quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Fernando da Gata e sua caçada em Santa Rita do Sapucaí

Bandido brasileiro mais procurado na década de 80, foi morto em Santa Rita.
Na década de 80, um bandido cearense, da cidade de Russas, de 21 anos, tornou-se famoso no Brasil inteiro por aterrorizar a população de várias cidades em seqüências de assaltos e fugas que deixavam a Polícia atônita. Fernando Soares Pereira, o "Fernando da Gata" acabou morrendo à bala, no dia 3 de setembro de 1982, durante uma perseguição policial, no município mineiro de Santa Rita do Sapucaí, que vivia em clima de terror em decorrência das ações bandidas. Mas de repente o transformou numa espécie de "herói". A morte de Fernando da Gata, que era acusado pela Polícia, na época, de 21 assaltos e 19 estupros somente em São Paulo foi noticiada com destaque na imprensa de todo o País, principalmente nos noticiários de televisão. O corpo dele foi sepultado, mesmo como indigente, de terno e gravata e urna de luxo, doados pela população da cidade mineira de Pouso Alegre, que também viveu em clima de terror. Lá um industrial muito conceituado na cidade, por conta do terror que se criou sobre Fernando da Gata, matou em casa, de madrugada, a própria filha ao confundi-la com o assaltante. Mas no Ceará o mito Fernando da Gata também não foi diferente. Na época me reportei sobre o assunto nos noticiários policiais do O POVO. O corpo de Fernando da Gata, depois de exumado no cemitério de Pouso Alegre foi trazido de avião para Fortaleza. No momento do seu desembarque no Aeroporto Pinto Martins, dezenas de curiosos estavam lá e houve até quem o aplaudisse como herói. Do Aeroporto Pinto Martins, o corpo de Fernando da Gata foi levado para Russas, na Região Jaguaribana. Na tarde do dia 21 de setembro foi sepultado. Dezenas de pessoas dormiram no portão principal do cemitério aguardando a hora do enterro. A Rádio Progresso de Russas anunciava em sucessivas edições extraordinárias a chegada de caravanas de cidades e distritos vizinhos, em ''paus-de-arara" para assistirem o sepultamento. Muitos traziam flores. Um locutor de uma TV de Fortaleza disse que a emissora estava no ar extraordinariamente naquele momento (do enterro) por causa da importância do fato. Depois do sepultamento de Fernando da Gata, a imprensa cearense voltou a se reportar sobre o assaltante maníaco que aterrorizou cidades do Pais. O repórter Francisco Taylor, o "Mão Branca", da TV Cidade, questionou o fato de que o assaltante cearense morreu mais por fome do que pelo único tiro levado. Disse quando caçado nas matas de Santa Rita do Sapucaí passou dias sem se alimentar. O jornalista Oswald Barroso, do O POVO, na época questionou a fama que se formou sobre o assaltante e escreveu uma reportagem intitulada: "Fernando da Gata, um simples de chinelo ou apenas um pirangueiro".

Fonte: DZ7 News

2 comentários:

  1. Estava no tiro de guerra nesta epoca. Realmente, foi um terror. Tivemos que tirar guarda com balas de verdade.....

    Maão

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  2. esse maldito fez horrores na minha cidade, fez uma inocente morrer, que arda no fogo do inferno.

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