Indústria finlandesa teme inviabilização de investimento de € 7 milhões.
O investimento de € 7 milhões que seria feito em Santa Rita do Sapucaí pela Luvata, indústria de refrigeração, pode não sair do papel. A empresa, com matriz na Finlândia, fechou benefícios fiscais com o governo do Estado em novembro de 2014, mas não chegou a assinar o protocolo de intenções, aguardando aval da sede. Em fevereiro deste ano, a autorização foi dada. Desde então, no entanto, os diretores da companhia não conseguem contato com a atual administração de Minas Gerais.
O investimento de € 7 milhões que seria feito em Santa Rita do Sapucaí pela Luvata, indústria de refrigeração, pode não sair do papel. A empresa, com matriz na Finlândia, fechou benefícios fiscais com o governo do Estado em novembro de 2014, mas não chegou a assinar o protocolo de intenções, aguardando aval da sede. Em fevereiro deste ano, a autorização foi dada. Desde então, no entanto, os diretores da companhia não conseguem contato com a atual administração de Minas Gerais.
“Já
ligamos, mandamos e-mail e nada. Simplesmente não temos retorno”, critica o
diretor-geral da Luvata no Brasil, Maurício Magalhães. A insegurança da Luvata
gira em torno da resolução 4.751, publicada em fevereiro pelo governo e
assinada pelo secretário da Fazenda do Estado, José Afonso Bicalho.
O documento prevê a padronização dos protocolos de intenção, inclusive por setor de atuação, até dezembro. O assunto foi tema de audiência pública nessa terça-feira (5), na Assembleia Legislativa.
Realizada a convite do presidente da Comissão de Turismo, Indústria, Comércio e Cooperativismo, deputado Dalmo Ribeiro (PSDB), a audiência teve a participação de representantes da oposição e de empresários. O governo estadual não enviou representantes.
Critérios
“Queremos saber quais critérios serão levados em consideração. Os empresários têm medo de o governo alterar o que já foi acordado com eles”, afirma Dalmo Ribeiro. De acordo com o deputado, 1.800 casos de investimento serão analisados pelo governo estadual.
Sem resposta
Segundo a assessoria de imprensa da Secretaria da Fazenda, Bicalho estava viajando. O secretário de Desenvolvimento Econômico, Altamir Rôso, participou de outra audiência na Assembleia no mesmo horário, mas não comentou o assunto.
“Saí de São José dos Campos com a expectativa de voltar com uma resposta. É uma falta de profissionalismo o governo não enviar ninguém. Em tempos de recessão, a impressão que temos é a de que Minas não quer nosso investimento. Não tenho mais respostas para meus superiores na Finlândia”, diz o diretor da Luvata.
A empresa, segundo ele, deu entrada em processos semelhantes em Minas Gerais, no México e na Índia ao mesmo tempo. No México, já há produção. Na Índia, o processo está avançado. “Em Minas Gerais não anda”, reclama.
O deputado Dalmo Ribeiro vai requerer a convocação formal do governo do Estado junto ao presidente da Assembleia, Adalclever Lopes (PMDB), para que haja explicação dos critérios utilizados na resolução 4.751. “Primeiro convidamos. Já que eles não querem se explicar, vamos entrar com pedido para convocação”, afirma o deputado. Caso o representante convocado não compareça, pode responder a processo administrativo.
Enquanto a audiência era realizada, o deputado Alencar da Silveira Júnior (PDT) batia panelas, em manifestação. “O governador tem que entender que ele governa um Estado, não um partido”, criticou.
É os ptralhas em ação. Estamos lascados.
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