médio. informações: (35) 3473 3600. 

sábado, 13 de novembro de 2010

Paulinho Pedra Azul se apresenta dia 19 de novembro em Santa Rita

Peça "Gandhi, um líder servidor" completa seis anos de sucesso e será atração do Teatro Inatel

O ator João Signorelli interpreta o líder pacifista indiano Mahatma Gandhi há seis anos no monólogo escrito por Miguel Filiage. O espetáculo "Gandhi, um líder servidor" já foi visto por mais de 10 mil pessoas em cerca de 500 apresentações.E agora chegou a vez de Santa Rita do Sapucaí, dentro da programação do Inatel Cultural.

Em única apresentação no Sul de Minas, o espetáculo acontece no dia 22 de novembro, às 20h, no Teatro Inatel, com entrada gratuita. Os ingressos serão distribuídos por ordem de chegada com 30  minutos antes do início da sessão e serão limitados a 4 ingressos por pessoa.

Serviço:

"Gandhi, um líder servidor", com João Signorelli
Dia 22 de novembro, 20h - Teatro Inatel
Entrada franca, com distribuição de ingressos com 30 minutos de antecedência
Informações pelo e-mail inatelcultural@inatel.br
Lotação do Teatro Inatel: 806 lugares + 14 posições para cadeirantes

Novidades fazem Vale da Eletrônica virar referência mundial

Você já pensou em ter em casa um monitor de TV em três dimensões que não precisa de óculos especiais? Ou quem sabe uma torneira automatizada que funcione sem precisar de nenhum toque? Ou ainda um aparelho que lhe permita acessar a internet, assistir filmes em DVD ou Blu-ray, gravar programas da TV e ainda ter um uma economia de 82% de energia? Pois saiba que essas tecnologias não só são possíveis, como são nacionais e estão sendo desenvolvidas em uma pequena cidade do Sul de Minas: Santa Rita do Sapucaí.
A cidade, de pouco mais de 37,3 mil habitantes, respira tecnologia. Tanto que foi apelidada de “Vale da Eletrônica”, uma referência ao “Vale do Silício”, que fica nos Estados Unidos. Hoje o parque industrial de Santa Rita do Sapucaí reúne 141 indústrias de tecnologia e emprega 9,5 mil colaboradores. As empresas são responsáveis pela fabricação de cerca de 12 mil produtos nas áreas de eletroeletrônica, telecomunicações, radiodifusão, informática, entre outros.
Crescimento
A região de Santa Rita do Sapucaí já se dedica ao desenvolvimento de produtos eletrônicos desde a década de 1960, mas foi nos últimos cinco anos que a cidade se tornou reconhecida nacional e internacionalmente, principalmente pela fabricação da urna eletrônica brasileira e dos componentes de transmissão e recepção da TV digital. De acordo com o Sindvel (Sindicato das Indústrias de Aparelhos Elétricos, Eletrônicos e Similares do Vale da Eletrônica), em quatro anos o número de empresas instaladas e de empregos gerados quase dobrou. O faturamento delas cresceu 130% e já chega a R$ 1,15 bilhão.
A expansão do pólo industrial também pode ser observada no crescimento populacional de Santa Rita do Sapucaí. De acordo com os últimos dados divulgados pelo IBGE, em 10 anos, o município registrou um aumento de 19,5% em sua população, com 6,1 mil novos moradores.
Terra de oportunidades
O destaque da cidade sul mineira na produção de eletrônicos tem atraído pessoas de várias partes do país. Um exemplo é o empresário Carlos Fernando Tenório Júnior, proprietário da Sairox Tecnologia de Equipamentos de Informática e Eletrônica LTDA. Ele optou em ir para a cidade em 2006 para fazer o curso de Engenharia Elétrica no Inatel (Instituto Nacional de Telecomunicações), apesar de também ter passado em faculdades de São Paulo (SP) e Blumenau (SC). Ele não só se formou, como abriu a empresa com um colega de faculdade com o apoio de uma incubadora. “Santa Rita é uma cidade muito boa para se trabalhar, ou melhor, para ser empreendedor, pois nós respiramos empreendedorismo. Aqui todos sabem um pouco que seja, mas sabem o que é ser empreendedor”, diz ele.
A empresa de Carlos lançou recentemente o “Midix – Media Center”, um equipamento que converge tudo o que é encontrado em uma sala de TV (ver no final da reportagem). Segundo o presidente do Sindvel, Roberto de Souza Pinto, no Vale da Eletrônica uma empresa se desenvolve em decorrência do negócio de outra, o que estimula o surgimento de novas empresas e a formação de uma cadeia produtiva cooperada. “Mais de 70% das empresas terceirizadas partem da produção, o que gera espaço para novos empreendimentos ao mesmo tempo em que incentiva a especialização daqueles já consolidados. Cada item fabricado, por exemplo, envolve a mão de obra e produtos de 15 empresas”.
Novos rumos
De olho na expansão e nas exportações das empresas do vale da eletrônica, o Sindvel iniciou a abertura de escritórios no exterior para estreitar as relações com empresários de outros países. O primeiro deles foi aberto em Montevidéu, no Uruguai, e mais quatro agências devem ser inauguradas ainda este ano no Chile, no México, na China e nos Estados Unidos.
Em outubro, uma comissão de diretores e vários empresários de Santa Rita do Sapucaí estiveram na Ásia, visitando feiras em Taiwan e em Hong Kong para acompanhar o lançamento de produtos, designs e tendências de mercado. Eles também aproveitaram a visita para participar de uma rodada de negócios com representantes de empresas fabricantes de semicondutores, para viabilizar a compra de matéria prima direto do fabricante.
“A tendência de Santa Rita do Sapucaí para os anos de 2014 e 2015 é ser considerado pólo exportador de soluções tecnologias de produtos industrializados. Hoje, os produtos do município só perdem para outros países na questão do custo de produção, como é o caso da China, onde a mão de obra é muito barata. Hoje o mundo já conhece Santa Rita. Quando chegamos nas maiores feiras do mundo, as pessoas já sabem tudo sobre a cidade”.
Novidades
Algumas das novidades que citamos no início desta reportagem já estão disponíveis para venda ao público. Elas foram lançadas durante a 11ª Feira Industrial do Vale da Eletrônica que aconteceu em setembro. Confira abaixo mais detalhes sobre alguns desses produtos:
Lâmpadas econômicas
A Sensotron Eletrônica lançou lâmpadas de LED que economizam mais de 50% da energia gasta com iluminação nas ruas e rodovias. O objetivo é reduzir o consumo pela metade com a substituição das lâmpadas fluorescentes convencionais. Além disso, as lâmpadas utilizadas em postes de luz nas ruas e rodovias têm uma vida útil de dois anos. Já as de LED alcançam 10 anos de utilização.
A empresa já começou o processo de fabricação e algumas unidades já estão sendo comercializadas.
Sensotron Eletrônica – (35)3471-7277
comex@sensocar.com.br
Banheiros Automatizados
A Tecrold Indústria e Comércio de Equipamentos Eletrônicos lançou uma torneira controlada por sensor de presença, válvulas eletrônicas para mictório e até um lavabo eletrônico com sistema antivandalismo. O funcionamento de cada produto é feito através de um sistema infravermelho, em que o usuário não precisa usar as mãos para abrir ou fechar torneiras ou tocar na válvula para acioná-la. Segundo o fabricante, os produtos foram desenvolvidos para eliminar falsos disparos de água e permitem um controle do tempo de uso.
Os produtos já estão disponíveis para venda.
Tecrold Indústria e Comércio de Equipamentos – (35)3471-4287
http://tecrold.com.br/
Monitor 3D sem óculos
A Tridelyt lançou um monitor com tecnologia 3D que dispensa o uso de óculos especiais. O produto é dividido em duas categorias: multi-view e single-view. A visualização em 3D é possível através de uma tecnologia óptica que permite mostrar imagens a apenas um dos olhos do espectador. Essas imagens possuem diferentes perspectivas que, ao chegar ao cérebro, são convertidas em uma imagem em terceira dimensão.
De acordo com o fabricante, a princípio o produto está sendo comercializado apenas para empresas que trabalham com propaganda, já que os monitores permitem uma visualização em três dimensões para grande número de espectadores ao mesmo tempo. O custo para fabricação desses equipamentos também é alto. Hoje um modelo de 42 polegadas é vendido ao preço de R$ 22 mil e as redes de televisão ainda não oferecem a tecnologia. Mas, é uma promessa para os próximos anos.
Tridelity – (35)3471-9379
www.tridelity.com.br
Convergência
O Midix é o lançamento da Sairox. Ele agrega as funções de um DVD ou Blu-ray Player, MP3 Player, acesso à internet, receptor de TV Digital e acesso a arquivos como fotos, músicas, imagens, entre outras funções, tudo diretamente pela tela do televisor. O produto ainda oferece uma redução de 82% no consumo de energia elétrica.
O produto já está disponível para venda no site da empresa.
Sairox – (35)3471-3049
www.sairox.com.br
Rastreador de pessoas
A Alarmes Santa Rita, que se dedica à fabricação de rastreadores e bloqueadores automotivos via satélite, lançou um rastreador de pessoas. Através dele é possível acionar socorro em caso de emergências, localizar indivíduos no meio de uma multidão, orientar a logística de transporte de políticos e celebridades, entre outras funções.
O produto está em fase de testes e ainda não há previsão de quando vai chegar ao mercado.
Por Lucas Soares - EPTV.com