sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Agências de Notícias veiculam matérias sobre venda da Linear

Duas reportagens sobre a venda da Linear, traçam um panorama da empresa de tecnologia mais tradicional da cidade

Matéria da Convergência Digital:

TV Digital: Crédito leva Linear se associar à japonesa Hitachi Eletric
 
Em entrevista ao Convergência Digital, Carlos Alberto Fructuoso, presidente da Linear, empresa 100% nacional especializada na manufatura de antenas e equipamentos para Broadcast e TV digital,com fábrica instalada em Santa Rita do Sapucaí (MG), nega categoricamente que a Linear tenha sido integralmente comprada pela Hitachi Eletric. Também desmente que o valor do acordo tenha ficado em torno de US$ 13 milhões, como o noticiado pela Dow Jones, nesta quarta-feira, 24/08.

O presidente da Linear sustenta que se associou à japonesa Hitachi Electric para manter o fôlego dos negócios. O objetivo do acordo visa buscar capital internacional para garantir a liberação de crédito para os clientes. O presidente da empresa garantiu ainda que não pegou crédito no BNDES ou em outro órgão governamental, apesar das linhas oficiais existentes para a TV digital.

"O que fizemos com a Hitachi Eletric foi uma associação de longo prazo", insistiu Fructuoso, evitando sempre em falar na palavra venda de controle ou em divisão de participação acionária. Segundo ele, a Linear enfrentava grande dificuldade para vender porque não tinha capital para fazer o financiamento ao cliente e, por isso, foi buscar um parceiro, uma vez que as politicas públicas para TV digital nunca ficaram totalmente definidas. "Perdíamos contratos para fabricantes com dinheiro liberado no exterior e não podemos deixar de ver que TV digital está aquecido", admite.

O acerto com a Hitachi Eletric, que não atuava no Brasil e vai investir em broadcast e e em outros setores, segundo revelou o presidente da Linear, foi a saída para enfrentar essa questão do crédito - os fabricantes estrangeiros pegavam linhas no exterior e, aqui, há uma dificuldade grande de acesso em função da taxa de juros e da valorização do Real. "Agora temos condições de financiar os clientes no Brasil e na América Latina e também vamos vender nossos produtos no Japão", acrescenta.

Indagado se o fato de deixar de ser uma empresa 100% nacional a faria perder espaço nas negociações governamentais - o Brasil usa a questão da manufatura local como um dos dividendos para a opção pelo padrão ISDB-T - Fructuoso assegura que, neste momento, o mais importante para a Linear é o de garantir recursos para financiar os contratos e o próprio negócio.

"Tenho dois galpões - um com 7500 metros quadrados e outro com 10.500 metros quadrados. Este último só tinha 20 funcionários. O momento estava muito complicado. Com os recursos que a Hitachi vai aportar vamos acelerar nosso manufatura e brigar por clientes no exterior e no Brasil", detalha.

Durante toda a entrevista, Fructuoso negou a venda do controle à Hitachi Eletric e insistiu em usar a palavra associação para explicar o negócio. Mas ao ser novamente indagado sobre valores foi taxativo: "Posso garantir que se eu tivesse faturado os US$ 26,8 milhões que a notícia veicula, não venderia meu negócio por US$ 13 milhões", completou Fructuoso.

Fonte: Convergência Digital 

Matéria da Computer World:

Hitachi fecha acordo de compra da empresa brasileira Linear

Segundo presidente da empresa mineira de equipamentos para TV digital, Carlos Fructuoso, grupo japonês deverá controlar 70% do negócio.
A fabricante brasileira Linear e Equipamentos Eletrônicos acaba de ser comprada pela Hitachi Kokusai Electric. O negócio foi anunciado durante a feira Broadcast & Cable 2011, que encerrou hoje (25/8), em São Paulo. O presidente da companhia, Carlos Fructuoso, informa que o grupo japonês fechou acordo para adquirir 70% do controle da empresa nacional.

“Essa participação será no longo prazo e não de imediato”, informou Fructuoso, um dos fundadores da Linear, que operara no Brasil há 34 anos com fábrica instalada na cidade de Santa Rita do Sapucaí (MG). Ele não revelou o valor da transação, que chegou a ser estimado pela imprensa  em 13 milhões de dólares.
A Linear fabrica equipamentos para TV digital e transporte de sinais. A empresa também exporta e conta com uma planta industrial também nos Estados Unidos para equipamentos de TV digital no padrão norte-americano, que abastece aquele mercado e o Canadá. Segundo, Fructuso, a indústria brasileira atende a cerca de 40 países, incluindo os da América Latina, Ásia, África e Estados Unidos.

“Percebemos que tínhamos muita sinergia com a Hitachi e agora vamos ter uma linha completa de produtos para atender ao Brasil e aos mercados em que atuamos”, informou Fructuoso à COMPUTERWORLD. Porém, ele destaca que o maior ganho para a Linear com aquisição é a entrada da empresa no Japão, país onde a companhia ainda não havia chegado.

“As pessoas aqui no Brasil sempre dizem que os produtos dos japoneses são melhores que os nossos. Agora é nossa oportunidade de mostrar que somos bons em tecnologia, tanto que vamos vender no Japão com a Hitachi”, afirma o presidente da Linear. Ele considera que o acordo é estratégico para a Linear ganhar mais fôlego e enfrentar concorrentes como a Harris e Screen Service.

Além de levar equipamentos de TV digital para o Japão, a Linear aumentará a sua oferta. A empresa passará a oferecer câmera de alta definição e equipamentos para broadcast no Brasil em nos demais mercado em que opera. O nome da empresa deverá ser mantido.


Fonte: Computer World

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