Antes, a nossa praça principal era, no dizer do poeta Oswald de Andrade: “Simples como um largo de igreja”. Por muitos anos, ela serviu de pouso para as vacas do Sr. Antônio Paulino.
O anedotário da época é repleto de histórias sobre os tropeços dos pedestres ao se depararem com alguma vaca deitada no meio do caminho. Naturalmente, na escuridão da noite, não podiam ver e eram comuns os trambolhões ou mesmo saírem montados numa delas. Dizem que daí surgiu uma frase muito dita na época: - Olha a vaca!
Do largo, o seu casario era bem diferente do que é hoje e os seus moradores também. Alguns deles ainda são lembrados, como o Sr. Chico Balbino que tinha uma casa com dez portas e que ocupava o local onde hoje estão situados o cinema e o fórum.
Era assim a nossa praça até que, um dia, três amigos desenharam uma outra praça cheia de flores. Pensaram e agiram. Eram eles: o advogado Leopoldo de Luna, o Professor Joaquim de Souza e o pintor Pergentino Dutra. Para a execução da obra, “correram” o chapéu entre os nossos moradores e conseguiram ainda com Cel. Joaquim Inácio a peroba para instalarem a cerca do jardim. Eles traçaram então os caminhos por entre os canteiros e se depararam com um Cruzeiro que existia onde hoje está o coreto. Para a sua remoção, tiveram que substitui-lo por uma coluna e nela e colocarem a imagem da nossa padroeira. O Cruzeiro foi então transplantado para o alto da rua do cruzeiro (Bairro rua Nova). O Jardim era cheio de rosas e os canteiros cobertos de uma grama japonesa muito bonita, zelosamente, cuidada por um jardineiro.
Com o tempo, a praça foi sofrendo modificações em seu traçado e as plantas cultivadas a gosto dos nossos prefeitos. Ainda assim, a nossa mocidade passeia à sua volta, despreocupadamente, enfeitando com a sua alegria e beleza a falta das antigas rosas que tanto encantaram os nossos avós.
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