terça-feira, 16 de abril de 2013

Totalmente nacional, BR Token quer triplicar número de canais em 2013


“Nossa história é a de dois loucos que decidiram abrir uma empresa no Brasil”, apresentou-se César Lovisaro da fabricante BR Token. O embrião da companhia nasceu em 2003, quando o hoje diretor comercial e antigo dono de revenda se uniu a Alexandre Cagnoni, então funcionário da RSA e hoje diretor de tecnologia da empresa, para trazer ao Brasil tokens de segurança da Vasco, via representação comercial.
Alguns anos depois, em 2007, os sócios identificaram na fabricação de produtos uma oportunidade para tocar um negócio 100% nacional. No mesmo ano entraram com pedido de patente para a produção de um autenticador de segurança. O diferencial da tecnologia era de capacidade de capturar informações da transação na tela, com auxílio da emissão de luz do display. “Isso ajudava a evitar ataques de man in the middle”, contou Cagnoni. Esse tipo de invasão, por ser nova, era algo não identificado pelos tokens disponíveis na época.
Foi após uma apresentação no espaço inovação do Ciab daquele ano, via Instituto de Tecnologia de Software (ITS), que a companhia obteve investimentos do então CIO do Banco Real, Carlos Eduardo Corrêa da Fonseca – o Karman, morto em 2011 -,  para fortalecer as operações. A fabricação dos produtos foi feita em um galpão cedido pela prefeitura de Santa Rita do Sapucaí, em Minas Gerais, com a contrapartida de contratação de mão de obra na região.
Com clientes majoritariamente da área financeira –e  quase que exclusivamente do Banco Bradesco – a companhia busca diversificar sua base com ajuda de canais. Atualmente são 30 parceiros, número que deve chegar a 90 até o fim deste ano. “Nós temos soluções corporativas que podem ser usadas na autenticação de funcionários e em diversas outras transações”, pontuou Cagnoni. Entre as soluções em desenvolvimento, estão a produção de tokens com tecnologia RFID, que podem validar entrada em sistemas corporativos e em ambientes físicos. O portfólio total conta com softwares de autenticação, tokens eletrônicos, tokens móveis e tokens de desafios e respostas, além de abertura de APIs para integração de soluções e do servidor SafeCore Server.
Ano passado a empresa iniciou também uma parceria com a Safenet, mediante produção OEM de tokens. Com projetos como este aliado a um plano de internacionalização, a BR Token espera obter 1,5 milhão de dólares vindos de fora do País. Para isso, conta com um gerente de canais para desbravar os mercados internacionais. O plano de canais é de 2,5 milhões de reais vindo de parceiros, e 3% das vendas sendo revertidas em verbas de marketing. A companhia deve faturar, de forma geral, 12 milhões de reais neste ano, com a maior parte vinda de encomendas feitas do Banco Bradesco. “Queremos manter nossas ofertas da área financeira, mas pretendemos crescer na área corporativa”, finalizou Lovisaro.

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