terça-feira, 22 de setembro de 2015

Exposição em Minas Gerais expõe invenções que só existem na ficção científica

Faltando menos de duas semanas para a Projete (a Feira de Projetos Futuristas da ETE FMC), a movimentação é grande para colocar os 160 protótipos desenvolvidos pelos alunos em funcionamento, até a abertura da exposição. A criatividade continua em alta e é possível perceber uma grande preocupação em oferecer soluções que promovam o bem-estar. 
Alunos desenvolveram um equipamento capaz de fazer com que portadores da Síndrome de Down aprendam a caminhar com maior facilidade.
Um projeto inédito e muito interessante é uma pista interativa voltada à fisioterapia infantil para portadores da Síndrome de Down. Como o processo de realização da “marcha” é mais delicado em crianças com este tipo de necessidade, um dos grupos desenvolveu um projeto sem similares no mercado que torna os exercícios mais divertidos, monitora o desempenho através de sensores e processa as informações por um software desenvolvido pelos próprios alunos. O objetivo é colocar a solução em testes na APAE de Santa Rita do Sapucaí (MG) para, posteriormente, realizar ajustes e inserir o produto no mercado.
Inspirados pelo filme Elysium, alunos devem apresentar uma versão de
exoesqueleto para remoção de escombros.
 
Inspirados por filmes e games, outro grupo tem realizado experimentações de um projeto que só possui similares na ficção científica. Impulsionado por um sistema de compressores, o “exoesqueleto para bombeiros” aumenta a força empregada na remoção de escombros e já tem seu primeiro protótipo em fase de testes. Segundo os integrantes do grupo, a ideia surgiu após assistirem ao filme Elysium que utilizava um modelo semelhante, no ano de 2159. Além de proporcionar um aumento de força, o equipamento tem a capacidade monitorar a massa e sinalizar excessos que poderiam comprometer o equipamento.
Portadores de deficiência visual terão suporte de um sensor de
aproximação para obstáculos suspensos.
Também inédita no mercado, outra invenção deve facilitar muito a vida dos portadores de deficiência visual, através de uma luva que vibra, caso o usuário encontre-se diante de algum obstáculo, acima da cintura. O objetivo é potencializar os benefícios da tradicional bengala e atende a uma necessidade antiga: monitorar ameaças suspensas a uma distância de até quatro metros.
Alunos devem apresentar um sistema que controla o fluxo de medicamento em um hospital através do celular. Tecnologia vem substituir equipamento de alto custo.
Para oferecer ao mercado uma solução mais acessível ao sistema de monitoramento fármaco hospital, um dos projetos criou uma versão do equipamento que só possui similar no país no Hospital Albert Einstein. O protótipo monitora validade, controle de lotes, horário de medicação, além de muitas outras funcionalidades. A sacada foi substituir um equipamento complexo que realiza o trabalho por um software que pode ser instalado em um computador comum e um aplicativo para celular. Ao aplicarem a tecnologia de QR Code, a invenção sinaliza o caminho percorrido pelo medicamento, do almoxarife ao paciente com grande eficiência.

A Projete:


Em sua XXXV edição, a Projete acontece dos dias 7 a 9 de outubro, das 18 às 22 horas, no campus da Escola Técnica de Eletrônica “Francisco Moreira da Costa” (ETE FMC). Sétima escola do mundo no segmento de eletrônica, a ETE FMC é conhecida internacionalmente como uma mais importantes instituições de ensino do país e integra a Rede Jesuíta de Educação, com colégios espalhados pelo mundo inteiro e quase 500 anos de tradição.

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