terça-feira, 5 de outubro de 2010

Mariana Borges

Há algumas décadas viveu em Santa Rita do Sapucaí uma senhora conhecida como Mariana Borges. Segundo contam os antigos, ela portava sempre um cajado para facilitar sua locomoção e percorria, diariamente, muitas ruas da cidade. Por ter os olhos muito azuis, os meninos da cidade escondiam-se nos terrenos e contruções por onde ela passava e chamavam-na de Mariana “Gata”. O fato é que ela detestava que se referissem a ela por esse apelido e sempre irritava-se quando brincadeiras assim aconteciam. Por ter uma vida muito sofrida, acreditam muitos santa-ritenses que ela hoje, depois de falecida, realiza muitos milagres a quem pede sua intercessão. Se buscarmos informações junto aos habitantes locais, não é difícil encontrar aqueles que sempre rezam para ela ou pedem missas em sua intenção. Entretanto, algo sempre me chamou a atenção: se ela se entristecia quando se referiam a ela pelo apelido maldoso, porque seu túmulo fica sempre repleto de gatinhos de louça dos mais diversos tipos? A conclusão a que cheguei é que, com o tempo, as pessoas foram perdendo o elo de ligação relacionado à sua verdadeira história. Com os anos, as pessoas não sabiam mais o motivo de ela ser conhecida pelo apelido e colocavam os gatinhos sobre o jazigo como forma de agrado à intercessora.

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