Saída a edição, foi à redação, possesso, um endinheirado posidonho e, mal cumprimentando o redator, com quem tinha grande intimidade, fez a reclamação:
- Não quero mais o seu jornal! Não serve nem para dar notícia quando a gente vem na cidade! Satisfeito, como quem tivesse dito coisa de grande importância, ia se retirar quando o professor Quinzinho, percebendo o motivo da indignação do Coronel, desculpa-se e promete retificar a notícia.
Com efeito, no domingo seguinte, mas com tanta infelicidade para o fazendeiro, a notícia saiu, mais ou menos neste teor:
“Está entre nós o ABESTADO Cel. fulano...”
Apesar disso, no mesmo dia o Coronel foi à casa do redator agradecer a atenção da notícia sem nenhuma objeção.
Dizem, não sei se é verdade, que o fazendeiro, até hoje, quando quer elogiar alguém, emprega o termo ABESTADO que, segundo sua concepção, é um bonito termo. Esses coronéis têm cada uma...
(Correio do Sul - De Azevedo. 1937)
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