segunda-feira, 13 de junho de 2011

Giovanna e a arte das cores

Ao adentrar a residência de Giovanna Brandão Fonseca, deparei-me com uma jovem como tantas outras de sua idade. Os gostos eram bem parecidos. A maneira de falar e de se vestir também. Não demorei a perceber que, como todo Brandão, ela também era muito ligada em música, cultura e artes. Sobre a mesa, três caixas ornamentadas guardavam as ferramentas de seu passatempo: colorir tudo o que vê pela frente.

A paixão desta garota pela ilustração vem da infância. Em seu caderno de escola, cada centímetro era preenchido com o que ela estava pensando no momento. Quando a folha ficava pequena para sua imaginação, os lápis Faber-Castell preenchiam os contornos negros com vida e cor. Estava mais do que evidente que ela detinha o dom de encantar através de suas expressões. E ela o fez.

Aos 17 anos, um sonho deu origem à sua primeira obra. Giovanna viu-se dentro de um quadro, rodeada de recordações de seu primeiro namorado. Estava tudo lá: a coqueteleira que trouxe de presente de uma de suas viagens, a guerra de creme dental, o filme a que assistiram juntos, o café de todas as tardes, a banda favorita, o dia do primeiro beijo, o seriado que não perdiam e as frases ditas no primeiro encontro. Apesar do namorico não ter resistido, da inspiração surgiu uma obra genial, produzida em apenas 10 dias.

Depois de conhecer um pouco a vida da artista, fui levado à sala de televisão onde estava exposta a tela “ColorFull”. O nome, inspirado em uma música, não poderia ser mais adequado. Fiquei maravilhado ao ver um quadro tão belo, produzido em minha cidade, mas que poderia muito bem estar estampado em qualquer exposição das grandes capitais. Dezenas de pequenas ilustrações feitas a lápis formavam um todo harmônico e muito vívido. O inconsciente da artista havia se materializado. Estava tudo ali, sem qualquer ordem, mas cumprindo muito bem o seu papel.
Com o sucesso da primeira obra, surgiram as encomendas, mas Giovanna preferiu não converter seu passatempo em cifras. Os únicos privilegiados foram seus tios Cimaly e Carlos José “Papão” que pediram à garota algo sobre os Anos 80 e acabaram presenteados com uma obra genial em que múltiplos elementos mostram como foi a década anterior ao seu nascimento.

Giovanna não nos revelou muito sobre a atual criação. Apenas disse que tem muito a ver com seu momento. Com o apoio de sua mãe, Cidaly, e do avô Miro, a artista segue preenchendo seu tempo livre com os mais variados tons.
(Carlos Romero Carneiro)
Esta reportagem é um oferecimento de:

Um comentário:

  1. O talendo dessa menina é maravilhoso e vai longee!!! Tive o prazer de conviver alguns anos ao lado do encanto, carisma e felicidade dessa pessoa especial. E é com muito orgulho que hoje posso chamá-la de AMIGA. Fiz a minha escolha e não é todo dia que posso vê-la, como antes, mas mesmo distante, eu SEMPRE estarei contigo. Gi, parabéns por esse dom de deixar a vida das pessoas mais colorida!! Morreeendo de saudade...te amo amigaaa!!! Beijoss da METADE, Isa.

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