“Tão veloz quanto um atleta de alto rendimento, a
tecnologia avança, em todos os setores, e requer constante evolução.” Com essa
ideia em mente, o professor de Educação Física da ETE FMC, Eduardo Ribeiro,
percebeu que muitos protótipos desenvolvidos pelos alunos da escola de
eletrônica poderiam sofrer adaptações para serem aplicados no mundo esportivo,
mas esbarravam em alguns obstáculos. Em primeiro lugar, os protótipos eram
desmontados após a feira e perdiam a chance de virarem bons produtos. Em
segundo, porque eles não tinham um local apropriado para aprimoramento e
testes. “Quando estagiei na Escola Paulista de Medicina, via muitos atletas de
seleções serem submetidos a avaliações e constatei que os testes utilizavam
equipamentos caros e importados. Eu pensei: porque não desenvolvermos produtos,
dentro da ETE FMC, com o objetivo de suprir esta demanda, mas com preços
competitivos para o mercado brasileiro?” – foi a reflexão do professor Ribeiro.
Com este raciocínio, ele começou a orientar os alunos que
desejassem aplicar a tecnologia ao setor esportivo e diversos protótipos
começaram a surgir, com o suporte de profissionais da área técnica, dentro da
própria instituição.
Para dar suporte ao professor, o DDI (Departamento de
Desenvolvimento Institucional), setor que visa a captação de recursos e criação
de parcerias, entrou em cena para ajudá-lo a desenvolver um documento a ser
inscrito para receber apoio externo. Os recursos vieram de uma empresa da
Espanha, ligada aos Jesuítas, que investiu no projeto e ofereceu a oportunidade
para que a escola criasse um local apropriado para desenvolvimento e testes de
equipamentos eletrônicos.
Até o momento, dois protótipos têm sido testados no local.
Em paralelo às atividades técnicas, a escola tem utilizado o espaço para
oferecer aulas de ginástica, nos cerca de 20 equipamentos adquiridos
especialmente para o “Laboratório do Corpo”. Professores de outras disciplinas
e da área de biomedicina também têm utilizado o local para planejar suas aulas
ou aprimorar os seus conhecimentos sobre técnicas de reabilitação. Para
oferecer apoio a este volume considerável de ações, a professora Liana Ordine
tem se responsabilizado pela academia, com o apoio de um instrutor, formado em
educação física, que acaba de ser contratado. A previsão é de que, nos próximos
meses, um profissional da área técnica também atue em tempo integral.
Como a carreira de um atleta é limitada em função da
idade, tais profissionais requerem soluções rápidas para suas necessidades, o
que levou a ETE FMC a buscar parcerias com instituições que a auxiliem na
transformação desses protótipos em produtos, rapidamente. “Estamos em
negociação com algumas instituições e, em breve, teremos firmado importantes
parcerias.” – diz o professor Ribeiro.
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